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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O que é a vida?


(Imagem-Google Imagens)


A vida é um hábito
De se enxergar
O que se vê todo dia
É embarcar
Em cada porto
Em busca de uma travessia

A vida é um baile de máscara
Que só se revela
No espelho noturno
É uma rua encantada
Onde um mágico invisível
Aponta o mundo

A vida é tudo isso
E tudo aquilo
Que se vê agora
É tudo que poderá vir
Com o pôr do sol
Ou com a aurora

A vida é o que foi
O que é
E o que poderá ser
É uma ciranda que volta
Vestida de esperança
A cada amanhecer

Maria Helena Mota Santos

09/01/2011

terça-feira, 29 de novembro de 2011

A arte tecida


(Imagem-Google Imagens)

Degustar da vida
os vários sabores
da arte tecida
é deixar de ser ilha
e partilhar a bebida
na amarga doçura
do néctar que cura
as feridas latentes
na alma da gente

Degustar das canções
das emoções contidas
regadas por lágrimas
num céu de sorrisos
e se for preciso
acender a estrela
que de frio apagou
e sentir no desfecho
o desvelo do amor

Maria Helena Mota Santos

Um sopro de vida


(Imagem-Google Imagens)

Se num fio ainda pousa um pássaro
Se as pessoas ainda caminham na rua
Se as luzes ainda estão acesas
Se o céu ainda tem a cor azul
Se o sol ainda aquece com seus raios
Se a lua ainda mostra as suas fases
Se o dia ainda amanhece e anoitece
Se o coração ainda abriga sentimentos
Se as pessoas ainda se abraçam
Se os amigos sinceros ainda existem
Se a confiança ainda está em pauta
Se o amor ainda paira pelo ar
Se as árvores ainda crescem e frutificam
Se o pensamento ainda é livre pra sonhar
Se ainda há um sopro de vida
Ainda dá tempo
Da tristeza se revezar com a alegria
Do medo se revezar com a coragem
Da raiva se revezar com o perdão
Do conflito se revezar com a união
Da desilusão se revezar com a esperança
Da apatia se revezar com a ação
Do pessimismo se revezar com o otimismo
Do desencanto se revezar com o sonho
Da guerra se revezar com a paz
Porque a vida é a respiração que amanhece
É cada batida que no coração acontece
É cada sonho que no ser se estabelece
É cada desejo transformado em prece

Maria Helena Mota Santos

26/04/2010

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Vestida de empatia


(Imagem-Google Imagens)

Vesti-me de empatia para emprestar a voz a todos que passam por um momento dorido.

Num poço
lá no fundo do coração
existe um rio de lágrimas
que desistiram de cair
para não alagar as passagens
de seres queridos
Mas as lágrimas
me tiram o fôlego
inundam-me por dentro
e encharcam minha alma
até o fundo do poço
Por vezes se rebelam
e incontrolavelmente
transbordam na solidão
dos momentos
Estou me afogando
em lágrimas doridas
em dias de sorrisos molhados
com a máscara de cada dia
Estou num rio de lágrimas
sem balsa para a travessia
Sigo em companhia do vento
vestida de poesia

Maria Helena Mota Santos

Diferença


(Imagem-Google Imagens)

Sou parte do que lhe falta
Sou o novo degrau da escada
Sou um encaixe perfeito
Sou alvo do preconceito
Sou a nota que falta na melodia
Sou o verso que completa a poesia
Sou o eco da sua solidão
Sou um olhar que mostra a contramão
Sou as indagações sem respostas
Sou um abrir de novas portas
Sou uma parte que inquieta
Sou sempre um pisca-alerta
Sou a quebra da tradição
Sou o embrião da mutação
Sou a ponte da travessia
Sou a inovação do dia a dia
Sou a negação do que é óbvio
Sou um passageiro inóspito
Sou sentimento de asas abertas
Sou a diferença que liberta

Maria Helena Mota Santos

11/01/2011

domingo, 27 de novembro de 2011

O jardim dos meus sonhos


(Imagem-Google Imagens)

