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Baseada no trabalho presente em http://www.pintandoosetecomavida.blogspot.com.
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domingo, 31 de julho de 2011

Corrida da vida


(Imagem-Google Imagens)

Respire fundo!
Pode começar a hora que você quiser!
A partida começa na rua da saudade.
E a chegada é lá na rua da esperança.
No percurso, hidrate-se com lembranças.
E não esqueça do bloqueador da tristeza.
Use as roupas leves da alegria.
E proteja os pés contra a monotonia.
E para dar mais energia durante o percurso,
Não esqueça da pitadinha de sonho.
Corra! Mas não perca o compasso.
Pise! Mas deixe bons rastros.
Beba o líquido da moderação.
E embale tudo com uma canção.
Promova abalos sísmicos nas camadas internas.
E após a acomodação das falhas causadas pela erosão da dor,
Entre nos escombros e traga o troféu de si mesmo.
Após o resgate, siga a seta, vire a outra esquina
E aguarde instruções para a próxima corrida da vida.

Maria Helena Mota Santos

16/03/2010

Interação,lindíssima,do amigo ADRIANO do blog FATIMAWINES(http://fatimawinews.blogspot.com)Obrigada!

A vida é uma corrida,
para uns, longa
para outros tão pouco,
Correr atrás do que vale a pena,
Ficar parado para o que não interessa,
Porque ,
Esta vida é uma quermesse
onde,
viver é o que mais interessa.
A pé
de bicicleta,
A cena,
A meta,
A chegada
e,
partida
rifa,
sorte, destino
assino,
Esta vida é uma corrida,
Lá isso é!

Não rima lá muito bem
Foi da pressa
Para chegar
à quermesse
Meu bem!...

sábado, 30 de julho de 2011

Obrigada , minha amiga Beth!




(Beth/lilás)

Blog Mãe Gaia(http://supremamaegaia.blogspot.com/)

Me and You(http://wwwmeandyou-meandyou.blogspot.com/)


O meu dia parecia seguir um curso de um sábado previsível.
A cor do dia mudou quando abri um comentário vindo do blog da Beth/lilás e me deparei com um convite para ir até o blog Me and You(http://wwwmeandyou-meandyou.blogspot.com/2011/07/menina-maria-helena.html#comment-form).
Quando abri o link não me contive de emoção e fiquei sem palavras.
Uma forte emoção me tomou e não contive as lágrimas.
Beth me deu um presente que ficou marcado na minha vida.
Constato que não é preciso estar próximo ou se conhecer fisicamente para se tornar amigo.
A amizade tem uma força que transcende tempo e espaço e é construída pelo encontro de almas.
Beth, você fez a diferença no meu dia e, asseguro-lhe, já recortei este momento para ficar nas minhas melhores lembranças e sensações.
A declamação da poesia Menina me deixou levitando! Sou só asas neste momento!

Muito obrigada!

Visitem o blog Me and You(http://wwwmeandyou-meandyou.blogspot.com/) e vejam se eu não tenho razão!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Malabarismo


(Imagem-Google Imagens- R. Alves)

Olha a moça! Com malabarismo, levando seu cesto, entoa uma canção.
Olha a moça! Morrendo de frio no meio da chuva do seu coração.
Olha a moça! Com seu cobertor, cobrindo seu mundo, não perde o gingado.
Olha a moça! Cabelo molhado e os pés bem cansados do sapateado.
Olha a moça! Olhar no presente, o futuro distante, mas tem fantasia.
Olha a moça! Visitar a cidade, conhecer as paisagens, é o que mais queria.
Olha a moça! Com grande equilíbrio desfila na vida carregando seu pote.
Olha a moça! Que mata a sede, ajuda o vizinho e faz o que pode.
Olha a moça! Vestido pintado, do dia suado , de tanta labuta.
Olha a moça! Ficar sem comida, sem água da chuva é o que lhe assusta.
Olha a moça! Que quando nasceu já foi escolhida a sua profissão.
Olha a moça! Não tem depressão porque no sertão não tem disso não.
Olha a moça! Que olha pro céu e fica perplexa ao ver um avião.
Olha a moça! Que brota bonita , é a paisagem mais linda que há no sertão.

Maria Helena Mota Santos

11/03/2010

O comentário feito por Adriano,
do blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com/),
é uma linda interação da minha poesia.


