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domingo, 1 de abril de 2012

Verdades


(Imagem-Google Imagens)

Verdades sobre mim
são inverdades
que cabem no olhar
de quem me vê
nem sempre o sorriso
é alegria
e o silêncio muitas vezes
é prazer

Quando me vejo
sem a película da ilusão
e enfrento minha mutável
condição
Meus pontos cegos
roubam a cena e me ofuscam
Sempre me vejo
com alguma restrição

Mas se a verdade fosse
tão absoluta
e já nascesse conhecendo
o meu eu
Que graça tinha o viver
sem aprendizado
Se o bom da vida
é ser um eu inacabado!

Maria Helena Mota Santos

09/08/2011

3 comentários:

  1. Helena,

    Que beleza
    teres tanta certeza,
    logo, hoje
    dias das inverdades.
    Lembras-me,
    sem esforço de memória,
    um amigo que, perante uma mentira
    logo, logo corrigia:
    Quanta inverdade,
    disso nunca duvides
    e,
    Se o se interlocutor
    não se retratasse,
    passava à demonstração
    nem que, para tanto
    o figurino
    tivesse que deitar a tolha ao chão.
    O que é a verdade, minha amiga
    senão contrario da mentira.
    Mentira , verdade
    verso , reverso
    (+), (-)
    anulam-se
    verdade?
    (=) igualdade,
    balanceia
    neste poema, assente:
    confuso,
    obtuso
    inocente.
    A verdade dói mais,
    se a inverdade é recorrente.
    Pasme-se,
    hoje, até damos desconto
    se uma inverdade inventada.
    Politico,
    mentiroso,
    dos dois, o maior guloso?!
    Mentir até dá gozo
    ao politico virtuoso.
    Cá pra mim.
    não há nada mais defeituoso,
    colocar o in,
    na verdade,
    com a desculpa da idade.

    Abraços de verdade.

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  2. Adriano, após postar a poesia de hoje foi que me dei conta que hoje é o dia da mentira! E ri muito com a coincidência! Ou não foi coincidência? Nunca se sabe, né? O que sei mesmo é que a sua poesia, em forma de interação, é uma grande verdade! Um ótimo domingo!

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  3. e quem é que vai saber o que são verdades ou não, muitas coisinhas a esconder e as vezes tão poucas que não faz diferença, lindo poema, beijos

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