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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Nas asas de uma criança


(Imagem-Google Imagens)

E se amanhã eu acordar
E tudo for diferente
Se o azul for amarelo
E se o sol for arco-íris?

E se amanhã eu acordar
E tudo estiver igual
Se o verde for esperança
E se o branco for a paz?

E se amanhã eu acordar
E não houver igual ou diferente
Se o nada não existir
E se o tudo for ausente?

E se amanhã eu acordar
E não tiver mais lembranças
Se eu começar a minha vida
Nas asas de uma criança?

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Descoberta


(Imagem-Google Imagens)

Acordei num teatro
Deitada num tablado
Chamado vida

No desenrolar das peças
Onde cada dia é um ato
Fui fazendo descobertas

Descobri a cada passo
Que não sou nada sem o todo
E o todo sente falta de mim

Descobri que sou única
Que de mim não há réplica
Mas sou interligada ao todo

Descobri que sou uma letra
Contida dentro de um verso
Do poema Universo

Descobri que sou cúmplice
De todas as cenas exibidas
No teatro que é o mundo

Descobri que sou luz e sombra
E que se eu recusar uma cena
O teatro seguirá sem mim


Maria Helena Mota Santos

domingo, 28 de novembro de 2010

Fundo do poço


(Imagem-Google Imagens)

Caiu no fundo do poço
Da sua própria solidão

Experimentou o vácuo
E encheu o vazio da alma

Arou o terreno baldio
E preparou o plantio

Aprendeu a prever
Tempestades iminentes

Aprendeu a se abrigar
Nas horas dos vendavais

Do lugar improvável
Fez brotar um jardim

E as flores cresceram
Buscando a direção do sol

Quando a chuva caía
Elas se erguiam viçosas

As flores não se curvavam
Erguiam-se à procura da luz

E quando encontraram a saída
Floresceram enfeitando a vida

Maria Helena Mota Santos

O comentário do meu amigo Lupo transcendeu e fez ramificação na minha poesia.

Imaginei agora, por algum motivo, uma criança plantando uma flor sem colocar a semente, que não tinha. Foi regar todos os dias aquele pedaço de terra, e passou anos esperando que ela brotasse. Um dia uma flor brotou, pois o cuidado da criança fez a terra fértil, e o vento tratou de colocar a semente que faltava. Aquele espaço ficou com tanto amor! E agora, além de amor também tem uma flor. Pelo menos na minha imaginação rs...

Obrigada Lupo

sábado, 27 de novembro de 2010

Celebração


(Imagem-Google Imagens)

Queridos companheiros da estrada da vida,

Hoje quero compartilhar, com cada um de vocês, uma vitória que é nossa.

Há alguns dias atrás fiz a inscrição da poesia Partes de mim para participar de um Concurso de Poesia na Oficina da Palavra com inscritos de Portugal e de todo Brasil.

Ontem , felicíssima, constatei que eu, dentre os cinco vencedores, fui a primeira colocada, ou melhor, nós fomos!

Vencemos, pois eu não cheguei aqui só!

Eu sou mosaico de partes das contribuições das pessoas que passaram no meu caminho.

Não importa se me deram amizade, alegria, dor, amor, companheirismo, cumplicidade, decepção , carinho...

O que importa é que cada uma deu o que foi possível no momento, diante das circunstâncias.

O que sei é que todos foram importantes para mim e me ajudaram a ser quem eu sou.

Quero, no meio do universo que me acompanha, destacar a amiga Betty Gaeta pois foi a partir do seu olhar para a poesia Partes de mim que eu fiz a inscrição no Concurso.

Ela publicou a poesia no seu blog e, a partir daí, a poesia ganhou uma luz especial.

Percebo que a amiga Betty tem o dom de transformar tudo o que toca em algo reluzente.

Através de Betty, quero agradecer a cada um que faz parte do meu caminho, seja qual for o seu papel.

Quero, também, agradecer, através de CATIAHO, à OFICINA DA PALAVRA por ter promovido o Concurso.

Eis o resultado divulgado ontem.