"Olha a moça", tão singela e tão pura
dona do seu coração.
Assim, são todas as moças do sertão
Ser moça é profissão
pois, então
com ternura
afaga os olhos, daquelas que o não são.
As do sertão,
não são ciumentas
a dor cantam
os males espantam
e,
todas ficam contentes
ao saberem, que são amigas e gente
"Olha , a moça!"

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Menina linda


(Imagem-Google imagens)

menina linda
abra os braços
dê-me um abraço
vamos andar
veja o sol
e o colorido
nova paisagem
vai despontar
a sua face
já não reage
mude o foco
mude o olhar
ponha os óculos
da fantasia
um novo quadro
vamos pintar
Vem cá comigo
mude o roteiro
e outra peça
venha encenar
dê-me sua mão
vem cirandar
um novo sorriso
vai despontar

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Andanças


(Imagem-Google Imagens)

Andava diferente na mesma trilha que caminhara outrora
Escutava os ecos dos seus passos em companhia do alvorecer
Não chorava, não sorria, nenhum sentimento surgia
No passo rápido abrigava a lentidão das horas
Tinha pressa, mas não queria correr com o vento
Preferia esperar a inexatidão do tempo
O orvalho, por vezes , lhe causava surpresa
Quando no abrigo dos seus olhos congelavam
Causando uma certa irritação ocular
Até degelarem com os raios de sol
Ouvia pássaros internos e despertos
E escutava sons inaudíveis, imperceptíveis
Conversava com seus ruídos
Sem precisar usar os seus sentidos
Expressava uma serenidade paradoxal e absurda
Que contrastava com a guerra dos seus mundos
Sem teto buscava abrigo no infinito
Fazendo pausas se fosse preciso
Enfim, sentia-se um recorte de um momento
Que ficara guardado no arquivo do tempo

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 26 de julho de 2011

Dualidade


(Imagem-Google Imagens)

Uma criança grita, dentro de mim, noite e dia
e se assusta com fantasmas que a escuridão deixou.

Eu a pego no colo e a embalo com carinho
ela faz beicinho e se enrosca toda em mim.

Digito a senha do cofre que reservei luz
ela aponta sombras que a luminosidade fez surgir.

Digo pra ela que nada na vida é permanente
que até o sol todo dia é poente.

Digo que nada é tão real que não possa virar sonho
e que a vida é um quebra-cabeça infinito.

Ela me escuta com um ar reflexivo
e eu a embalo com a canção do novo dia.

Ela se acalma no meu olhar para o infinito
e se espreguiça com o ser mais relaxado.

E num abraço aconchegante e carinhoso
o sono chega e ela dorme nos meus braços.

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Despertar


(Imagem-Google Imagens)

Acordo
Olho pro alto
Sinto o que há dentro de mim
Agradeço o pulsar da vida
E tudo que já vivi
A felicidade que sinto
E a dor que me lapida
O sorriso que se abre
E a lágrima sentida
O sol que se escondeu
Pra ver a chuva passar
Os caminhos inevitáveis
E os que ainda vou trilhar
A certeza da amizade
Que afaga os meus dias
A beleza de uma flor
Que me enche de magia
A saudade do que se foi
E a esperança do que virá
O maior dos meus presentes
A capacidade de amar

Maria Helena Mota Santos

domingo, 24 de julho de 2011

Vestida de poesia


(Imagem-Google Imagens)

Fecho os olhos
Há outros sonhos pra sonhar
Se alguns deles se foram
Coloco outros no lugar

A vida é realidade
Vestida de fantasia
É uma linha tênue
Que segura cada dia

Se acordo e me sinto
Tenho vida ao meu dispor
Só preciso decidir
Qual será a minha cor

Pinto-me de aurora
Ou apenas anoiteço
Mostro a minha cara
Ou me coloco pelo avesso

Se acordo e sinto o pulso
Das sensações que arrebatam
O que antes era amargo
São sabores que me salvam

Se chegar o amanhã
E minha vida me acordar
Vou me vestir de poesia
E sair pra levitar

Maria Helena Mota Santos

10/02/2011

sábado, 23 de julho de 2011

Puro olhar


(Imagem-Google Imagens)

Olhos que enxergam
o que está implícito
e com sua luz
acendem o túnel
trazendo à tona
a dor de um grito

Olhos que suavizam
a dor pungente
e focalizam
a alegria
aprisionada
já em semente

