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quinta-feira, 30 de junho de 2011

O silêncio de um grito


(Imagem-Google Imagens)

O silêncio de um grito
abafado
Faz um eco e acorda
a solidão
Faz redemoinho nas emoções
tão reprimidas
E se transforma
em caminho para a saída
É um silêncio que fala mais
do que as palavras
Faz do olhar a vitrine
do seu verbo
Faz do corpo o movimento
da sua cena
E se encharca de uma energia
quase plena
É o silêncio que antecede
uma atitude
E se reúne com o momento
do presente
E faz mímica para a vida
que está em volta
E é a chave que para o novo
abre a porta

Maria Helena Mota Santos

30/11/2011


Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Nas mãos da vida


(Imagem-Google Imagens)

No cantinho particular
Da minha janela
Olho a vida que segue
Comigo
Ou apesar de mim
O tempo não espera
E nem pede passagem
Não espera pela tristeza
Nem tampouco pela alegria
A vida é apenas uma travessia

No cantinho particular
Da janela da minha alma
Olho e vejo
Que as cicatrizes viraram "points"
Da poesia
Da aprendizagem
Da sabedoria
Que os medos viraram pontes
Para as viagens
Para os desafios
Para as coragens

Olho a janela da vida
E vejo uma pista colorida
Com os matizes de cada ser
Que nela transita
Em verso ou reverso
E concluo
Que a vida é um pássaro livre
Na mão do Universo

Maria Helena Mota Santos

Junho/2010

segunda-feira, 27 de junho de 2011

O mundo apagou


(Imagem-Google Imagens)

O mundo apagou
E eu estava sem vela na mão
Andei tateando
E tropeçando na escuridão

Apurei meu olhar
Procurando o escuro acender
Percebi vaga-lumes
Que vagavam sem me perceber

As lágrimas caíram
E formaram um poço de luz
Acendi a minha alma
E tudo agora em volta reluz

Maria Helena Mota Santos

domingo, 26 de junho de 2011

Duplo


(Imagem-Google Imagens)

Vi-me um dia
num espelho
que refletia
o meu avesso

E sem medo encarei
as verdades encobertas
em portas sempre trancadas
que impediam as passagens

A coragem arremessou
com firmeza e exatidão
novas tintas em antigas telas
redesenhando a minha imagem

Fez-me escutar o inusitado
e assimilar trechos desnudos
Sem as muletas das horas
eu olhei de vez pro mundo

Maria Helena Mota Santos

sábado, 25 de junho de 2011

Pintura


Por cima do seu telhado
Olhou em outra dimensão
Viu o mundo e as miragens
Que se desenham na ilusão

Viu o céu tão de pertinho
Que pintou de azul o coração
Pegou a lua e deu uma volta
E foi bater papo com Plutão

Fez seus flocos lá nas nuvens
E brincou com as tempestades
Fez plantações no firmamento
E em lugares improváveis

Vestiu-se da cor da noite
E amanheceu pintando o dia
Fez um quadro sem moldura
E foi brincar com a alegria

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 24 de junho de 2011

A Janela


(Imagem-Google Imagens)

Mudei o lado da viagem
plantei flores
em outras paisagens
Vi no sim
um esboço de um não
em dança lenta
Vi no movimento
a agonia da apatia
em tons opacos
Vi no espaço
a queda brusca
de inutilidades
deserdadas
Vi na vida
a morte lenta
de pensamentos
de ocasos
Vi no amor
a plenitude
de um momento
sem fronteiras
Vi em mim
pelo avesso
uma promessa
de caminhos
sem atalhos

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Voando feliz


(Imagem-Google Imagens)

Se minha lágrima cai respinga no mundo
Se um sorriso se abre enxuga o respingo
Se eu sou tão pequena em relação ao Universo
Com o fermento do amor cresço até o infinito

Se eu ando calada ouço as vozes de dentro
Se eu ando falando o silêncio se instala
Se eu sou obra inédita e de mim não há réplica
Eu preciso ter fé pra vencer a batalha

Se uma estrela cadente se muda do céu
Se eu faço um pedido pra chuva passar
Se a estrela descer enxugando as gotas
Eu já tenho certeza que o sol vai raiar

Se eu estou num cantinho bem particular
Se vislumbro um mundo que vou conquistar
Se na selva não tem animais predadores
Vou mudando de pele e me deixo guiar

Se uma luz me aponta um caminho no mundo
Se uma voz de comando me manda partir
Se eu sou ser alado sem pressa e sem medo
Vou voando feliz nesse mundo sem fim

Maria Helena Mota Santos

21/05/2010

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Um novo olhar


(Imagem-Google Imagens)

Às vezes é preciso ver de longe para enxergar o essencial
pois a proximidade é perita em banalizar o que se tem.

