quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Saudade
(Google-Images)
Ando de frente pra vida
Mudando minha roupagem
Pinto as tristezas de cores
Meu acessório é a saudade
Saudade é sempre a ausência
De uma presença querida
Só quem preencheu espaços
É quem tem saudade na vida
Saudade de quem se foi
Saudade de quem não veio
Saudade da esperança
De ser feliz por inteiro
Saudade de abrir as asas
E voar sem direção
Saudade de ter saudade
Bem dentro do coração
Saudade de uma criança
Que no tempo se perdeu
Saudade de brincar de roda
E de achar quem se escondeu
Saudade da fantasia
Que alicerça a realidade
Saudade é dor de amor
Que chega em qualquer idade
Maria Helena Mota Santos
09/12/2010
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Cores derramadas
(Google Images)
Pintei poesia
De tintas derramadas
Derramei o azul
Do estoque do meu céu
E fiz do verde
A cor da minha estrada
Derramei o vermelho
E fiz rosas no caminho
Com a cor bege
Pintei o aconchego
Do meu ninho
Com a tinta preta
Realcei o meu olhar
Que assim aprendeu
Todas as cores
Matizar
E não havia
Cores de solidão
Todas se abraçavam
Pra pintar uma emoção
Enfim vi uma tela
Sem contorno
E sem desfecho
Sempre era possível
Ter outras tintas
E o recomeço
Maria Helena Mota Santos
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
Ilusão de ótica
(Google Images)
Com ilusão de ótica
E dedução apressada
Enxerguei águas profundas
Onde havia águas rasas
No mergulho de cabeça
Traumatizei minha ilusão
E busquei no meu refúgio
Aprender uma lição
Com os sonhos trincados
Desenhei uma fantasia
Um sorriso em sol de lágrimas
No despertar de cada dia
Encarei as grandes nuvens
O meu sol fui conquistar
Eu não temia enganos
Sabia que ele estava lá
Maria Helena Mota Santos
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
O voo da poesia
(Google Images)
De repente
Tudo ficou tão desigual
Que ao olhar para a vida
Nada parecia real
De repente
As certezas eram incertas
E o que era privado
Ficou de portas abertas
De repente
As asas caíram no chão
E o pássaro ferido
Conheceu a solidão
De repente
O mundo entorpeceu e girou
E mostrou o outro lado
Das peripécias do amor
De repente
Era tão natural
Se encharcar de tempestades
E nadar contra o mal
De repente
Aconteceu uma magia
O pássaro pegou as asas
E voou com a poesia
Maria Helena Mota Santos
sábado, 25 de janeiro de 2014
Entrelinhas
(Google Images)
Quem poderá me dizer
O que há nas entrelinhas
De cada dia que se faz noite
E de cada noite que se faz dia?
O que será que acontece
Na fronteira do encontro
Onde a noite apaga a luz
E o dia acende a noite?
Quem poderá me dizer
O que há nas entrelinhas
De cada estrela cadente
Que se cansa do lugar?
O que será que acontece
Na fronteira do encontro
Onde o lugar que era ausente
Ganha um brilho reluzente?
Quem poderá me dizer
O que há nas entrelinhas
Do instante que é passado
Quando há pouco era presente?
O que será que acontece
Na fronteira do encontro
Onde o futuro se faz presente
Pra ser arquivo no passado?