Olhos que dão alento
com um sorriso
e com magia
mostram um portal
e entregam a senha
do paraíso

Olhos que dão amor
sem restrição
e vão suavizando
o sofrimento
e a tristeza
de um coração

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Fronteira


(Imagem-Google Imagens)

Existe uma fronteira entre o barulho e o silêncio
Onde o marasmo se anuncia como antídoto salvador
E a inércia entra em cena nivelando o prazer
E faz da vida uma constante desvelada ao anoitecer

Na fronteira o sol nasce com anemia nos seus raios
E a lua rende o turno numa penumbra sonolenta
E se disfarça entre as nuvens circundada por um anel
Que impede a liberdade de fulgurar no alto céu

Na fronteira a vida é morna e regurgita sentimentos
Que se instalam à flor da pele de uma forma bem latente
Choram mágoas na rigidez de uma tez que se reprime
E com mecanismos de defesa no dia a dia se eximem

Na fronteira a dor letal é disfarçada num sorriso
O dia segue emudecido e tem na noite seu abrigo
Pra se mostrar sem a fantasia do prazer adormecido
E chora a dor que há detrás da contração de um sorriso

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Vida


(Imagem-Google Imagens)

A vida é a fantasia
que se veste a cada dia
É o cenário que se enxerga
pelo ângulo da ilusão
É o enredo de uma novela
que põe em pauta o coração
É a verdade relativa
pelo foco de quem vê
É a estação de uma partida
que se tende a esquecer

A vida é o avesso
do lado oposto invisível
É saudade de um tempo
que talvez não se viveu
É a cadência e o descompasso
que sonorizam o tablado
É o rio que vira mar
com as chuvas de verão
É o sopro de um instrumento
que oxigena uma canção

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Amor de amigo


(Imagem-Google Imagens)

Homenagem a todos os meus amigos
que são meus cúmplices na estrada da vida.


Há um amor que me invade a alma
E na angústia me acolhe e acalma

Há um amor que me faz companhia
E me ampara nas travessias

Há um amor que conheci na vida
E que é bálsamo para as feridas

Há um amor que me acompanha ao longe
E não me fere e nem me constrange

Há um amor que me dá aconchego
E é um abraço sempre que eu chego

Há um amor que segue sempre comigo
Amor de irmão, Amor de amigo


Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Furacão


(Imagem-Google Imagens)

Desfaz-se
como um eco no túnel do tempo
No infinito azul
abre suas asas para o sem fim
Destranca portas
Desencaminha
Abre abismos
Sonha o improvável
Realiza o evitável
Marca passagens
com destroços
Constrói castelos
no vácuo
Crava o peito
com o espinho da flor
Torna-se imortal
pelo frenesi que causou

Maria Helena Mota Santos

domingo, 17 de julho de 2011

Blogagem Coletiva: Minhas Primeiras Leituras


(Imagem-Google Imagens)

Agradeço a Abraão Vitoriano, do blog é o menino- homem? http://abraaosousa.blogspot.com/ , pelo convite para fazer parte da blogagem coletiva intitulada MINHAS PRIMEIRAS LEITURAS em comemoração aos três anos do seu blog.
Sinto-me privilegiada em fazer parte de um momento tão marcante e inesquecível!
Abraão, parabéns pelo aniversário do blog e pela iniciativa da Blogagem Coletiva!


Desde muito pequenina
A leitura me encantava
E na sopa de letrinhas
Formei as primeiras palavras

Fui apresentada aos livros
E as gravuras me encantavam
Ficava imaginando histórias
E a poetisa despontava

Chegaram em meu auxílio
Alguns seres encantados
Que com suas grandes lições
Meu universo povoaram

A cinderela chegou
E me pegou pela mão
Mostrando que a maldade
Merece uma grande lição

Ao patinho feio dei abrigo
Fui solidária a sua dor
E fiquei emocionada
Quando um cisne se tornou

Fui apresentada a Alice
E fui vestida de magia
Ela me levou docemente
Ao país das maravilhas

A Poliana me marcou
Com seu jogo do contente
Mostrando que as dificuldades
Com otimismo se vence

O menino do dedo verde
Ensinou-me a enxergar
Que nas paredes frias
Flores podem despontar

Passeei com muita gente
Desse reino encantado
Encontrei o Pequeno Príncipe
Que me deixou grande legado