De longe é exigida uma maior perícia em focalizar o que se vê
já que o ângulo da distância destaca a percepção do todo.

A distância acrescenta uma nova película no olhar
e de longe a paisagem pode assumir novas cores.

Do outro lado do muro novas regras se impõem.
O que era novo e fascinante, às vezes é desencanto.

Quem procura fugir para encontrar nova rota,
pode se focar nas miragens e se perder na fantasia
e acordar tonto de realidade.

Se a vida acontece embaixo do teto do céu
e a saída desse espaço só é possivel no embarque da alma,
há de se perceber que a mudança é na mente que se faz,
pois as lembranças vão para aonde a gente vai.

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 21 de junho de 2011

Meu Anjo da Guarda


(Imagem-Google Imagens)

Chegou trazendo uma nota
Pra canção da minha vida
Trouxe um tom doce e suave
E compôs uma sinfonia

Trouxe pra mim uma asa
E me convidou a voar
Apontou o céu e as estrelas
E me ensinou a levitar

Trouxe também um lindo verso
Pra compor minha poesia
Fez comigo o tempo inteiro
Uma linda parceria

É a certeza de carinho
Mesmo de longe me enxerga
É a pessoa mais amiga
Que encontrei aqui na terra

Maria Helena Mota Santos

11/11/2010

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Saudade


(Imagem-Google Imagens)

Ando de frente pra vida
Mudando minha roupagem
Pinto as tristezas de cores
Meu acessório é a saudade

Saudade é sempre a ausência
De uma presença querida
Só quem preencheu espaços
É quem tem saudade na vida

Saudade de quem se foi
Saudade de quem não veio
Saudade da esperança
De ser feliz por inteiro

Saudade de abrir as asas
E voar sem direção
Saudade de ter saudade
Bem dentro do coração

Saudade de uma criança
Que no tempo se perdeu
Saudade de brincar de roda
E de achar quem se escondeu

Saudade da fantasia
Que alicerça a realidade
Saudade é dor de amor
Que chega em qualquer idade

Saudade me acompanhe
Só não obstrua meus passos
Saudade, eu lhe aceito
Venha aqui, quero um abraço

Maria Helena Mota Santos

09/12/2010

domingo, 19 de junho de 2011

Meu retrato


(Imagem-Google Imagens)

Abandonei um par de lentes
Que ganhei lá no passado
Com elas eu via o esboço
Do meu retrato borrado

As lentes do meu passado
Tinham manual de instrução
Que prometia com o tempo
Aperfeiçoar minha visão

Usando as duas lentes
Tive meu olhar viciado
Eu seguia só uma reta
Nem olhava para o lado

Um dia lá pela noite
No colo da solidão
Meus olhos indignados
Fizeram revolução

Foram noites mal dormidas
E dias mal acordados
Mas a rebelião aconteceu
E as lentes se ajustaram

Olhei nos olhos do tempo
E com alegria percebi
Um retrato bem pintado
Que a vida fez de mim

Nunca tinha me visto antes
Da forma que vejo agora
Sou um retrato pintado
Com as tintas de cada hora

Hoje busco as minhas tintas
Pra pintar os novos quadros
Vivo nas asas do universo
Criando meus matizados

Maria Helena Mota Santos

03/12/2010

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Chamado


(Imagem-Google Imagens)

Vem!
Quero lhe mostrar o que já vi
Dê-me sua mão
Vamos tentar caminhar por aqui

Vem!
Você não nasceu para letargia
Pode confiar em mim
Serei sua companhia

Vem!
Eu quero lhe guiar
Até a tempestade passar
Já sei como se "brisa" o vento

Vem!
Não se culpe por não saber
O caos pode ser o caminho
Para a ordem acontecer

Vem!
Perdoe a dor por lhe fazer sofrer
Dê alforria para a nostalgia
E vamos em busca da alegria

Vem!
Permita-se pintar seus quadros
A vida é um pincel
Que sempre acorda ao seu lado