Maria Helena Mota Santos
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
Possibilidades
(Google Images)
Do
Sempre
não sou
Do
Nunca
muito menos
Sou
das possibilidades
e das vulnerabilidades
da inconstância
da vida
Sou
do inusitado
indeterminado
conquistado
Não sou
estanque
Meu caminho
é adiante
Certamente
Não sou do caminho
do meio
Sentimentos antagônicos
permeio
Extraio vida
da sobrevida
Com versos
e rimas
curo as minhas
feridas
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
Sou assim
(Google Images)
Eu não vejo a luz da vida
Pela lente da tristeza
Extraio de cada fato
A essência da beleza
E se as lágrimas transbordam
Faço o esboço de um sorriso
Acalento as minhas dores
E busco ajuda se preciso
Não desperdiço a luz do sol
Que a minha alma enxerga
Concentro-me no privilégio
De estar em paz na terra
Não coloco a tristeza
Num patamar superior
Decepções são enfrentadas
Com o antídoto do amor
Foi assim que aprendi
A viver a vida cada dia
Nas asas de uma criança
Encho meu mundo de magia
Maria Helena Mota Santos
14/03/2012
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Amor infinito
(Google Images)
O infinito
não é estanque
Por isso o amor
é infinito
E voa
pelos corações
em voo rasante
em voo alto
em voo sem direção
em voo sem razão
Aterrissa
no coração dos amantes
e faz a regra
virar exceção
Aterrissa no coração dos pais
e faz o incondicional
ser condição
Aterrissa na solidão
e faz ser só
não ter razão
Ah
O amor
que me deu vida
e me arrebatou
Ah
O amor
que dormiu semente
e amanheceu flor
Ah
O amor
Que dure
e perdure
no infinito
E que seja sempre
o eco
do meu grito
Maria Helena Mota Santos
domingo, 19 de janeiro de 2014
Infinito amor
(Imagem-Google Imagens)
Tanto amor
Não cabe numa saudade
Transborda
E segue no rio da vida
Faz-se lua
E circunda o universo
E no verso
Do reverso
Faz-se grito
Em voz suave
Tanto amor
Não cabe no pensamento
Transborda
E segue contando história
Desnuda mistérios
E vira um encantado
Torna-se mágico
E congela o passado
E na poesia
Materializa o ser amado
E o "para sempre"
Nunca será abandonado
Maria Helena Mota Santos
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
Pausa
(Google Images)
A vida me chama para viver em atos
As letras me faltam
As emoções têm sede de lágrimas
O tambor rufa novo momento
Momento de partir
De ficar de longe
De ficar em perspectiva
De não dizer nada por dizer
Momento de despertar
A menina que abraça flores
E se fere com espinhos
E novamente abraça
E novamente se fere
E vem nova dor
E ainda assim, abraça...
O sino interior anuncia
É hora de olhar para si
De cuidar das suas flores
Plantar um livro
Sem letras
Sem versos
Sem pretensões
Sem divagações
Momento de ser
Apenas uma poesia
Maria Helena Mota Santos
A vida me chama para viver em atos
As letras me faltam
As emoções têm sede de lágrimas
O tambor rufa novo momento
Momento de partir
De ficar de longe
De ficar em perspectiva
De não dizer nada por dizer
Momento de despertar
A menina que abraça flores
E se fere com espinhos
E novamente abraça
E novamente se fere
E vem nova dor
E ainda assim, abraça...
O sino interior anuncia
É hora de olhar para si
De cuidar das suas flores
Plantar um livro
Sem letras
Sem versos
Sem pretensões
Sem divagações
Momento de ser
Apenas uma poesia
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
O parto nosso de cada dia
(Google Images)
No início de cada manhã
há de se assumir a gravidez dos sentimentos
e não provocar aborto no que é indesejado.
No início de cada manhã
há de se assumir o embrião do ventre da alma
e encará-lo como parte do seu ser.
No início de cada manhã
há de se acompanhar os sinais que vêm de dentro
e acompanhar preventivamente a gestação
para facilitar o trabalho de parto.
No início de cada manhã
há de se escutar os ruídos da alma
com as contrações que vêm de dentro
e facilitar a dilatação dos sentimentos.
No início de cada manhã
há de se aceitar a dor presente
e acarinhá-la para facilitar a passagem
que levará a outro canal da vida.
No início de cada manhã
há de se agradecer por estar pulsando
e abraçar com carinho a dor ou alegria
como parte vital dessa grande travessia.
Maria Helena Mota Santos
09/04/2010
No início de cada manhã
há de se assumir a gravidez dos sentimentos
e não provocar aborto no que é indesejado.