Ele me levou aos planetas
Ensinou-me a cuidar da rosa
Cativou-me e me fez responsável
Pelos amigos a minha volta

Minhas primeiras leituras
Alicerçaram meu ser
Hoje só fico contente
Se tenho livros pra ler

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Canal do tempo


(Imagem-Google Imagens)

O canal do tempo anunciou
Tempestade iminente
Com chuva torrencial
E tufão inevitável

Mas o hábito de ser sol
Fez a chuva se esconder
A tempestade fenecer
O tufão arrefecer

Raio de luz se fez presente
E não deixou a inundação
Transformar-se em enxurrada
E no rio do caminho transbordar

E o sol nasceu bonito
Desfilando com seus raios
Aqueceu a luz do dia
E só à noite ele partiu

Mesmo assim ficou presente
No reflexo do luar
Coadjuvando com a lua
Foram no mar se encontrar

E dançaram toda noite
Numa alegria contagiante
E fizeram companhia
Pros corações itinerantes

Maria Helena Mota Santos

09/10/2010

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Menina


(Imagem-Google Imagens)

Ainda sou aquela menina
que encontrou a sua imagem
num grande baile de máscaras

Ainda sou a saudade
que se despediu da infância
sem se desfazer dos brinquedos

Ainda sou a liberdade
de pés descalços na vida
em busca de terra desconhecida

Ainda sou aquela menina
vestida da cor do sonho
acordada na realidade

Ainda sou menina peralta
que desfaz caminhos prontos
pra não perder a cor dos dias

Ainda sou menina sorriso
que acha sempre uma graça
Nas teias tecidas na vida

Maria Helena Mota Santos

21/04/2011

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Partes


(Imagem-Google Imagens)

Se eu estou aqui e agora lhe percebo
No meu mundo há você e todo mundo
Quem não me vê me circunda e me ignora
Mas pode um dia atuar na minha história

De muita gente eu tenho partes sem saber
Se soubesse quem de mim tem uma parte
Eu iria procurar pra conhecer
E o meu vazio nessa busca preencher

Mas como o enigma é a chave de uma vida
Vou ter sempre por aí partes perdidas
E vou em busca dessas partes sem saber
Que toda busca é uma forma de aprender

E na busca das minhas partes espalhadas
Que estão com os passantes da estrada
Em cada encontro vou formando um novo elo
Pois ter amigo é na vida o que mais quero

Maria Helena Mota Santos

19/12/2010

terça-feira, 12 de julho de 2011

Selinho carinhoso



Hoje é um dia especial
Que ficará na minha mente
Pois ganhei um lindo selinho
E estou deveras contente

Agradeço a amiga Kunti
Pelo carinho e amizade
O selinho é tão bonito
E enfeita qualquer idade

Para todos meus leitores
Eu compartilho o selinho
Como forma de expressar
Minha gratidão e carinho

Obrigada, minha querida Kunti!
Você é especialíssima para mim!
Beijão!

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Metamorfose da dor


(Imagem-Google Imagens)

O que é a dor
Senão um aperitivo
Do amor
Um pré-requisito
Da experiência
Um trilhar no túnel
Da sabedoria?

O que é a dor
Senão um encontro
Com o avesso
Com o lado imperfeito
E com o quadro pintado
Sem cor?

O que é a dor
Senão um linimento
Que provoca ardor
E aponta caminho redentor?

O que é a dor
Senão a bússola do homem
Em busca de um caminho profundo
Precursora dos grandes versos
E mãe de todos os poetas?

O que é a dor
Senão um passaporte
Para o mundo
Que toca bem lá no fundo
Trazendo à tona
O néctar do SER?

O que é a dor
Senão o caminho inverso
Da mediocridade
Que dá cor
A qualquer saudade
Sem escolher idade?

Sem idade
Chega a dor
Trazendo histórias
Cantadas e encantadas
De amor.