Maria Helena Mota Santos

21/12/2010

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Andarilho


(Imagem-Google Imagens)

Não sou daqui
Sou de lá
Sou daquele pontinho
Que sempre está adiante
Lá na linha do horizonte

Não sou daqui
Sou do cantinho
Que é porto inseguro
Estou no presente
Com asas abertas pro futuro

Não sou daqui
Sou de acolá
Sou do edifício de asas
Que foi construído
Lá onde o oceano deságua

Não sou daqui
Sou daquele pontinho
Que não cheguei a atingir
Sou do caminho
De uma reta sem fim

Maria Helena Mota Santos

09/11/2010

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Ombro amigo


(Imagem-Google Imagens)

Não precisa falar
Eu escuto seu som
Eu empresto meu ombro
Para ser seu divã

Não precisa dizer
O que não pode explicar
Se experimentar labirintos
Eu prometo lhe achar

Fique aqui ao meu lado
Nada vou perguntar
Sou o silêncio e a fala
Sou o que precisar

Não contenha as lágrimas
Libere toda emoção
Solte os gritos latentes
Presos no seu coração

Sou a amizade sincera
Sua felicidade desejo
Sou a palavra amiga
Sou o reflexo no espelho

Maria Helena Mota Santos

24/11/2010

terça-feira, 14 de junho de 2011

Descoberta


(Imagem-Google Imagens)

Acordei num teatro
Deitada num tablado
Chamado vida

No desenrolar das peças
Onde cada dia é um ato
Fui fazendo descobertas

Descobri a cada passo
Que não sou nada sem o todo
E o todo sente falta de mim

Descobri que sou única
Que de mim não há réplica
Mas sou interligada ao todo

Descobri que sou uma letra
Contida dentro de um verso
Do poema Universo

Descobri que sou cúmplice
De todas as cenas exibidas
No teatro que é o mundo

Descobri que sou luz e sombra
E que se eu recusar uma cena
O teatro seguirá sem mim


Maria Helena Mota Santos

29/11/2010

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Nas asas de uma criança


(Imagem-Google imagens)

E se amanhã eu acordar
E tudo for diferente
Se o azul for amarelo
E se o sol for arco-íris?

E se amanhã eu acordar
E tudo estiver igual
Se o verde for esperança
E se o branco for a paz?

E se amanhã eu acordar
E não houver igual ou diferente
Se o nada não existir
E se o tudo for ausente?

E se amanhã eu acordar
E não tiver mais lembranças
Se eu começar a minha vida
Nas asas de uma criança?

Maria Helena Mota Santos

30/11/2010

domingo, 12 de junho de 2011

Dia dos namorados

AOS APAIXONADOS ACOMPANHADOS


(Imagem-Google Imagens)

Um tapete mágico abre a passagem
Voa até as nuvens sob a luz da lua
Mãos se entrelaçam e se aconchegam
Lábios se tocam murmurando doçuras

Pra jura de amor não há testemunhas
Só a emoção que aquece os dois corações
Os apaixonados acendem a luz do olhar
Que queima de amor ao som de uma canção

O céu nesse dia tem mais estrelas
E o sol não tira folga e faz plantão
A lua aparece com roupa de festa
E deixa mágico o cenário da paixão

Os brindes ao amor ecoam no mundo
O tin-tin é ouvido como uma sinfonia
O Universo se veste de luz colorida
E ilumina e transforma tudo em poesia

Maria Helena Mota Santos


AOS APAIXONADOS DESACOMPANHADOS


(Imagem-Google Imagens)

Os drinques são gotas de lágrimas
O brinde é à companheira solidão
O tin-tin é a batida e o compasso
De um triste e apaixonado coração

A companhia é apenas lembranças
A dança é passo de uma nota só
Juras de amor ecoam no passado
E a dor entra no cenário sem dó

O palco é lá no portal da dor
Onde as lembranças não têm piedade
Torturam lentamente e sem pressa
Pessoas de qualquer sexo ou idade

É uma prisão de porta aberta
Onde não se tem a senha da saída
Prisioneira das teias do tempo
A liberdade está de asas partidas

Mas há o baile da esperança
Que traz pra dor linimento
E faz um anúncio promissor
De ser feliz num novo tempo

Maria Helena Mota Santos

sábado, 11 de junho de 2011

Entrelinhas


(Imagem-Google Imagens)

Quem poderá me dizer
O que há nas entrelinhas
De cada dia que se faz noite
E de cada noite que se faz dia?
O que será que acontece
Na fronteira do encontro
Onde a noite apaga a luz
E o dia acende a noite?

