segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Dá-lhe poesia!
(Imagem-Google Imagens)
Poderia me vestir
de apatia
a cada agonia
que me acometesse
de dor
nesta doce travessia
Poderia me vestir
de tristeza
e tratar
com aspereza
quem incomodasse
a minha solidão
Poderia me vestir
de julgamentos
e sem piedade
condenar cada passante
que viesse
na minha contramão
Preferi me vestir
de poesia
que retrata
minha dor
ou alegria
neste espaço
que me leva
a redenção
Maria Helena Mota Santos
Você se supera em cada interação!
A de hoje está especialmente bela!
Que titulo mais sugestivo,
Dá-lhe poesia!
Trouxe-me à memória,
Uma rainha santa,
ao ser questionada,
pelo seu marido,
a propósito,
do pão que trazia
no seu avental,
Disse:-São rosas, meu senhor!
Dá-lhe poesia, muita!
Embriaga-nos com ela.
É tão simples e, tão bela,
Não provoca agonia,
muito menos azia.
Vê-se logo, que não faz mal.
Pode, até, ser usada como penhor.
Dá-nos da tua poesia,
Estou mesmo, a precisar dela.
Adriano
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domingo, 30 de outubro de 2011
Versos inversos
(Imagem-Google Imagens)
Nada melhor
do que acordar
em pensamentos
e adormecer
em palavras
sonhando em versos
nos inversos
que permeiam
o universo
Nada melhor
do que olhar
e perceber
as linhas
e entrelinhas
que subliminarmente
atravessam
as miragens
do viver
Nada melhor
do que se acompanhar
da própria companhia
sem se apartar
de outros partes
que fazem ecos
e se aconchegam
nos confins
da solidão
Nada melhor
do que ter amigos
e cúmplices
que emprestam asas
nas travessias
nas alegrias
e nas agonias
que embriagam
o coração
Nada melhor
do que ser
a essência
que não se partiu
nem se feriu
com as quedas
imprescindíveis
do caminho
da imensidão
Maria Helena Mota Santos
Que inspiração, meu amigo! Sua interação está belíssima!
Versos inversos,
à semelhança do avesso,
travesso,
tocha apagada,
quando deveria estar acesa,
do tudo e, do nada,
no pântano da vida,
no viveiro,
em estufa,
ou,
em chão aberto.
Com sol, com chuva, com gente,
terra crua, alma ausente,
e,
a semente fecunda,
onde menos se espera,
na terra enxuta,
até, na corcunda
da serra, nas nuvens, no vento
que sopra, na esfera
amarela, verde e luzidia,
até a noite,parir o dia.
Oh! que grande alegria.
Adriano
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sábado, 29 de outubro de 2011
Viagem infinita
(Imagem-Google Imagens)
O que se leva para uma viagem
onde a bagagem não é aceita?
Leva-se os sonhos sonhados
ou realidades desfeitas?
O que se leva para uma viagem
que não se tem companhia?
Leva-se uma seleção musical
ou a trilha sonora da vida?
O que se leva para uma viagem
sem um retorno marcado?
Leva-se o coração tatuado
ou o aconchego de um abraço?
O que se leva para uma viagem
cujo transporte é a solidão?
Leva-se as melhores lembranças
ou a amizade no coração?
O que se leva para uma viagem
cujo destino é o infinito?
Leva-se lembranças de outrora
ou a senha do paraíso?
Maria Helena Mota Santos
Esplêndida interação!
Faço minhas, as palavras tua amiga.
Leveza que combina com beleza,
palavras que nos sabem a pão,
poesia que é sinónimo da alegria,
nos deixam bem dispostos,
nos convidam a meditar,
a transformar
e,
até a amar.
Palavras que nos sabem a pouco,
de rosto humano,
franca e fraterna,
qual alambique,
que volatiliza
os sentimentos bons,
num sublimar
que nos transporta
ao infinita
e,
ainda, nos abre a porta
com a chave do paraíso.
Quando preparar essa viagem,
prometo, falo contigo
para que nada me falte na bagagem,
para passar para a outra margem.
Um abraço, e, já agora boa viagem!
Adriano
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sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Sou eu?
(Imagem-Google Imagens)
Sou ingênua?
Sou menina?
Sou um acorde
com tom da cor da inocência?
Sou um verso
que atrai os reversos?
Sou alvo fácil
por ser um abraço infinito?
Sou uma criança
que na mulher fez morada?
Sou um cálice
de bebida doce ou amarga?
Quem sou eu?
Sou o que penso
ou sou um poema inexato?
Sou uma pessoa feliz
ou sou carente de um abraço?
Quem sou eu?
Sou uma pausa
ou sou um lugar infinito?
Quem sou eu?
Uma asa sem pássaro
ou um pássaro sem ninho?
Um mar bem revolto
ou um coração em desalinho?
Quem sou eu?
Um eu sem você
ou um você com ausência?
Quem sou eu?
Neste vale que se perde de mim
e me traz um sofrer sem fim?
Maria Helena Mota Santos
A interação do Adriano está especialmente linda e comovente!
Fazendo minhas, as palavras
do Kiko,
ainda acrescentava algo,
suave, doce, esmeralda.
Mais, adjectivos para quê,
quem te lê, logo vê,
o poema que é você.
Itinerante,
certa,
ou errante,
És tu!
e, eu quem sou?
o que fui?
o que serei?
Donde vim?
Para onde irei?
Mais errado,
do que certo,
De uma coisa, penso que sei,
nada, quase nada,...
nesta escola da vida,
trabalho, estudo,
e,
é quase tudo,
Será?
Não sei.
Um abraço, e gostei muito, deste "sou eu".