No início de cada manhã
há de se assumir o embrião do ventre da alma
e encará-lo como parte do seu ser.
No início de cada manhã
há de se acompanhar os sinais que vêm de dentro
e acompanhar preventivamente a gestação
para facilitar o trabalho de parto.
No início de cada manhã
há de se escutar os ruídos da alma
com as contrações que vêm de dentro
e facilitar a dilatação dos sentimentos.
No início de cada manhã
há de se aceitar a dor presente
e acarinhá-la para facilitar a passagem
que levará a outro canal da vida.
No início de cada manhã
há de se agradecer por estar pulsando
e abraçar com carinho a dor ou alegria
como parte vital dessa grande travessia.
Maria Helena Mota Santos
09/04/2010
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Doce companhia
(Google Images)
Hoje eu vi uma rosa
Lá na terra do improvável
Onde nada acontece
Que não seja noite fria
Uma mão invisível
A minha face afagava
Minha tristeza acalmava
E uma doce esperança trazia
Seria um Anjo?
Seria uma fada madrinha?
Quem chegou tão de repente
Para ser minha companhia?
Maria Helena Mota Santos
domingo, 12 de janeiro de 2014
Vestida de poesia
(Google Images)
Fecho os olhos
Há outros sonhos pra sonhar
Se alguns deles se foram
Coloco outros no lugar
A vida é realidade
Vestida de fantasia
É uma linha tênue
Que segura cada dia
Se acordo e me sinto
Tenho vida ao meu dispor
Só preciso decidir
Qual será a minha cor
Pinto-me de aurora
Ou apenas anoiteço
Mostro a minha cara
Ou me coloco pelo avesso
Se acordo e sinto o pulso
Das sensações que arrebatam
O que antes era amargo
São sabores que me salvam
Se chegar o amanhã
E minha vida me acordar
Vou me vestir de poesia
E sair pra levitar
Maria Helena Mota Santos
sábado, 11 de janeiro de 2014
Novo amor
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
Silêncios
(Google Images)
São tantos silêncios
Quebrados
Por alguns barulhos
Dentro de mim
Que me escuto
Em ecos
De pensamentos
Que apontam
O que há de vir
São tantos silêncios
Intercalados
Por sonhos rebuscados
Dentro de mim
Que escuto
O palpitar
Do meu pulso
E vibro com o impulso
Que me faz seguir
Maria Helena Mota Santos
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
Transparência
(Google Images)
Quero olhar dentro de mim
Sem máscara
Sem caleidoscópio
Sem subterfúgio
Sem brincar de esconder
Quero encarar o que dói
O que cicatrizou
A ferida que apenas fechou
Mas desperta a cada pesadelo
Quero dançar comigo mesma
Na sinfonia do momento
Sem valsa encobrindo samba
Sem samba encobrindo valsa
Quero bailar no salão da vida
Vida Real sem fronteiras
Vida sem grilhões
Quero dar o grito certo
No lugar certo
Quero sonhar
Sem me esconder de mim
Quero ir
Quero vir
Quero falar palavras presas
Quero falar de pensamentos
De sofrimento
De alegria
Quero escutar o companheiro
Sem misturá-lo comigo mesma
Quero passear com o amigo
Sem interferir no seu mundo
Quero ser eu
Sem pedir desculpas
Quero ser autêntica
Quero partir do mundo um dia
Sem a sensação de agonia
Ao descobrir que vivia
Uma utopia
Maria Helena Mota Santos
08/05/2010
domingo, 5 de janeiro de 2014
Pássaro ferido
(Google Images)
Vi um passarinho morto no chão e fiquei comovida.
Hoje passei pelo mesmo lugar e ele continuava ali: inerte, repisado e solitário.
Trouxe-o no coração e o transformei em poesia!