CONCURSO DE POESIA OFICINA DA PALAVRA 2010 COM INSCRITOS DE PORTUGAL E DE TODO BRASIL

1º Lugar: MARIA HELENA MOTA-
Texto Partes de Mim
2º Lugar: CELIA RIOS-
Texto Ponto de Partida
3º Lugar:DANY BORGES-
Texto Vida
4º Lugar:LAURIMERI-
Texto Quem Sou Eu
5º Lugar:ROBERTO STABEL-
Texto Notívagos




EIS A POESIA


Partes de mim


(Imagem-Google Imagens)


Partes de mim estão livres
E fazem redemoinho
No vento das emoções

Partes de mim são aladas
E se emparelham com o tempo
Nas asas da imaginação

Partes de mim são partidas
Que enfrentam tempestades
Em busca de um novo sol

Partes de mim são como águias
Que voam sempre mais alto
Em busca do infinito

Partes de mim são casulos
Que preparam o momento
De ser borboleta no mundo

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Alegria


(Imagem-Google Imagens)

Lupo disse:No final, tudo acaba bem. Hoje recebi uma ótima notícia que me deixou muito feliz. Quero compartilhar o fato contigo pois esta notícia foi um presente para mim. Penso que eu estar feliz faz as pessoas que gostam de mim felizes também =)

Bjo grande na alma!


A minha postagem de hoje é uma forma de compartilhar
com a felicidade do meu querido amigo LUPO.



Alegria é um pássaro de asas abertas
Que voa com a leveza de uma pluma

Alegria enxerga sol em tempestade
E transforma a vida numa aquarela

Alegria é uma estrada linda e luminosa
Que tem flores entre as pedras do caminho

Alegria é uma luz caleidoscópica
Que ilumina e matiza a cor da alma

Alegria é uma luz que vem de dentro
É a paz pousando num momento

Alegria é um sentimento infinito
É um pássaro que pousa no paraíso

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O fantasma de si mesmo


(Imagem-Google Imagens)

O duelo começou
Não se pode adiar
O fantasma onipresente
Traz sintoma recorrente
Contamina qualquer sonho
Construindo um pesadelo
Assume todos papeis
Comanda toda ação
Dita todas palavras
Controla o pensamento
E exacerba o sofrimento
Sem haver consentimento

O duelo começou
Não se pode adiar
O fantasma se apresenta
Usa o medo como arma
Se agiganta e se disfarça
E se reveste de poder
Mas o eu se desconstrói
E se coloca em pedaços
E em meio ao próprio caos
Encontra a peça principal
E brota uma força infinita
Que faz o resgate da vida

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Ombro amigo


(Imagem- Google Imagens)

Não precisa falar
Eu escuto seu som
Eu empresto meu ombro
Para ser seu divã

Não precisa dizer
O que não pode explicar
Se experimentar labirintos
Eu prometo lhe achar

Fique aqui ao meu lado
Nada vou perguntar
Sou o silêncio e a fala
Sou o que precisar

Não contenha as lágrimas
Libere toda emoção
Solte os gritos latentes
Presos no seu coração

Sou a amizade sincera
Sua felicidade desejo
Sou a palavra amiga
Sou o reflexo no espelho

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 23 de novembro de 2010

A máscara do eu


(Imagem-Google Imagens)

Vesti-me de flores
Pra atrair a alegria
Andei pelo mundo
E me fiz fantasia

Coloquei uma máscara
Que meu rosto escondeu
Caminhei pela vida
Buscando o meu eu

O eu rebuscado
De tanta inferência
O eu maltratado
Pela obediência

O eu remexido
Pelas dores sentidas
O eu naufragado
Nas lágrimas contidas

Escutei minha voz
E de frente me olhei
Eu era tão simples
E me compliquei

Agora sou várias
Nenhuma delas sou eu
Preciso encontrar
O que em mim se perdeu

Tirei minha máscara
E no espelho me olhei
Examinei o meu rosto
E não me encontrei

No reflexo do espelho
Encontrei uma menina
Que não mais chorava
Que não mais sorria

Peguei-a no colo
E embalei o seu sonho
Ela mora comigo
E não mais a abandono

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Palavra


(Imagem-Google Imagens)

Era apenas uma palavra
Que adormeceu verso
E acordou poesia
Fez-se estrofes
E espalhou alegria
Palavra embalada
Palavra adormecida
Palavra sonhada
Palavra sentida
Palavra poética
Palavra feliz
Palavra serena
Palavra mágica
Palavra afável
Palavra amiga