Adriano
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Ausência
(Imagem-Google Imagens)
Fez-se presente
Na ausência
Roubou a cena
Sem estar no palco
Contracenou
Sem atuar
E se escondeu
Pra se mostrar
Fez-se passado
Na presença
Atuou
Sem contracenar
Fingiu ser plateia
E aplaudiu
Mas se escondeu
Pra disfarçar
Fez-se futuro
Em outro show
Um palco móvel
Contratou
Encena alegria
Encena a dor
E diz que busca
O amor
Maria Helena Mota Santos
10/10/2010
Belíssima interação!
Ausente, presente
olha para a cara da gente
e,
sente-se o vazio,
vestindo o herói
sozinho ou acompanhado,
o presente se constrói,
o passado qual pretérito,
o futuro,
osso duro.
Entretanto, vejo um furo,
na margem deste paradigma,
questionando o inquérito,
como, quando e porquê,
a espera adiada,
o condicional se afirma,
ao invés de um sofisma,
supera e, rima.
Adriano
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quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Encontro marcado
(Imagem-Google Imagens)
O mundo desaparece
As vozes silenciam
E tudo se resume
A uma só companhia
Os sentidos se entrelaçam
Em clima de comunhão
Os olhos tocam a alma
E invadem o coração
O encontro está marcado
Numa estrada sem fronteira
A história de um instante
Vale por uma vida inteira
Não há nada que atrapalhe
Ou que cause sofrimento
Tudo é da cor do amor
No recorte do momento
Maria Helena Mota Santos
30/05/2011
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Naquele dia
(Imagem-Google Imagens)
Olhando para o céu naquele dia
Eu tive a plena certeza
De que a certeza não existe
Na neblina que embaçava o sol
Percebi uma cortina improvável
Embaçando o meu olhar
E ofuscando a minha luz
Olhando para o céu naquele dia
Eu tirei a conclusão
De que é melhor ter saudade
Do que conviver com a ausência
Pois sentir saudade aproxima
Mas a presença da ausência
Faz distante quem está perto
Olhando para o céu naquele dia
Eu percebi claramente
Que em alguns momentos da vida
O silêncio é cheio de palavras
E as palavras são cheias de silêncio
E cada ação implica uma reação
Que cala fundo no coração
Olhando para o céu naquele dia
Eu desenhei o meu destino
Entre as nuvens que passavam
Planejei minhas viagens
Pra esperança dei passagem
Embarquei num pé de vento
E fui conhecer outra paisagem
Maria Helena Mota Santos
20/10/2010
Presente, em forma de interação, do meu amigo Adriano!
Com um tempo assim,
o melhor foi embarcar
numa caravela,barco ou batel,
conhecer novas paisagens,
mesmo que, só em papel.
Parqueado, numa imagem,
enquanto, estamos de passagem.
O fim,
é o princípio,
que grande paradoxo.
Para uns, sempre em frente,
e,
ainda, o quase coxo.
Planeias a tua viagem,
só mostras que és previdente.
Continua,
para poderes viver contente.
Adriano
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terça-feira, 25 de outubro de 2011
A noite da alma
(Imagem-Google Imagens)
Na calada da noite
Fala a voz da minha alma
Que insone flutua
Na inquietude da calma
No silêncio ensurdecedor
A alma perambula aflita
Busca motivos concretos
Para embalar essa vida
As marcas ficam visíveis
As indagações reaparecem
As sombras viram fantasmas
E no palco se aquecem
A noite é um cenário
Para o implícito atuar
Pois a luz do dia esconde
O que a escuridão quer mostrar
A noite retira a máscara
Que a alma usou pelo dia
Pois há de querer descanso
Para disfarçar a agonia
E o corpo quer dormir
Mas a alma quer vigília
E nessa briga pacata
Tem início um novo dia
Maria Helena Mota Santos
01/05/2010
Que beleza de interação! Obrigada, meu amigo!
Hoje, para te contrariar
falo da alma do dia,
porque a noite,apagou
aquilo que o dia deixou.
De noite ou dia,
a alma se alumia,
com suspiros,e quereres
para uns, faz sol
e,
a outros, não para de chuver.
Bem! podes crer
a alma, não encarnou
para quem nunca amou.
Para mim, tanto faz
de noite ou de dia,
não há agonia,
porque amei e amarei,
até, ao infinito.
Haverá, algo mais bonito?!
Adriano
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segunda-feira, 24 de outubro de 2011
A cinza que restou
(Imagem-Google Imagens)
Da cor cinza do passado que restou,
Percebi no coração muitas dores,
Afaguei o meu peito em combustão,
E fui seguindo pra encontrar novas cores.
Encontrei a cor e a beleza da amizade,
E misturei no meu rosto choro e riso,
Vi que eu tinha outras cores no meu ser,
Pra pintar uma nova tela, se preciso.
Percebi o quanto tinha de amigos,
Com silêncio e palavras me embalaram,
Traziam sementes através da esperança,
E um novo mundo colorido me mostraram.
A dor que hoje mora dentro do meu peito,
Tira folga e outro sentimento me aquece,
Quando imagino que ela pra sempre se foi ,
Pela manhã ,quando acordo, ela aparece.
Vou alugar um barquinho bem colorido,
Pra encobrir a cor cinza que restou,
Vou navegar pela vida e pelo mundo,
E vou doar para o mundo o meu amor.
Maria Helena Mota Santos
17/02/2010
Interação maravilhosa do meu filósofo João Paulo Corumba, jovem maravilhoso e talentoso que tive o privilégio de conhecer no Colégio Master.
Ao dormir esclareço-me de ilusão
Ao acordar esclareço-me de realidade
Aos berros dos raios solares no rosto
Meu descontentamento em viver essa vida
Não a vida pelada de leis
Mas essa vida cheia de carnaval ao inverso!