Ontem
Enquanto andava
Vi um passarinho no chão
Morto para a esperança
Inerte para a ilusão
Hoje
Enquanto andava
Vi o passarinho no chão
Ninguém reclamou sua ausência
Sua parceira é a solidão
Um dia teve asas
E viu o céu de pertinho
Hoje conheceu o chão
E a dor de ser sozinho
Voe meu passarinho
Com as asas do pensamento
Encontre seu paraíso
Muito além do firmamento
E se força não tiver
Para além do chão voar
Na minha casa tem um jardim
Onde você pode descansar
Maria Helena Mota Santos
16/01/2012
sábado, 4 de janeiro de 2014
Pequenina flor
(Google Images)
Seria uma parte ingênua e romântica
Se não tivesse caído nas mãos do tempo
E não se fizesse dor e sofrimento
E renascesse para outro portal da vida
Seria apenas uma flor de asa pequenina
Que nem tomaria consciência que voa
E se prenderia ao chão por muito tempo
E não conseguiria ultrapassar fronteiras
Foi quando caiu nas mãos do tempo
Das dores e das tempestades
Que conheceu o sol mesclado com chuva
E a brisa misturada com ventania
Conheceu terras áridas e jardins
E espinhos morando em flores
Em busca da paz encontrou guerra
E conheceu as noites sombrias
Nas voltas que o mundo dá
Conheceu a luz e a sombra
Conheceu a imensidão e o vazio
E o rio que virou mar
Nas mãos sábias do tempo
Conheceu lugares imperdíveis
Fez-se canção todo tempo
Com as notas de cada momento
E a parte ingênua abriu asas
E agora voa pelos cantos do mundo
Com a leveza de uma águia
Em busca do eu mais profundo
Maria Helena Mota Santos
16/10/2010
Seria uma parte ingênua e romântica
Se não tivesse caído nas mãos do tempo
E não se fizesse dor e sofrimento
E renascesse para outro portal da vida
Seria apenas uma flor de asa pequenina
Que nem tomaria consciência que voa
E se prenderia ao chão por muito tempo
E não conseguiria ultrapassar fronteiras
Foi quando caiu nas mãos do tempo
Das dores e das tempestades
Que conheceu o sol mesclado com chuva
E a brisa misturada com ventania
Conheceu terras áridas e jardins
E espinhos morando em flores
Em busca da paz encontrou guerra
E conheceu as noites sombrias
Nas voltas que o mundo dá
Conheceu a luz e a sombra
Conheceu a imensidão e o vazio
E o rio que virou mar
Nas mãos sábias do tempo
Conheceu lugares imperdíveis
Fez-se canção todo tempo
Com as notas de cada momento
E a parte ingênua abriu asas
E agora voa pelos cantos do mundo
Com a leveza de uma águia
Em busca do eu mais profundo
Maria Helena Mota Santos
16/10/2010
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
Eu sou
(Google Images)
Eu sou
Uma brisa suave
Que pousou no acaso
E se fez gente
Eu sou
Um tom solitário
Que pousou num acorde
E se fez canção
Eu sou
Um sentimento profundo
Que pousou em um verso
E se fez poesia
Eu sou
Um barquinho de papel
Que remou pelo mar
E se fez infinito
Eu sou
Uma pétala ao vento
Que pousou num jardim
E se fez flor
Eu sou
Um pedacinho de saudade
Que pousou num coração
E se fez amor
Maria Helena Mota Santos
17/10/2010
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
Trilha sonora
(Google Images)
Ouço o canto
de todas as vozes
que foram acordes
na doce melodia
do ser
A trilha sonora
traz tom de saudade
de todas idades
e faz uma escala
em cada cantinho do ser
O coração em partitura
assume notas extremas
e lembranças amenas
suavizam a canção
fazendo o amor florescer
Maria Helena Mota Santos
17/08/2011
Ouço o canto
de todas as vozes
que foram acordes
na doce melodia
do ser
A trilha sonora
traz tom de saudade
de todas idades
e faz uma escala
em cada cantinho do ser
O coração em partitura
assume notas extremas
e lembranças amenas
suavizam a canção
fazendo o amor florescer
Maria Helena Mota Santos
17/08/2011
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