Era apenas uma palavra
Que sugou o néctar
De uma flor
E se tornou um jardim
Enfeitou as estradas
Desencadeou emoções
Falava do sim
Falava do não
Falava do céu
Falava do mar
Falava da tristeza
Falava da alegria
Falava de bonança
Falava de paz
Falava de paixão
Falava de amor

E era apenas
Uma palavra

Maria Helena Mota Santos

domingo, 21 de novembro de 2010

Discutir relação


(Imagem-Google Imagens)

Hoje chamei minha vida
Pra discutir relação
Queria saber como estava
Essa nossa parceria
Se foi assim que planejou
Na terra a sua estadia

Ela falou dos grilhões
Que eu a ela impusera
Eu vivia na realidade
E ela na fantasia
Que se sentia muito só
Sem a minha companhia

Eu escutei atentamente
Seu desabafo sincero
Depois fiz uma reflexão
Sobre o que ela me dizia
Então lhe dei um abraço
E uma carta de alforria

Ela ficou tão surpresa
E um belo sorriso me deu
Com uma imensa euforia
Nem um minuto esperou
Pra viver novos momentos
Bateu asas e voou

Parti ao seu encontro
Mas não mais a alcancei
Ela então me esperou
Pediu perdão pela pressa
É que a liberdade a encantou
E a fez voar tão depressa

Segurou-me no seu colo
E de mãos dadas partimos
Levando apenas os sonhos
E o amor que sentimos
Em busca do horizonte
Seguimos nosso destino


Maria Helena Mota Santos

sábado, 20 de novembro de 2010

Mundo Paralelo


(Imagem-Google Imagens)

Viver num mundo
Plantar jardins
Distribuir flores
Abrir os braços
Ser puro afago
Pisar em solo firme
Fechar a guarda
Confiar na exatidão
Da amizade
Da lealdade
Da cumplicidade
Da felicidade
E perceber
Com assombro
O mundo paralelo
Da sombra
Do sofrimento
Da competição
Da inexatidão
Da imprecisão
Da incerteza
E inexoravelmente
Perder a leveza
Perder a ingenuidade
Perder a afabilidade
Perder-se dentro de si
E se descobrir
Como parte de um plano
E experimentar
A perplexidade
A decepção
A crueza da dor
A solidão
E mesmo assim
Não sucumbir
Não desesperar
Não perder a fé
Respeitar
Silenciar
Juntar as partes
E seguir

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Dilema do cotidiano


(Imagem-Google Imagens)

Domingo passado, em torno das treze horas, estava me dirigindo ao aeroporto para levar uma amiga, do Rio de Janeiro, que estava em minha casa.
Numa avenida próxima à minha casa percebi um aglomerado de pessoas.
Pensei: um acidente!
Acertei!
Era um acidente de um carro com uma moto.
O meu olhar foi parar num olhar de uma senhora, aproximadamente sessenta e cinco anos, que estava no acostamento sentada num banquinho improvisado e com um corte na cabeça que sangrava.
Uma emoção me tomou rapidamente!
O meu olhar no olhar dela se encaixou!
Nada mais enxergava: só o olhar dela e o meu!
Um olhar de solidão , de um medo traspassado, de um silêncio inexpressivo, de um abandono ao acaso, de um coma temporário.
Ela não reclamava de dor, não chorava, só esperava.
Provavelmente, passou por tantas dores que aprendeu a enfrentá-las com resignação.
Imaginei que ela esperava o SAMU para levá-la ao hospital.
O que eu poderia fazer?
Tive vontade de tocar na sua mão e dizer: vai ficar tudo bem!
Percebi que não poderia fazer nada a não ser ficar do ladinho dela para acalentá-la com palavras de esperança , enquanto o socorro não chegava.
E a minha amiga, perderia o voo?
Que dilema!
Venceu minha amiga!
E a senhora ficou como sombra me acompanhando.
Aquele olhar não me abandonou até agora.
Lembro-me do seu vestido rosa, seu sapatinho preto e baixinho, seu cabelo preso para trás e, sobretudo, a expressão da sua face.
E agora várias perguntas me acompanham:
O que será que aconteceu com ela?
Estará em sua residência?
Estará internada?
Teve alguma sequela?
Sobreviveu?