Gostaria de sentir o gosto de apreciar
Nadar sem me consumir e admirar fronteiras
Fazer o que a lei condena
Abraçar o que a paz se torna!
Emocionante e sábia interação do amigo Adriano!
A cinza para os católicos
tem significado,
para ti, deixa-me que te diga
quase parece rebuçado.
Acólitos,
apostólicos e, outras religiões,
a cinza lava, a cinza limpa.
Nesse teu barquinho vestido de imagens,
doas, um grande coração,
ensinando a navegar,
aqueles(as) que deixaram de sentir o chão.
Deixa-me que te diga,
Tens uma nobre profissão,
ensinar, dar, doar.
Sobra sempre,...
não me digas que não,
grandes corações
que nunca se cansam de amar.
Parabéns, ao teu aluno,
temos filósofo.
Abraço,
Adriano
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sábado, 22 de outubro de 2011
Saudade
(Imagem-Google Imagens)
Saudade
da saudade que se vai
para o tempo do passado
que já ficou muito pra trás
Saudade
da saudade que se foi
lá pro lado do poente
onde um dia o sol se pôs
Saudade
da saudade dos sorrisos
que ecoam lá no túnel
de um lugar bem impreciso
Saudade
da saudade de um carinho
que faz reflexo lá no peito
e se hospeda num cantinho
Saudade
da saudade dos momentos
que como tapetes mágicos
voaram na mão do vento
Saudade
da saudade que virá
dos momentos do presente
que não posso eternizar
Maria Helena Mota Santos
Interação maravilhos vinda diretamente de Portugal!
Saudade, palavra da gente
A saudade que se sente,
O filho, a mãe ausente.
A saudade, parece que não tem idade.
A saudade não morre,
pois,vive da saúde e da lembrança.
A memória, convive bem,
diria mesmo namora com ela.
A saudade, faz-nos regredir
aos nossos tempos de criança.
Pedir a rir,
à saudade que não nos deixe viver
para lá de uma certa idade.
Mais de noventa, menos de cem
viverei bem sem ela,
na bonança.
Adriano
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Entre o sol e a lua
(Imagem-Google Imagens)
Entre o sol e a lua
Acordo com o sol me chamando feliz
Mas o gosto de lua ainda me invade
O sol me promete dia lindo lá fora
E a lua minguante em mim se abate
O sol me sorri e mostra alegria
A lua me mostra a noite e a penumbra
Eu fico em dúvida a quem atender
Mas o dia de sol é o que me deslumbra
Acordo e levanto com gosto de lua
E o sol é minha sombra pra onde eu vou
Eu fico perplexa com aquela disputa
Mas o sol com seus raios já me cativou
Eu fico olhando os resquícios da lua
Mas a promessa do sol é o que me tentou
Eu digo pra lua que volte à noite
Pois de dia o sol é o meu protetor
A lua esperneia e sai chateada
E vai com a sombra desaparecendo
O sol radiante minha lágrima enxuga
E mostra feliz um novo dia nascendo
E eu abraço o dia cheia de esperança
De que à noite a lua nova no céu apareça
E eu possa de novo enxergar as estrelas
Pra que eu durma feliz com tanta beleza
Maria Helena Mota Santos
09/03/2010
Lindísima interação, meu amigo!
Tenho fases,
correntes,ligadas.
Umas vezes, lua
outras, luar.
Umas vezes, chuva
outras, sol
umas vezes, cheia
outras, minguante
umas vezes,nova
outra, crescente.
As fases da lua, vivem contente.
O vento, as ondas e a gente
umas vezes, quente
outras, frias.
«Sol na eira, chuva no nabeiro»
quem não quer
oh! gente.
Um abraço, em trifásico.
minha gente
Adriano
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sexta-feira, 21 de outubro de 2011
A valsa do dia
(Imagem-Google Imagens)
A valsa lenta deste dia que começa
Faz-me dançar acompanhando as mãos da vida
Que traz o tempero específico do momento
Sem levar em conta se machuca minha ferida
É a sensação de um novo dia que começa
Onde se nasce para uma dança com o universo
E sonhando posso negar o que está óbvio
Pra desviar pelos caminhos mais diversos
Um calafrio na hora da dança se apresenta
E uma febre ao bailar meu corpo toma
Eu sinto forte a dor que queima no meu peito
E minha vida fica dançando numa redoma
O sol anêmico me parece tão distante
Mas com a lua o amanhã logo virá
Se estiver viva terei que comparecer
Pra outro ritmo dessa dança acompanhar
E a vida segue sem trazer nenhum desfecho
É uma suspensão temporária e salutar
Recarregando a energia salvadora
Pra novamente em outro palco aterrissar
Maria Helena Mota Santos
05/03/2010
Linda interação! Obrigada, Adriano!
A vida é uma dança,
umas vezes valsa,
outra forrobodó,
na abastança cansa,
outras, mete dó!
A dança da cadeira,
oh! que linda brincadeira.
O politico que se preza,
nunca se faz rogado.
Na dança o esventrado,
reza,
para que não lhe falte nada.
Politico só sabe rir,
fede, até se fazer sentir.
Em nome da justiça,
dança a dança,
do não saber "parir",
a esperança,
que nos faz sorrir.
Adriano
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quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Parabéns a Mônica, minha flor menina!
Lembro-me da primeira vez que recebi uma menina linda que vinha ao meu encontro fragilizada com uma grande perda na vida: a perda da sua mãe.
Naquele momento abri os braços e o meu coração e já me senti a mãe substituta, se é que se pode substituir uma mãe, e nunca mais nos separamos.
