domingo, 26 de março de 2017
Em companhia de si mesmo
(Google Images)
Já não há mais vazio no lugar desocupado
Uma presença invisível faz companhia à solidão
Já não há mais solidão na companhia de si mesmo
A agradável intimidade abre um monólogo eficaz
Já não há mais busca incessante e intempestiva
A pausa entra no palco se vestindo de estratégia
Já não há mais dor que esperneia dentro d’alma
A tristeza se acalma com o desfecho da história
Já não há mais pressa de chegar lá no futuro
O presente é o bastante pra recriar cada momento
Já não há mais medo de perder uma batalha
A vitória é muito mais do que ganhar uma partida
Já não há mais medo de enfrentar a dor da morte
Pois morrer é escutar o pulso e não sentir mais emoção
Já não há mais medo de perder a liberdade
Pois ser livre é ter asa pra buscar o infinito
Já não há mais medo de viver intensamente
Pois a vida é um espetáculo sem roteiro e sem “script”
Maria Helena Mota Santos
29/04/2010
quarta-feira, 22 de março de 2017
Voando feliz
(Google Images)
Se minha lágrima cai respinga no mundo
Se um sorriso se abre enxuga o respingo
Se eu sou tão pequena em relação ao Universo
Com o fermento do amor cresço até o infinito
Se eu ando calada ouço as vozes de dentro
Se eu ando falando o silêncio se instala
Se eu sou obra inédita e de mim não há réplica
Eu preciso ter fé pra vencer a batalha
Se uma estrela cadente se muda do céu
Se eu faço um pedido pra chuva passar
Se a estrela descer enxugando as gotas
Eu já tenho certeza que o sol vai raiar
Se eu estou num cantinho bem particular
Se vislumbro um mundo que vou conquistar
Se na selva não há animais predadores
Vou mudando de pele e me deixo guiar
Se uma luz me aponta um caminho no mundo
Se uma voz de comando me manda partir
Se eu sou ser alado sem pressa e sem medo
Vou voando feliz num mundo sem fim
Maria Helena Mota Santos
21/05/2010
segunda-feira, 20 de março de 2017
Miragem
(Google Images)
Eu amo a miragem
que saiu da imagem
que um dia se quebrou
Eu amo as partes
que catei do chão
e refiz com muito amor
Eu amo o possível
que do impossível
se salvou
Eu amo as chegadas
que se originam
das partidas de um amor
Eu amo porque amo
o que seria
um desamor
Eu amo o fim
que dá início
a nova história de amor
Maria Helena Mota Santos
07/05/2012
quinta-feira, 16 de março de 2017
Meu coração
(Google Images)
Meu coração
se partiu em cores
e coloriu a estrada
dos dissabores
Meu coração
pulsou melodia
quando as notas frias
eram de agonia
Meu coração
escreveu poema
quando a paisagem
não era amena
Meu coração
surpreendeu minh'alma
quando pulsou amor
na íngreme estrada
Meu coração
é o melhor de mim
coordena os meus sentidos
para um amor sem fim
Maria Helena Mota Santos
14/05/2012
sexta-feira, 10 de março de 2017
Meu sonho
(Google Images)
O meu sonho
é seguir sonhando
e pintando cores
no meu dia a dia
Tenho o sonho
de sonhar
com a realidade
vestida de fantasia
O meu sonho
é flutuar
nas asas leves
da poesia
Tenho sonho
de escrever
versos de amor
todos os dias
O meu sonho
é não me opor
ao sonho
que se insinua
Tenho sonho
de plantar
e regar a flor
de cada rua
O meu sonho
é levitar
e conhecer
o infinito
Tenho sonho
de deixar o mundo
bem mais pertinho
do paraíso
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 8 de março de 2017
Homenagem ao Dia Internacional da Mulher
(Google Images)
Era uma vez
Uma menina
Que no mundo
Desembarcou
Trouxe em si
A essência
Da sutileza
E do amor
Era uma vez
Uma menina
Que no universo
Levitou
Para aprender
A voar com Anjos
E espalhar
Pétalas de flor
Era uma vez
Uma menina
Que com o infinito
Se mesclou
Para aprender
A não ser estanque
E uma nova pele
Resgatou
Era um vez
Uma menina
Que tinha em si
A cor do amor
Foi crescendo
E com o tempo
Em Mulher
Se transformou
Maria Helena Mota Santos
sábado, 4 de março de 2017
Partes de mim
(Google Images)
Partes de mim estão livres
E fazem redemoinho
No vento das emoções
Partes de mim são aladas
E se emparelham com o tempo
Nas asas da imaginação
Partes de mim são partidas
Que enfrentam tempestades
Em busca de um novo sol
Partes de mim são como águias
Que voam sempre mais alto
Em busca do infinito
Partes de mim são casulos
Que preparam o momento
De ser borboleta no mundo
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 2 de março de 2017
Imprecisão
(Google Images)
Trago em mim
tantas pessoas
que encontro
e desencontro
As que enxugam
lágrimas
As que acionam
prantos
Trago a luz
e a escuridão
A linha reta
e a contramão
Nem sempre só
sou solidão
Fico sozinha
na multidão
Trago a dor
dilacerante
E morro em vida
por um instante
Se pulso forte
sou emoção
Se estou letárgica
sou imprecisão
Trago a incerteza
do que virá
Mas abro as asas
para voar
Nem sempre sou
o que pensei
Ando em busca
do que não sei
Maria Helena Mota Santos
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