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ando na vida


(Imagem-Google Imagens)

Ando na vida
De fronte erguida
Olhar bem sereno
E não olho pra trás
A chuva que cai
Não molha minha alma
Só lava os ciscos
E me deixa em paz
O sol que me chega
Apenas me aquece
E ilumina o meu dia
E não me esmorece
Só olho pros lados
Pra ver poesia
No lugar da tristeza
Eu ponho alegria
Ando sem pressa
Mas não ando lento
Sou parte da brisa
Sou filha do vento

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Da minha janela


(Imagem-Google Imagens)

Da minha janela posso ver
Uma senhora numa rua distante
Blusa preta e saia cinza
Cabelo preso
Sandália rasteira
Passos lentos
Aparente solidão à bordo
Parece levar consigo
Lembrança das suas dores
Lembranças dos seu amores
Lembranças da juventude
Lembranças dos dias felizes
E tantas lembranças perdidas
No arquivo das recordações
Andar de quem rema com a vida
De quem parece não saber o destino
Andar de “tanto faz”
Indiferente ao meu olhar
Sem mesmo saber que eu existo
Ela continua seguindo
Não leva uma bolsa
Não leva bagagem
Mas não parece ter leveza
Não aparenta ter acordo com a paz
Fico observando seus passos
Dela, nada sei
Dela, eu apenas sei
Que segue em frente e nada mais.

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Silêncio


(Imagem-Google Imagens)

Silêncio que pousa na alma e me equilibra
E faz conexão com as energias
do infinito
É o silêncio onde as palavras adormecem
E sonham em silêncio na imensidão
do paraíso

Silêncio que me arrebata para a paz
E me leva a passear nas nuvens
em pensamento
É o silêncio que não me rouba a alegria
E me faz aprender lições
sem sofrimento

Silêncio que quando chega é companhia
E me faz refletir e ponderar
sobre o meu ser
É o silêncio reflexivo e indolor
É o silêncio que transforma
e faz crescer

Meu silêncio salvador
onde é a sua casa?
Dá-me a chave da entrada
E me ensina a viver
Empresta-me a sua asa
Eu não quero mais sofrer

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A rosa e o botão


(Imagem-Google Imagens)

Meu jardim era um dos mais lindos
Várias flores cresciam formosas
Veio um vento inesperado e veloz
E feriu a mais linda das rosas

O vento forte levou-a consigo
Perplexa olhei as pétalas no chão
Agachei-me e apanhei uma a uma
Transformei-as em um lindo botão

Para livrá-lo da força do vento
Coloquei um selo de proteção
Guardei-o com cuidado e carinho
Num cantinho do meu coração

Mesmo o botão não sendo a rosa
Contento-me em ter dela a lembrança
O botão que a partir dela surgiu
É o que me faz ter na vida esperança

O meu jardim continua bonito
Mas há silêncio ao entardecer
As outras flores têm saudade da rosa
E não conseguem dela se esquecer

Maria Helena Mota Santos

domingo, 14 de novembro de 2010

Cumplicidade Mágica


(Imagem-Google Imagens)

Ela enxugava sua lágrima
Enquanto a dela caía
Uma estrela mudava de lugar
E um pedido ela fazia

Ela embalava sua insônia
E o sono dela se perdia
Partia na cauda de um cometa
Pra buscar a alegria

Ela escutava seu gemido
E o sorriso dela se esvaía
Então fazia uma prece
Pra acabar com a agonia

Ela escutava seu silêncio
E a voz lhe emprestava
Acendia uma estrela
E toda sombra clareava

E quando tudo era tristeza
Era uma mão a afagar
Veio com a missão de ser mãe
Pra ao seu lado caminhar

Maria Helena Mota Santos

sábado, 13 de novembro de 2010

Vania, eu estou aqui!