Hoje, aproximadamente dez anos depois, olho para a menina, no dia do seu aniversário, e percebo que ela cresceu!
Fico perplexa ao perceber o quanto o tempo passou e, hoje, a minha flor menina é uma rosa que se agiganta na vida e no caminho profissional já prestes a se formar em medicina.
Faço um retrospecto e lembro da menina guerreira que na mistura de lágrimas e sorrisos ia subindo os degraus rumo aos caminhos das infinitas possibilidades, sem perder a suavidade e a generosidade.
À minha filhinha Mônica, quero desejar o que de melhor a vida pode oferecer.
Quero dizer, sobretudo, que ter sido eleita como sua mãe foi um dos maiores presentes que já recebi nesta vida.
Mônica, sou mais feliz porque você existe!
Mainha Helena
Cenas do cotidiano
(Imagem-Google Imagens)
Passei
Ele estava lá
Ar de quem já partiu
Do território da dor
E se entregou
À canção da inércia
Exibia seus pertences
Numa vitrine a céu aberto
Trazia um violão
Para nutrir de canção
As noites frias
De solidão
Mirava o imponderável
Não parecia sonhar
Nem tampouco se importar
Com a realidade
Parecia viver
Em câmera lenta
Na sua cena
Lição perceptível
Pela minha alma
Que chorava
As lágrimas que nele
Secara
Eu estava lá
Na contracena
De um tablado
Imaginário
Que vive latente
Em mim
Maria Helena Mota Santos
Maravilhosa interação, do poeta e meu amigo, Adriano
Cena e contra cena,
de um quotidiano,
adiado,neste tempo,
fugaz e sempre ausente,
lágrimas e dor,
de Deus nosso Senhor.
Pertença,
Tesouro,
Ouro,
Herança,
Esperança,
Dele, nunca me canso.
Adriano
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quarta-feira, 19 de outubro de 2011
A lição da chuva
(Imagem-Google Imagens)
Voltava para casa, hoje, após uma caminhada matinal
e fui surpreendida por uma chuva inesperada.
Daquelas chuvas que nem o canal do tempo faz previsão.
Acelerei os passos e procurei um abrigo.
Quando lá cheguei encontrei outras pessoas
que nem tinham agendado comigo naquela hora.
Estávamos ali, juntas, quase nos tocando, por um acaso.
Aproveitei o momento para observar as minhas reações internas
e as que eu podia perceber ou inferir nas pessoas.
Olhei primeiro para o lugar mais confortável:
O lado de fora!
Olhar pra si é sempre mais difícil!
Umas pareciam inquietas.
Outras mostravam irritação.
Algumas se impacientavam e saíam se molhando.
Outras, como eu, pareciam observar o momento,
talvez, com receio de acionar recordações melancólicas.
A chuva tem o poder de trazer aquela nostalgia latente.
Resolvi então olhar com mais atenção a chuva que caía.
E percebi que ao cair no chão, os pingos não escorregavam,
ao contrário, faziam círculos harmônicos.
Os pingos numa dança belíssima em pista molhada,
com uma bela sincronia, rodopiavam de mãos dadas.
Estavam lado a lado com outros círculos mas não se misturavam.
Cada grupo era companheiro mas não perdia sua identidade.
Fiquei assim em torno de dez minutos e aprendi uma grande lição.
Nas alturas ou no chão se pode fazer da vida uma bela canção.
Maria Helena Mota Santos
21/10/2010
Uma interação fantástica do meu amigo, Adriano! Obrigada!
Esta chuva,serviu
para olear meu coração,
de volta a casa,
fiquei sem opção.
Acaso,...ou não!
A chuva no Sertão,
é o equivalente a um sermão.
Chove chuva, miudinha,
e, logo a Helena
transforma em farinha,
com que, se havemos cozer o pão
na cozinha,
Que pena!
andar tanta gente sozinha,
se tem a chuva por companhia,
aqui, ou em qualquer lugar,
há tanto, tanto para dar.
Adriano
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terça-feira, 18 de outubro de 2011
O silêncio de um grito
(Imagem-Google Imagens)
O silêncio de um grito
abafado
Faz um eco e acorda
a solidão
Faz redemoinho nas emoções
tão reprimidas
E se transforma
em caminho para a saída
É um silêncio que fala mais
do que as palavras
Faz do olhar a vitrine
do seu verbo
Faz do corpo o movimento
da sua cena
E se encharca de uma energia
quase plena
É o silêncio que antecede
uma atitude
E se reúne com o momento
do presente
E faz mímica para a vida
que está em volta
E é a chave que para o novo
abre a porta
Maria Helena Mota Santos
30/11/2011
Maria Helena Mota Santos
30/06/2011
A interação, do meu amigo Adriano, calou fundo no meu coração.
O silêncio cala fundo,
neste tempo quase defunto,
para uns, desabafos
para os demais,sem assunto.
O silêncio cala fundo,
digo eu, dizes tu,...
A vida tem sujeito,
e, um elo em cadeia,
da trama nasceu.
Hoje, estou metafisico
e, nos outros dias, também.
O Objecto, é Ele,
e,
mais ninguém.
Adriano
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segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Liberdade
(Imagem-Google Imagens)
Pare tudo
Eu quero descer
Quero sentir o prazer
De andar sem rumo e sem pressa
Da alvorada até o anoitecer
Pare tudo
Eu quero crescer
Quero sentir a minha dor
Sem escondê-la no escuro
Até a luz reaparecer
Pare tudo
Eu quero viver
Quero sentir o gosto de chuva
Quero me inundar de esperança
Até o sol se acender
Maria Helena Mota Santos
24/04/2011
Belíssima interação do meu amigo, Adriano.
