segunda-feira, 29 de junho de 2020
Indagações
O que dizer?
Nem sempre se tem palavras
Quando calar?
Nem sempre se tem silêncio
Quando seguir?
Nem sempre se tem estrada
O que fazer?
Nem sempre se tem clareza
Pra onde ir?
Nem sempre há um lugar
Como ajudar?
Nem sempre se tem a forma
Quando mudar?
Nem sempre se tem coragem
Quando amar?
Sempre que o coração pulsar
Maria Helena Mota Santos
23/12/2010
sexta-feira, 26 de junho de 2020
Se houver amanhã
Se houver amanhã
um capítulo inédito vai ao ar
com cenas que não se pode ensaiar
Se houver amanhã
uma luz pode acender
para não deixar o dia escurecer
Se houver amanhã
pode se achar uma saída
para o labirinto das causas perdidas
Se houver amanhã
a esperança pode aparecer
para quem não consegue crer
Se houver amanhã
há de novo sonho se plantar
para passarela da realidade enfeitar
Se houver amanhã
há de se aprender com os pássaros
que mesmo com asas quebradas buscam o espaço
Se houver amanhã...
Maria Helena Mota Santos
28/10/2010
domingo, 21 de junho de 2020
A vida
A vida é um hábito
De se enxergar
O que se vê todo dia
É embarcar
Em cada porto
Em busca de uma travessia
A vida é um baile de máscara
Que só se revela
No espelho noturno
É uma rua encantada
Onde um mágico invisível
Aponta o mundo
A vida é tudo isso
E tudo aquilo
Que se vê agora
É tudo que poderá vir
Com o pôr do sol
Ou com a aurora
A vida é o que foi
O que é
E o que poderá ser
É uma ciranda que volta
Vestida de esperança
A cada amanhecer
Maria Helena Mota Santos
09/01/2011
domingo, 14 de junho de 2020
Caminhos
Se era para andar
andei
Se era para pausar
pausei
Nos limites da vida
avancei
Se era para chorar
chorei
Se era para sorrir
gargalhei
Emoções conflitantes
superei
Se era para contestar
contestei
Se era para relevar
relevei
Caminhos antagônicos
trilhei
Se era para amar
amei
Se era para odiar
perdoei
Sem fugir da realidade
sonhei
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 11 de junho de 2020
Isolamento
Enfim
só
O casamento
é individual
intransferível
Não há dois
em um só
Há um só
com parceiro
invisível
Há um apelo
inexorável
do eu mascarado
que precisa
renascer
Não há tempo
para aborto
Só desconforto
O parto
é iminente
O parteiro
é invisível
E o parto
natural
ou fórceps
Maria Helena Mota Santos
terça-feira, 9 de junho de 2020
Incógnita
Era pra ser apenas uma pausa
Na eternidade do sentimento
Era pra ser apenas um flash
No raio infinito que circunda a luz
Era pra ser apenas um momento
Na longa estrada do horizonte
Era pra ser o que se foi sem ser
E se dissipou sem acontecer
Era pra ser o retorno do caminho
E o início de um caminho novo
Era pra ser a incógnita na equação da vida
E a exatidão na indecisão da estrada
Era pra ser a força da fragilidade do instante
E a sensatez na efemeridade da euforia
Era pra ser uma demão nas tintas do amor
Numa obra de arte que o tempo desbotou
Maria Helena Mota Santos
18 02 2013
Na eternidade do sentimento
Era pra ser apenas um flash
No raio infinito que circunda a luz
Era pra ser apenas um momento
Na longa estrada do horizonte
Era pra ser o que se foi sem ser
E se dissipou sem acontecer
Era pra ser o retorno do caminho
E o início de um caminho novo
Era pra ser a incógnita na equação da vida
E a exatidão na indecisão da estrada
Era pra ser a força da fragilidade do instante
E a sensatez na efemeridade da euforia
Era pra ser uma demão nas tintas do amor
Numa obra de arte que o tempo desbotou
Maria Helena Mota Santos
18 02 2013
sexta-feira, 5 de junho de 2020
Quantas vezes
Quantas vezes fico entre o sonho e a realidade buscando vislumbrar uma outra dimensão!
Quantas vezes me pergunto se a realidade é o que está diante dos meus olhos ou se é o que eu não consigo enxergar!
Quantas vezes fico agarrando sonhos e vou voando com eles para não colocar os pés descalços no chão gelado!
Quantas vezes olho para o céu e vejo as estrelas invisíveis através das nuvens carregadas de escuridão!
Quantas vezes olho sem ver e ouço sem escutar porque fui raptada para um lugar ali adiante que me puxa para o que era antes!
Quantas vezes sou como uma adolescente irreverente mudando o que está pronto para ter o prazer de descobrir o caminho das possibilidades!
Quantas vezes pego borboleta pelo prazer de soltá-la para contemplar o seu voo!
Quantas vezes choro sorrindo e sorrio chorando!
Quantas vezes me pego cantando uma canção que traduz meu pranto!
Quantas vezes acordo a alegria e adormeço a tristeza para aproveitar a chance da vida!
Quantas vezes sou coadjuvante no meu palco!
Quantas vezes sou tantas outras que não cabem em mim!
Quantas vezes sou inverno no verão e primavera no outono !
Quantas vezes me olho e me espanto com o tamanho da emoção que me faz pulsar amor...amor...amor...
Maria Helena Mota Santos
05/01/2011
Quantas vezes me pergunto se a realidade é o que está diante dos meus olhos ou se é o que eu não consigo enxergar!
Quantas vezes fico agarrando sonhos e vou voando com eles para não colocar os pés descalços no chão gelado!
Quantas vezes olho para o céu e vejo as estrelas invisíveis através das nuvens carregadas de escuridão!
Quantas vezes olho sem ver e ouço sem escutar porque fui raptada para um lugar ali adiante que me puxa para o que era antes!
Quantas vezes sou como uma adolescente irreverente mudando o que está pronto para ter o prazer de descobrir o caminho das possibilidades!
Quantas vezes pego borboleta pelo prazer de soltá-la para contemplar o seu voo!
Quantas vezes choro sorrindo e sorrio chorando!
Quantas vezes me pego cantando uma canção que traduz meu pranto!
Quantas vezes acordo a alegria e adormeço a tristeza para aproveitar a chance da vida!
Quantas vezes sou coadjuvante no meu palco!
Quantas vezes sou tantas outras que não cabem em mim!
Quantas vezes sou inverno no verão e primavera no outono !
Quantas vezes me olho e me espanto com o tamanho da emoção que me faz pulsar amor...amor...amor...
Maria Helena Mota Santos
05/01/2011
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