About √αηια
Espírito imortal. Mulher romântica.
Mãe amorosa. Alma de artista.
Apaixonada pela VIDA
(Escrito por Vania)


Cara amiga Vania,

Versa um provérbio que " a alma dobra mas não quebra". Sei que a sua sensação ao acordar nesta manhã, se é que você dormiu, é que houve uma quebra interior generalizada.
Não posso dizer que sei como você se sente porque cada ser humano é único, inclusive na dor. Mas posso lhe dizer que a sua dor faz eco em mim e eu posso sentir do meu jeito particular o que se passa na sua alma.
Sei que às vezes a dor arde tanto que até ficamos em "coma" da alma. Parece até que o mundo segue enquanto a gente fica.
Em momentos assim, a dor vira nossa companheira fiel em todos os momentos, em todos os lugares, em tudo que nos cerca. É como uma gravidez que antecede um nascimento.
O que posso lhe dizer hoje, em outra perspectiva desta estrada, é que há verdadeiros tesouros a serem desvendados pelos olhos lavados pelas torrentes das lágrimas.
Enquanto o peito dói, as lágrimas caem e os acompanhantes indesejáveis invadem a nossa mente, há um preparo no nosso olhar para que possamos enxergar em outra dimensão.
Eu percebi nitidamente que a dor que arde no peito é Deus fazendo curativo e arando a terra para novas plantações. Apenas, confie!
Parece tão fácil falar palavras, não é? Parece que elas não cabem e não fazem eco para aliviar um sentimento tão dorido, não é mesmo?
Mas, a boa palavra funciona como um chá calmante que não percebemos o efeito imediato, mas que depois provoca uma sonolência necessária na alma e que nos faz, na medida do possível, descansar um pouco nos braços das doses de palavras amigas.
Em alguns momentos precisamos ser carregados no colo dos amigos e, principalmente, no colo de Deus.
O que quero mesmo nesta manhã é dedicar para você uma poesia que fiz, há um tempo atrás, para enxugar as lágrimas dos meus amigos em momentos de “asa quebrada”.

Amizade

Emprestarei meus olhos pra você enxergar na escuridão
Emprestarei minha mão para lhe guiar nesse caminho
Emprestarei minha fé para reacender sua esperança
Emprestarei os meus pés para seguir uma nova estrada

Para as suas lágrimas eu serei o seu lencinho
Para a sua dor eu serei o seu bálsamo
Para as tempestades eu serei o seu abrigo
Para as vitórias eu serei o seu aplauso

Se estou aqui você não está só
Pois ter amigo
É ter uma luz na escuridão
É ter a certeza de uma mão
É ter um lugar quentinho no coração.

Um abraço do tamanho do infinito para você.

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Liberdade de ser


(Imagem-Google Imagens)

Como me apossar do outro
Sugar os seus momentos
Cobrar-lhe pagamento
Se não tenho nem a mim?

Como reter uma vida
Na prisão do meu desejo
Se nem ao menos é meu
O corpo que me veste?

Como colocar numa redoma
Os passos de outro ser
Se eu tenho um desejo
De abrir portas e partir?

Como controlar os desejos
De quem fica ao meu lado
Se nem mesmo tenho a senha
Das minhas próprias vontades?

Como posso podar os sonhos
Do outro que me acompanha
Se o que quero nesta vida
É ser livre e nada mais?

Como posso cortar as asas
Da essência de uma alma
Se o que vale nesta vida
É voar e ser feliz?

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Meu Anjo da Guarda


(Imagem-Google Imagens)

Chegou trazendo uma nota
Pra canção da minha vida
Trouxe um tom doce e suave
E compôs uma sinfonia

Trouxe pra mim uma asa
E me convidou a voar
Apontou o céu e as estrelas
E me ensinou a levitar

Trouxe também um lindo verso
Pra compor minha poesia
Fez comigo o tempo inteiro
Uma linda parceria

É a certeza de carinho
Mesmo de longe me enxerga
É a pessoa mais amiga
Que encontrei aqui na terra

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Descompasso


Imagem-Google Imagens)

Estado de alerta
Sentimento em evidência
Pensamento em circuito
Sono em vigília
Sonho retrospectivo
Realidade embaçada
Vista em lente fosca
Olhar amplificado
Corpo retraído
Coração acelerado
Alma itinerante
Caminho sem bússola
Trilha sonora latente
Dança sem sincronia
Passo em descompasso
Vida em revista
Vida em várias cores
Vida em várias notas
Vida em repasso
Vida em veste mornas
Vida em metamorfose