Liberdade, quem na tem
chama-lhe sua,
Eu, não vendo nem compro,
esse bem, sem igual.
para teu,
e, nosso bem,
dela nunca se abdica,
mesmo, que nos tirem tudo.
Liberdade, para dizer sim,
ou não, também.
Eu, a ela , quero tanto, tanto,...
como quis à minha mãe.
«A liberdade é a raiz
do pensamento»
com ela, vivo e sou contente.
Adriano
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domingo, 16 de outubro de 2011
Verso em flor
(Imagem-Google Imagens)
Era pra ser uma poesia
Versificada no pra sempre
Mas o verso eternamente
Desfez-se da estrofe, de repente
E a poesia teve fim
Lá na estrofe recomeço
Os versos de outra época
Mudaram de endereço
E a nova poesia
Teve espinhos a lhe ferir
E da dor brotou a flor
Que enfeitou novo jardim
A poesia agora escrita
Tem na lágrima o regador
Chove verso no inverso
Do sentimento que brotou
E no novo há o alento
De saber-se beija-flor
Que visita outros jardins
Sem encontrar a sua flor
Maria Helena Mota Santos
Interação que me deixou fascinada! Muito linda e cheia de sabedoria!
Essa flor tem destinatário,
direcção, caminho ou morada?
Verso, reverso,
direito, avesso.
Espinhos,pedras.
Tapetes de relva,
flores de jasmim.
Face, coroa.
Verdade,mentira.
Tudo, nada,
sorte.
e,
ela,tudo dá,
tudo tira.
Esse teu verso,
sabe-me a verdade,
a vinho tinto.
pelo menos, é o que sinto.
Adriano
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sábado, 15 de outubro de 2011
Caminhada
(Imagem-Google Imagens)
Trocando passos
ouvi o som
de cada tom
que me envolvia
Ando apurando
e aguçando
o meu olhar
na travessia
Ouvi canção
bem pra lá
do infinito
coração
Ouvi o verso
que dava colo
à companheira
solidão
Ouvi os passos
sem ter rumo
nem tão rápidos
nem tão lentos
Vi as plantinhas
brincando de roda
de mãos dadas
contra o vento
Ouvi o nada
em disparada
e do tudo
me desfiz
Andei
só andei
sem perguntar
se sou feliz
Maria Helena Mota Santos
Amei esta interação! Meu amigo e poeta Adriano se supera a cada criação!
Caminhada,
sementeira,
vereda,
seara.
Nela, procuro tudo,
trigo, centeio e joio.
Nesta eira,
da vida,
prados verdejantes,
eu quero,
videiras,
oliveiras,
e, outras fruteiras,
para seu fruto colher.
Este viajante,
segue rectas paralelas,
que não tem fim.
Coitado dele,
e, de mim.
se não soube escolher,
pode muito bem,
correr,
e, perder-se no caminho.
Adriano
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sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Caminhos opostos
(Imagem-Google Imagens)
Na distância
Dos caminhos opostos
As palavras ganham asas
E voam em pensamento
Trazendo mensagens do não dito
Na ênfase de cada momento
Na distância
Dos caminhos opostos
As retas se tornam pontos
Nos retornos imprevistos
O que era longe fica perto
E o invísível fica explícito
Na distância
Dos caminhos opostos
Os corações marcam encontro
Em algum lugar do espaço
Na cumplicidade do silêncio
Dos sonhos não revelados
Na distância
Dos caminhos opostos
As lembranças aumentam o foco
Das lentes de cada paisagem
Revelando as fotografias
Que trazem a cor da saudade
Maria Helena Mota Santos
30/04/2011
Belíssima interação do, inesquecível amigo, Adriano
Colhemos o que semeamos,
calcorreando, caminhos.
Calçado o descalço,
a menos que, surja algum percalço.
Acompanhado ou, sozinhos
cada um trilha seu destino,
neste peregrinar que é a vida.
Caminhamos, caminhamos
e,
nunca nos cansamos,
até, encontrarmos o (.)
mais que perfeito:
Deus na sua infinita misericórdia.
A fé é a ponte que nos liga,
o amigo, o veículo que nos transporta.
Queres melhor resposta?!
Deus é o nosso (.) de convergência
e,
anula todos os caminhos opostos.
Adriano
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quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Desencontro
(Imagem-Google Imagens)
Olhou para trás
Não reconheceu as paisagens
Não encontrou as lembranças
Não encontrou seu passado
Olhou para frente
Não vislumbrou um caminho
Não encontrou seu projeto
Não encontrou seu futuro
Olhou para si
Não escutou os seus passos
Não encontrou sua bagagem
Não encontrou a si mesmo
Olhou para dentro
Não escutou pulsação
Não encontrou sua paz
Mas encontrou a esperança
Maria Helena Mota Santos
26/10/2010
Fico impressionada com a habilidade que você tem de ser um contador de histórias em forma de poesia. Você insere parte do seu cotidiano nos temas que eu abordo. É muito difícil fazer uma interação com tanta maestria. Parabéns!
Hoje, em Fátima,
O Cardeal de Moscovo
juntou-se ao povo
e,
Presidiu à cerimónia.
Sem parcimónia
disse:
-Deus é a palavra resumida.
Tu falas de esperança,
como quem brinca com uma criança.
Singela,reconfortante.
Este teu poema, mais parece uma lança,
certeira,a tocar no coração da gente.
Haverá, algo mais importante?
Se não fosse, verdade,
ficaria contente.
Sinal que a idade,
não é atenuante,
para tanta maldade.