Quem poderá me dizer
O que há nas entrelinhas
De cada estrela cadente
Que se cansa do lugar?
O que será que acontece
Na fronteira desse encontro
Onde o lugar que era ausente
Ganha um brilho reluzente?

Quem poderá me dizer
O que há nas entrelinhas
Do instante que é passado
Quando há pouco era presente?
O que será que acontece
Na fronteira do encontro
Onde o futuro se faz presente
Pra ser arquivo no passado?

Maria Helena Mota Santos

13/02/11

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Amor incondicional


(Imagem-Google Imagens)

Estamos juntos no sol ou na chuva
Suas lágrimas respingam em mim
Seu sorriso é o meu sol
Sua alegria é o meu espelho
Sua tristeza é minha dor
Sua felicidade é minha meta

Chegou na terra através de mim
E eu sou feliz através de você
Se seu coração pulsa
As batidas refletem em mim
Batidas mais leves me acalmam
Batidas mais fortes me alertam

Somos como um elo indestrutível
Somos imagem e semelhança
Somos sensibilidade e afeto
Somos palavra e silêncio
Somos medo e coragem
Somos amor e esperança
Somos mãos dadas no caminho
Somos parte da canção da vida

Maria Helena Mota Santos

22/09/2010

terça-feira, 7 de junho de 2011

Se houver amanhã


(Imagem-Google Imagens)

Se houver amanhã um capítulo inédito vai ao ar
Com cenas que não se pode ensaiar

Se houver amanhã uma luz pode acender
Para não deixar o dia escurecer

Se houver amanhã pode se achar uma saída
Para o labirinto das causas perdidas

Se houver amanhã a esperança pode aparecer
Para quem não consegue crer

Se houver amanhã há de novos sonhos se plantar
Para passarela da realidade enfeitar

Se houver amanhã há de se aprender com os pássaros
Que mesmo com asas quebradas buscam o espaço

Se houver amanhã...


Maria Helena Mota Santos

28/10/2010

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A história é assim


(Imagem-Google Imagens)

A história é assim
Um enredo que não tem fim
E que pode findar a qualquer hora

A história é assim
Uma certeza incerta
E uma saída em cada fresta

A história é assim
Um desbravar de vontade
Sem ter saciedade

A história é assim
Um começo esperando o fim
E um fim sem aviso prévio

A história é assim
Todos na mesma viagem
Diferentes destinos na bagagem

A história é assim
Vários mapas disponíveis
Levando a lugares imprecisos

A história é assim
Revezamento constante
De quem vai e de quem chega

A história é assim
Parceiros de todas idades
Em busca da eternidade

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Solidão


(Imagem-Google Imagens)

Olha ali
Na beira da estrada
Deitada ao léu
Olhar fixo pro nada

Olha ali
Na beira da estrada
Sem ter mais certeza
Não fantasia mais nada

Olha ali
Na beira da estrada
Respira a neblina
Que nos olhos deságua

Olha ali
Na beira da estrada
Uma névoa bem densa
Ofusca sua alma

Olha ali
Na beira da estrada
Olhando pro céu
Só a lua traz calma

Olha ali
Na beira da estrada
Uma companhia invisível
Seu rosto afaga

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Superação


(Imagem-Google Imagens)

Ressurgiu da escuridão
Transcendeu a traição
Na queda se fez semente
De amor e de perdão

Seu adubo foi espinhos
Assim mesmo nasceu flor
Encantou o mundo inteiro
Dando a vida uma nova cor

Deitada sobre os sonhos
Acionou o imaginário
Vislumbrou nova estrada
Pra compor o seu cenário

Olhou-se num lago e sorriu
Pra sua imagem no reflexo
Percebeu que nos seus olhos
Trazia a senha do universo

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Divagações


(Imagem-Google Imagens)

Hoje eu vi uma rosa
Lá na terra do improvável
Onde nada acontece
Que não seja noite fria
Uma mão invisível
A minha face afagava
Minha tristeza acalmava
E uma doce esperança trazia
Seria um Anjo?
Seria uma fada madrinha?
Quem chegou neste momento
Para ser minha companhia?

Maria Helena Mota Santos