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Andarilho


(Imagem-Google Imagens)

Não sou daqui
Sou de lá
Sou daquele pontinho
Que sempre está adiante
Lá na linha do horizonte

Não sou daqui
Sou do cantinho
Que é porto inseguro
Estou no presente
Com asas abertas pro futuro

Não sou daqui
Sou de acolá
Sou do edifício de asas
Que foi construído
Lá onde o oceano deságua

Não sou daqui
Sou daquele pontinho
Que não cheguei a atingir
Sou do caminho
De uma reta sem fim

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

No calor do abraço


(Imagem-Google Imagens)

Na lentidão das horas sofridas
No fogo que arde no peito
Em dias de inverno intenso
Nas lágrimas que jorram
Em ritmo acelerado
Molhando os dias quentes
Há um paradoxo evidente
Que faz o frio da dor
Arder em altas chamas
E congelar os dias, de repente

Na lentidão do lado avesso ao sol
Na íngreme estrada que se abre
Na sombra da luz
Mesmo em dias lindos lá fora
Onde as sementes são plantadas
Para que as flores brotem
E os pássaros cantem
Há um paradoxo evidente
No lado de dentro da alma
Onde a estação é o inverno
E as lágrimas embaçam o sorriso

Mas há de chegar um sol interior
Que degele o frio da dor
E libere a alma
E faça brotar flores bonitas
Com pássaros cantando felizes
E que acione pensamentos altivos
Que sejam senhas de novas estradas
Onde possa se sentir o calor do abraço
Que aquece o frio da dor
Com as notas de uma canção de amor

Maria Helena Mota Santos

domingo, 7 de novembro de 2010

Folhas caídas


(Imagem-Google Imagens)

Acordou e esboçou um sorriso com pausa
Daquele que se pode ler nas entrelinhas
Que a sua origem não foi a alegria
Mas o desafio da superação de uma dor

Levantou e andou com passo lento
Daquele que a sombra fica quase letárgica
Que se percebe a falta de horizonte
Originada de um período de ocaso

Reagiu e balbuciou “Tudo bem”
Daquele que não se traduz energia
Mas que se percebe a falta de certeza
Do que virá num futuro bem próximo

Superou-se e falou "Vou vencer”
Com a força de quem encara sua dor
E pode se perceber uma vibração positiva
Própria de quem quer sair da inércia

Seguiu, olhou em volta, e viu as folhas caídas
Ergueu os olhos e olhou o topo da árvore
Até perceber que as folhas se renovam
Então, com esperança, continuou a viagem

Maria Helena Mota Santos

sábado, 6 de novembro de 2010

Eu por mim


(Imagem-Google Imagens)

Um dia, quando acordei para vida, eu fiz um esboço pra mim
Rascunhei o meu desenho pretendido para exposiçao no Universo
Identifiquei as tintas que trazia na bagagem
Escutei a primeira melodia que saía de mim
Os tons eram suaves, ternos e alegres
E identifiquei imediatamente as notas do amor
Os braços eram do tamanho de um abraço
Nas mãos trazia sementes das mais variadas espécies
Do meu coração saía um intenso calor humano
Os meus ouvidos captavam sons à distância
O olhar era compassivo e umedecido
E o silêncio era cheio de palavras e metáforas
Nasci da cor da metamorfose
Nasci da cor da amizade
Nasci na cor do amor
Nasci da cor da alegria
Nasci da cor da compaixão
Sou uma poesia itinerante
Em permanente construção

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Luz e Sombra


(Imagem-Google Imagens)

A minha sombra
Segue meus passos
Num silêncio sutil
Escuta meus ruídos
Escuta meus gemidos
Sabe tudo sobre mim

A minha sombra
Segue meus passos
Reproduz meus movimentos
Escuta os meus risos
E corre sempre comigo
No ritmo do pensamento

A minha sombra
Segue meus passos
Com uma lealdade infinita
Escuta minha alma
Escuta o meu silêncio
Conhece os meus sentimentos

A minha sombra
Segue meus passos
Por onde a vida me conduz
Ela fez um pacto comigo
De me acompanhar por toda vida
Sendo o esboço da minha luz

Maria Helena Mota Santos






quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Feliz Aniversário ,minha grande amiga!