Adriano
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quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Feliz dia das crianças
(Imagem-Google Imagens)
QUE A CRIANÇA INTERIOR ESTEJA SEMPRE PRESENTE NA VIDA DE CADA SER HUMANO
A criança saiu pela porteira
Fez travessuras na estrada
Para a tristeza disse: estátua!
E saiu em grande disparada
Deu voz ao ser inanimado
E contracenou com a fantasia
Com uma varinha de condão
Transformou tudo em magia
Rodopiou leve e solta
Sorriu pra tudo que encontrou
Fez das árvores seu trapézio
E tudo num palco transformou
Cobriu a estrada de algodão doce
Em uma nuvem se sentou
Pintou o dia de arco-íris
Tudo em volta se alegrou
Estourou muitos balões
E a felicidade liberou
Ao encontrar com as pessoas
Cirandou, cirandou, cirandou
Maria Helena Mota Santos
12/10/2010
Meu amigo, que poesia lindaaaaa!!!! Você se supera a cada dia!
Obrigada pela belíssima interação!
Uma imagem vale por mil palavras,
crianças de mãos dadas,
só falta o pião,
e,
o palhaço.
Temos festa pela certa.
oh! que grande descoberta.
No pátio da escola,
no paço da igreja,
onde se pede e dão esmola,
eu, mais o meu irmão,
umas vezes capitão,
outras,policia ou ladrão.
A nossa fantasia, onde me revejo,
era um poço sem fundo,
lá nos idos anos de sessenta,
quase não sobrava tempo para brincar,
não havia televisão,
todos tinham que merecer o pão,
e,
trabalhar, só depois, estudar.
Mesmo, assim, fui feliz.
Nunca me cansei de brincar,
nem que fosse à noitinha,
ou ao luar.
O petiz,
ainda não perdeu o jeito,
e,
brinco, brinco,...sempre que posso
ou deixam.
Adriano
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terça-feira, 11 de outubro de 2011
Medos
(Imagem-Google Imagens)
Meus medos
já não são medos
São coragens
disfarçadas
São sinais
de uma mudança
No percurso
da estrada
Meus medos
já não são medos
São disfarces
de um novo tempo
São desafios
na vida impostos
Pra pintar
novos momentos
Meus medos
já não são medos
São asas
de proteção
São versos
do meu reverso
Que faz pulsar
o coração
Maria Helena Mota Santos
Que bela interação!
Medos,...
Que sentimento,
que refúgio,
que sustento,
que escape,
que desalinhamento.
Conta-se,
homem devoto de Santa Bárbara,
mas amigo do alheio,
um dia, passando pela horta
do vizinho,
pensou sozinho;
Que rico feijão verde!
Vai daí, toca a colher.
Entretanto, começa o Céu a chorar,
chuva e trovoada,
Relâmpagos,
Aflito,não sabia que fazer.
Dirigiu-se ao alto,
e disse:
Santa Bárbara, São Jerónimo,
se é por causa do feijão,
deixo saco e tudo!
O anónimo,ladrão amador,
quase morreu de terror.
Cá para mim,
aprendeu uma lição,
e,
talvez, tenha tido perdão,
o nosso "bom" ladrão!
Adriano
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segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Letícia
No meu trabalho com adolescentes encontrei flores raras que enfeitam o meu jardim e têm um cantinho aconchegante no meu coração. Letícia é uma das flores especiais!
Nasceu com rastro
de flores
Perfuma a estrada
da vida
É suave
delicada
É leve
como uma brisa
Nasceu com cheiro
de vida
Alegra a estrada
que pisa
É afável
generosa
O nome da flor
é Letícia
Feliz aniversário!
Maria Helena Mota Santos
Um presente para Letícia vindo de Portugal!
Letícia de seu nome,
flor,sobrenome,
essa "matéria prima"
com trabalhas,
e,
somas valor,
fixas referenciais,
amas demais,
mas ela merece,
porque, dás de ti,
e,
registas na tua conta corrente,
toda contente,
mais uma flor no teu jardim.
Em troca, recebes amor,
com aroma, mentol/alecrim.
Letícia,casou com um príncipe
o, de Espanha,
e,
a tua menina,
aguarda-a um amor tamanho.
Um abraço grande e, muitas felicidades
para a tua flor.Dá-lhe um beijinho por mim.
Adriano
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domingo, 9 de outubro de 2011
Rio do dia
(Imagem-Google Imagens)
A vida
É uma película sutil
revestida de sonhos
com realidades latentes
É uma fronteira tênue
entre sanidade e loucura
entre alegria e tristeza
É um barco que navega
entres mares e rios
e eventuais chuvas e lágrimas
É uma rota programada
nos ponteiros de uma bússola
sem garantir direção
É navegar o rio do dia
remando sem ter certeza
se fará a travessia
Maria Helena Mota Santos
Amigo, fico impressionada com a sua habilidade em fazer interações tão lindas e cheias de sabedoria! A de hoje me raptou de encantamento! Maravilhosa!
Hoje, estás muito filosófica
falas da vida,
fluindo no rio da incerteza.
Ora, tudo certo,
onde ficariam as margens,
da vida e do rio.
Rio,rs por não ter a certeza,
porque, tudo certo,
é muito redutor,
neste corredor,
ou passadeira,
que nos transporta
para vida inteira.
O imprevisto,
o expectável
são cara e coroa
deste teu rio,
que te leva na proa
olha, que coisa boa!
Adriano
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sábado, 8 de outubro de 2011
Acordar cada dia
(Imagem-Google Imagens)
Acordar cada dia
Espreguiçar-se pro ontem
Reinventar o presente
E seguir pro horizonte
Acordar cada dia
Saber-se finito
E transformar cada hora
Num momento bonito
Acordar cada dia
E se olhar num espelho
Abrir um bonito sorriso
Dar-se um abraço perfeito
Acordar cada dia
Seguir sempre em frente
E se embalar em um sonho
Com o papel do presente
Acordar cada dia
E dançar no espaço
Numa sincronia perfeita
Com seu próprio passo
Maria Helena Mota Santos
24/10/2010
Magnífica interação do amigo Adriano!