Maria Helena Mota Santos

05/05/2010

sábado, 9 de julho de 2011

Noturno


(Imagem-Google Imagens)

Daqui posso ver o céu
Pela fresta da janela
Embaçado pelas nuvens
Que escondem suas estrelas
Posso ver pingos de chuva
Numa dança com o vento
Num barulho aconchegante
Que me acorda para o sonho
Posso ver vidro molhado
Chorando lágrimas compridas
À espera de um sol
Que devolva o seu brilho
Posso ver minha essência
Misturando-se com a chuva
Dançando com o minuto
Que compõe este momento

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Florzinha


(Imagem-Google Imagens)

Se eu fosse uma florzinha
Bem pequena e delicada
Moraria em um jardim
Não pensaria em mais nada

Iria só enfeitar vidas
E alegraria os ambientes
Seria cúmplice dos amantes
E viveria sorridente

Eu transformaria o orvalho
Em bolinhas de sabão
Para alegrar as criancinhas
Que me carregassem na mão

Pegaria cada pétala
E enfeitaria o caminho
De quem tivesse bem triste
E se sentisse sozinho

Não me prenderia aos jarros
Seria uma flor itinerante
Conheceria as estradas
E chegaria ao horizonte

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 7 de julho de 2011

O silêncio das palavras


(Imagem-Google Imagens)

As palavras se esgotaram
E caíram num poço
Chamado silêncio

Não mais faziam efeitos
E não atravessavam muros
Ouviam o seu próprio eco
E ensurdeciam de solidão

Faziam pares com imagens
Formavam textos
Pincelavam histórias
Não eram reconhecidas
Nem desejadas

No silêncio
Emparelharam-se
E foram ao encontro
Das palavras
Que corriam por dentro

Sem sons
Sem interlocutores
Sem julgamentos
Sem dissabores

Unidas
Escreveram
O silêncio da história
Que iluminava
E enfeitava
O véu da noite

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Solitude


(Imagem-Google Imagens)

Existe um lugarzinho
Bem lá dentro do meu peito
Que é preenchido de solidão
Alimenta-se com o olhar opaco
E com o sorriso lânguido
É o lugar da nostalgia
De uma saudade
Do que não aconteceu
Nele a solidão é vitalícia
E nem o infinito preenche
É um cantinho solitário
Que mesmo que venha amor
Ou mesmo que o amor se vá
Ele continua intacto
Não se abala
É linear
Só eu tenho a senha da sua passagem
Só eu posso me perder nos seus labirintos
É o lugarzinho de onde partem as buscas
É o lugarzinho da incompletude
É o melhor deserto que há em mim

Maria Helena Mota Santos

julho/2010

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Pout-pourri


(Imagem-Google Imagens)

Num sono raso
Quase me afoguei de sonhos


Trôpego
Desenhava linhas tortas
No caminho da sua estrada


Naquele momento
Era uma ostra
Agucei o olhar
Vi uma pérola


Mesmo no caminho
De espinhos
Enfeitava de flores
A estrada


Trazia nas mãos
Sonhos adormecidos
Em busca
Do elo perdido


Fazia trampolim
No chão
E se refugiava
Nas alturas


Na confusão
Dos versos
Mostrava seu inverso
No universo

Maria Helena Mota Santos

domingo, 3 de julho de 2011

Daltonismo


(Imagem-Google Imagens)

Não existiam aquelas imagens
que eu via
Pintava a tela com a cor
da fantasia
Se era noite
imaginava que era dia
Colocava sol
quando as nuvens apareciam

Não existiam as cores quentes
que me aqueciam
Por trás da tela existiam
cores frias
Que infiltravam tristeza
dentro da minha alegria
E despejavam realidade
na minha fantasia

A nova tela
é de minha autoria
Pinto com as tintas
da cor da minha sintonia
Faço um projeto
que me traz muita magia
Pinto minhas asas
quando acordo todo dia

Maria Helena Mota Santos

sábado, 2 de julho de 2011

Presente



AOS "ARTISTAS" QUE SEMPRE ESTÃO DESENHANDO UM SORRISO NA TELA DA MINHA FACE.

Não há presente maior do que acordar para a vida e ver a imagem de quem amamos na estampa de um sorriso verdadeiro.
Não há presente maior do que saber que há alguém que se importa com o que sentimos e nos carrega mesmo que a estrada ultrapasse o mundo inteiro.
Não há presente maior do que sentir que neste mundo há alguém que empresta o olhar quando nossa visão está embaçada pela chuva.
Não há presente maior do que saber que de um cantinho particular alguém nos segue só pra ser amparo nos tropeços do caminho.
Não há presente maior do que sentir que há carinho dentro dos seres que se vestem de humanidade e são na vida companheiros.
Não há presente maior do que sentir que em todos os momentos há sempre a força e o aconchego de um amor verdadeiro.

Maria Helena Mota Santos