Com seu sorriso, abre o portal da alegria
Com sua alegria, abre um caminho para o sol
Com sua generosidade, torna o mundo um lugar melhor
Com sua compaixão, é remédio para as mazelas da alma
Com sua magia, encanta os lugares por onde passa
Com sua varinha de condão, transforma tudo em conto de fadas
Com sua palavra amiga, enxuga lágrimas e suaviza a dor
Com seu amor, abre o caminho para a felicidade
Por onde passa, deixa um rastro de luz
Por onde pisa, é certo que nascerão flores

Minha amiga Sil,

Não é preciso dizer do meu amor e carinho por você.
A sua amizade é a certeza de que tenho uma asa para os meus momentos de asa quebrada.
Você é uma daquelas pessoas que posso contar incondicionalmente e que nunca quero perder na vida.
Em muitos momentos da minha vida você foi a presença suave que me emprestou a fala quando eu era só silêncio.
Mas nos nossos momentos a alegria foi predominante.
Parabéns por ser uma pessoa que valoriza o ser humano e facilita a vida dos que têm o privilégio de trilhar a sua estrada.
Obrigada também por Julia, sua sobrinha linda, que você me permitiu amá-la como uma sobrinha.
Parabéns também para mim por ter encontrado uma amiga como você.
Um beijão!

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Sol poente



(Imagem-Google Imagens)


Há momentos na vida
Que a roda gira
Do lado oposto ao sol

A sombra que acontece
Assombra os passos
E desestabiliza o compasso

Cada hora
É réplica da eternidade
Cada segundo dorido
Dá a verdadeira dimensão
De infinito

Cada lágrima sofrida
Cai na alma
Arde no peito
E após ser cachoeira
Abre um rio para travessia

Há momentos na vida
Que o sol nasce no poente
E não se diferencia
O dia da noite

O sol após convalescer
Das tempestades sofridas
Recebe os raios de luz
Dos outros astros
Acumula energia
Para então seguir
Rumo ao nascente

Maria Helena Mota Sanots

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Partida


(Imagem-Google Imagens)

No revezamento
Da chegada e da partida
Do início e do fim
Há o intervalo
Que se chama vida

A vida de quem vai
Permanece no coração
De quem fica
Em forma de silêncio
Em forma de lágrimas
Em forma de saudade
Em forma de carinho
Em forma de amor

O fim é um começo
Na trilha das lembranças

O fim é um começo
Na trilha do infinito

O fim é a senha
Do mistério da existência

O fim é um parto
Para outra dimensão


Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Vestida de alegria


(Imagem-Google imagens)

Ontem
Peguei o sol que estava encoberto pelas nuvens
E o ajudei a refletir seus raios

Ontem
Peguei as gotas de chuva que choravam pelo mundo
E reguei as plantas do meu jardim

Ontem
Peguei na mão um pássaro ferido
E fiz curativo na sua asa quebrada

Ontem
Olhei a roseira no canteiro da vida
E colhi uma rosa para enfeitar o meu dia

Ontem
Andei por uma nova estrada
E atravessei para o horizonte

Ontem
Fui criança e rodopiei pelo mundo
E aprendi a dança da alegria

Hoje
Eu sou o sol
Hoje
Eu sou a chuva
Hoje
Eu sou o pássaro
Hoje
Eu sou a rosa
Hoje
Eu sou ciranda
Hoje
Eu sou a estrada
Hoje
Eu sou a dança
Hoje
Eu sou alegria

Maria Helena Mota Santos

A poesia abaixo é uma interação feita, a partir da minha poesia, por Danilo Aguiar de Melo.
Um filho que encontrei no caminho da minha estrada.


Ontem
Peguei meus sonhos adormecidos
E entreguei nas mãos da esperança.

Ontem
Peguei o riso incompleto
E entreguei nas mãos da felicidade.

Ontem
Peguei minha saudade do que passou
E entreguei nas mãos do futuro.

Ontem
Peguei meu coração palpitante
E entreguei nas mãos do amor.

Hoje
Eu sou AMOR

Hoje
Eu sou FUTURO

Hoje
Eu sou FELICIDADE

Hoje
Eu sou ESPERANÇA.

Danilo Aguiar de Melo