Lindo, acordar assim,
Cada dia melhor.
Alecrim,rosmaninho,lavanda
e, outras fragrâncias
a aromatizar cada dia que passa,
para não acordar em brasa,
acuso, agora, minha ignorância,
porque de química fina,
pouco ou nada sei.
Acordar todos dia,
até ao fim,
subir as escadas,
se as forças não fizerem greve,
no dia sim.
Acordar cada dia,
para compor uma sinfonia.
Leve, leve,
quase apagar-se ,
na alvorada do novo dia.
Adriano
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sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Um novo olhar
(Imagem-Google Imagens)
Às vezes é preciso ver de longe para enxergar o essencial
pois a proximidade é perita em banalizar o que se tem.
De longe é exigida uma maior perícia em focalizar o que se vê
já que o ângulo da distância destaca a percepção do todo.
A distância acrescenta uma nova película ao olhar
e de longe a paisagem pode assumir novas cores.
Do outro lado do muro novas regras se impõem.
O que era novo e fascinante, às vezes é desencanto.
Quem procura fugir para encontrar nova rota,
pode se focar nas miragens e se perder na fantasia
e acordar tonto de realidade.
Se a vida acontece debaixo do céu
e a saída desse espaço só é possivel no embarque da alma,
há de se perceber que a mudança é na mente que se faz,
pois as lembranças vão parao lugar que a gente vai.
Maria Helena Mota Santos
22/06/2011
Que linda interação! Obrigada meu amigo!
Ver ao longe
é como reagir a quente,
há sempre o risco de ver
o que não se sente.
Ler nas "entrelinhas" deste teu poema,
poupa na ida ao cinema,
se pipocas não comer,
pode até acontecer,
que, a fome engana
a vontade de comer,
ainda assim, nunca se deve aborrecer,
porque,a vida são três dias,
e,
o amanhã, virá
ou, eu muito me engano,
logo, começa a trovejar,
nesta alvorada tardia,
será?
Adriano
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quinta-feira, 6 de outubro de 2011
O dia em câmera lenta
(Imagem-Google Imagens)
O dia amanheceu em silêncio profundo.
Era possível escutar o som dos pensamentos que povoavam a mente.
Os murmúrios do mundo eram perceptíveis de uma forma nítida e amplificada.
Era possível escutar a queixa e a gratidão das batidas do coração.
Era possível olhar para si mesmo e com uma lupa enxergar pontos cegos.
Era possível sentir a palpitação da dor de uma forma exacerbada.
Era possível sentir a alegria com seus tambores entoando canções felizes.
Era possível sentir a solidão na sua forma mais solitária.
Era possível trazer o som do passado e dançar com o presente.
Era possível sentir compaixão pela dor e paixão pela alegria.
Era possível olhar para o céu e enxergar além do firmamento.
Era possível transformar o impossível e recriar o quadro congelado pelo tempo.
Era possível mesclar a dor com a alegria e experimentar a serenidade.
Era possível sair de si e ir passear em outras paragens transformando realidade em sonho.
Era possível imaginar o inimaginável e voltar o tempo para resgatar parte da história.
Era possível exercitar a esperança na desesperança da vida.
Era possível viver na sua versão mais plena e infinita.
Era possível voar e aterrissar em pleno ar.
Era possível voar com as asas do sonho e morar no infinito.
Maria Helena Mota Santos
02/04/2010
Fantástica interação do meu amigo Adriano!
Era possível,
Diria será possível,
Se ao invés,
do sonho cavarmos na realidade,
da luta sobrar liberdade,
do trabalho sobrar o pão,
da fraqueza força,
do desespero fé,
da desconfiança, convertermos
em confiança,
da tempestade bonança,
do egoísmo,amor
Nesta tua câmera lenta,
quem é que não sai contente?
olha, eu fico sorridente!
Adriano
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quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Partes
(Imagem-Google Imagens)
Se eu estou aqui e agora lhe percebo
No meu mundo há você e todo mundo
Quem não me vê me circunda e me ignora
Mas pode um dia atuar na minha história
De muita gente eu tenho partes sem saber
Se soubesse quem de mim tem uma parte
Eu iria procurar pra conhecer
E o meu vazio nessa busca preencher
Mas como o enigma é a chave de uma vida
Vou ter sempre por aí partes perdidas
E vou em busca dessas partes sem saber
Que toda busca é uma forma de aprender
E na busca das minhas partes espalhadas
Que estão com os passantes da estrada
Em cada encontro vou formando um novo elo
Pois ter amigo é na vida o que mais quero
Maria Helena Mota Santos
19/12/2010
Interação maravilhosa do meu amigo Adriano! Obrigada!
Partes,emoções
que aquecem os corações.
Partes,a gratidão,
representa o todo,
ou, quase.
Ontem, encontrei-me
come ele,passados mais trinta
menos de quarenta anos,
Homem bom, sénior,
professor,padre e doutor,
viveu no Brasil mais de cinquenta,
hoje, conta mais de oitenta.
Parte dele, também é minha,
cruzei-me no seu caminho,
nos idos anos de setenta.
Ele, mais um punhado de amigos
fundaram uma escola
para, quem não tinha condições,
não ficar arredado do ensino.
para mim, foi uma esmola.
O coração dele,
é como o de Jesus,
pois, foi no Sagrado Coração,
que ele mostrou tanta luz.
Passaram tantos anos,
ele, ainda me conduz,
Reencontrei-o,
como se visse, o Bom
Homem, na cruz.
Recebei-me como um Rei,
Disse-me e, eu reparei:
-pai e, O Pai
são pessoas bem distintas,
prossegui no mesmo tom,
suas palavras,
venho,agora, agradecer.
Por, muito que eu diga,
fico-lhe sempre a dever.
Pessoas como Pe Serafim
Deus vai querer por inteiro.
Partes,...
Com ele, irei até ao fim,
se O Pai,
o não chamar primeiro.
Dois abraços, um para ti,
outro para o Dr.Serafim.
Adriano
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terça-feira, 4 de outubro de 2011
Andava
(Imagem-Google Imagens)
Andava
Não olhava pra o que via
Sem direção seguia
No limiar da solidão
Andava
Negando o mundo externo
Olhando para o inverso
Das batidas de uma canção
Andava
Não sabia se era o sol
Ou era o cheiro da chuva
Que lhe causava emoção
Andava
Porque andar lhe servia
Para misturar noite e dia
No portal da indecisão
Andava
Nas asas dos seus delírios
Buscando seu infinito
No fundo do coração
Andava...
Maria Helena Mota santos
Interação imperdível!
Andavas, eu, andava
saltando a cerca,
enquanto brincava,
se, me questionavam
dizia:-A bola saltou!
mas, bola não havia.
Andavas,nem olhavas para a direcção,
eu, sonhava andar de avião.
Andavas,misturando a noite com o dia,
enquanto eu, usava a luz almotolia
brincavas nos teus jardins
e, eu trabalhava de botins,
na horta e na fazenda,
ora podando, ora colhendo,
frutas,milho e pimento.
Andavas, a estudar a gente
que vive,trabalha e sente.
andavas,...
Um abraço, e muito obrigado , por encostares os teus poemas, as meus rascunhos.
Adriano
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Amigo, seus poemas não são rascunhos. Seus poemas são maravilhosos e anda de mãos dadas com os meus! Obrigada pelo carinho com que diariamente se faz poesia para encantar o meu blog!
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Acaso
(Imagem-Google Imagens)
Vestida de momento
Em companhia do vento
Brinca de viver com a vida
Vestida de acaso
Não limita os passos
E caminha ao relento
Vestida de infinito
Faz do agora todo tempo
Metamorfoseia sentimentos
Vestida de flor
Anda de braços abertos
Distribuindo amor
Maria Helena Mota Santos
03/04/2011
Interação magnífica, amigo! Adorei! Obrigada!
Acaso,pressinto
choro e, pinto.
Acaso,minto,
quando sinto
mudanças de ritmo.
Acaso,paro, escuto
até ao prelúdio do dia,
Acaso, insisto
pode muito bem,
suceder o luto,
ou,
manter o controlo,
no comando automático.
Sintomático,
ou, talvez não,
importa, acautelar.
Acaso o rolo,
se arraste devagarinho,
para não ferir a mão.
Acaso, posso viver
com companhia
ou, sozinho.
Nesta hora, o acaso
fez-se caso,
até um dia sem saber,
O acaso deixou de ser.
Adriano
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domingo, 2 de outubro de 2011
Encanto de viver
(Imagem-Google Imagens)
De tantas horas
desencantadas
recebi o encanto
que me fascina
Recebi a maturidade
de mulher
e a pureza
da menina
Recebi o colo
do tempo
e dei colo
aos sentimentos
E não perco
as viagens
com prazer
ou sofrimento
Pois viver
é sinfonia
com notas fortes
ou pianíssimas
É desbravar
É esperar
O novo canto
que se aproxima
Maria Helena Mota Santos
Amigo, que linda poesia! A inspiração está em alta!
Obrigada pela interação maravilhosa!
Esse encanto de viver,
é bom podes crer.
A vida, do nada,
tudo pode suceder,
umas vezes. hiberna,
outros, renasce
das cinzas, qual Fénix.
Por mais que me interrogue,
vou sempre desembocar,
num qualquer lugar,
jardim,prado, ou montanha,
onde, o espaço
é escasso,
diminuto,
para um amor tamanho.
E,
num minuto,
penso,pasmo e ando,
num permanente diálogo.
Sobram-me respostas!
A vida tem seus encantos,
quando, nos fechamos
num compartimento estanque,
olhando para dentro de nós,
por muito que nos sintamos sós.
A vida tem seus encantos!
Adriano
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sábado, 1 de outubro de 2011
Finitude
(Imagem-Google Imagens)
Um dia acaba
e a gente não sabe
aceitar o fim
Mas tudo se renova
igual as flores
que se revezam
em cada jardim
Um dia acaba
e a gente não sabe
aceitar o fim
Indaga aos céus
fica ao léu
embarca em retiro
até os confins
Um dia acaba
E a gente entende
que tudo tem fim
O tempo passa
distrai as horas
vira a esquina
e o novo chega
enfim...
Maria Helena Mota Santos
Belíssima interação! Obrigada!
Esse dia , essa hora, esse minuto
Tudo acaba, tudo termina,
na cantina, ou na terrina,
enquanto que me, delicio
com uma tangerina.
Bonomia,
por sinal,
até rima com bom dia.
e,
de tudo o que mais aprecio,
é navegar nos meus sonhos,
transportá-los ao ombro
de noite ou de dia.
Com ou sem assombro,
esqueço-me, por um momento,
que a esquina é já ali.
A rotundo tenho de contornar,
a paragem,...onde vou ficar.
Devagar, devagarinho,
para não me perder
no caminho, basta seguir,
O estorninho.
Devir!
Espera, eu, ainda não quero ir.
Adriano
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