Cochilei no colo do tempo e adormeci nos braços dos sonhos
Sonhei com o jardim da utopia com flores lindas e sem espinhos
Podei e reguei as flores sem usar nenhuma luva de proteção
Algumas flores mostraram seus espinhos e me apresentaram a dor
Com essas flores aprendi a necessidade de uma segunda pele
Outras flores me ofertaram sua beleza e enfeitaram meu dia
Com elas aprendi a agradecer e a enxergar a beleza da amizade
Umas rosas meninas passaram brincando entre minhas mãos
Na sua inocência, ensinou-me a transformar tudo em sorriso
Uma florzinha em botão se protegia entre as flores imponentes
Na sua discrição me ensinou o valor da proteção e da humildade
Algumas flores , concentradas , não se afetavam com o vento
Elas me ensinaram o valor da reflexão, do silêncio e da paz
Mas, a grande lição veio da flor rasteira que embelezava o chão
Ela me ensinou a beleza de cair e se fazer semente para florescer

Maria Helena Mota Santos

24/03/2010

sábado, 26 de novembro de 2011

Cores da vida


(Imagem-Google Imagens)


Estou à procura de uma cor
Que transforme uma tela
Dando um toque especial
De uma linda aquarela

Procuro uma cor marcante
Talvez seja a mais bela
A cor que enfeita o mundo
Quando se está na primavera

Quero uma cor estonteante
Que realize uma alquimia
Que traga em si a mistura
Da tristeza com a alegria

Quero a cor da cor dos olhos
De quem traz amor no coração
Quero a cor que de tão bela
Inspire a mais bela canção

A cor que eu tanto procuro
Nem é quente nem é fria
É a mistura de todas as cores
Que enche o mundo de magia

Maria Helena Mota Santos

Ecos do infinito


(Imagem-Google Imagens)

Nada me sai sem ser réplica
Escuto os sons do mundo
E os reproduzo
Com as lentes de contato
De sonhos
Com realidades

Nada me sai de inédito
Alguém sempre pensou
No que penso
Em algum instante
No infinito tempo

Nada é meu
Nem mesmo eu
Sou compartilhada
Pelo mundo que está fora
E que mora em mim

Nada sou sem as histórias
Contadas e encantadas
Pelos caminhantes do infinito

Maria Helena Mota Santos

07/05/2011

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Antagonismos


(Imagem-Google Imagens)

Foi quando percebi o todo que descobri a minha exclusividade.
Foi quando estava no meio da multidão que percebi a minha solidão.
Foi quando pensei que estava em terra firme que o chão tremeu.
Foi quando acreditei que estava no fim que tudo começou.
Foi quando me abri em sorrisos que as lágrimas jorraram.
Foi quando mais confiei que conheci a decepção.
Foi quando só tinha amor no peito que a dor apareceu.
Foi quando abri os braços para o mundo que precisei ser acolhida.
Foi quando estava no deserto que apareceram os amigos.
Foi quando estava em pedaços que começou a construção.
Foi quando quase morri que olhei de frente pra vida.
Foi quando tinha motivos para odiar que encontrei razões para amar.

Maria Helena Mota Santos

20/04/10


Belíssima interação!


"Foi quando morri que olhei de frente para a vida" e, esta?
Morrer para as imperfeições,
morrer para o quase,
morrer para o que não interessa,
é boleia(carona)para o nada,
é transportar um pedaço frágil,
do nosso eu interior,
é conformar-se com a sorte,
é desculpa para os fracassos.
Ousar querer,
saber,
e,
escolher.
Na arena do incerto,
no degrau acima,...
com o antagonismo em baixo.

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A luz e a escuridão


(Imagem-Google Imagens)

Perdi o medo do escuro
Quando a escuridão chegou
Acostumei o olhar à luz
Que a escuridão mostrou

Os fantasmas se dissiparam
Pois a luz os ofuscou
Correram para outro palco
Onde alguém os abrigou

Andei em falsas linhas
Que eram curvas sinuosas
Aprendi a não confundir
Os espinhos com as rosas

No escuro pude ver
O que há no meu jardim
Liberei a borboleta
Que era casulo em mim

Maria Helena Mota Santos

Interação emocionante! Adorei!

Perdeste o medo do escuro,
andaste em falsas linhas,
empurraste os fantasmas,
liberaste a borboleta.
Lindo!
Aos fantasmas deste luz,
no sótão da tua imaginação,
e, eles foram para longe.
Do escuro pudeste ver,
as flores do teu jardim,
regadas de orvalho,
colhidas em mil regaços.
A borboleta planou,
ao encontro desse perfume,
escondido em ti,
e, nunca se cansou.Sorriu!
Um abraço,

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Gratidão


(Imagem-Google Imagens)

Tive tanto
Tenho tanto
Que a vida tira
E ainda sobra

Sobram essências
de jasmim
Sobram as rosas
no jardim

Sobram sorrisos
de mãos dadas com a alegria
Sobram imaginações
que acionam as fantasias

Sobram lágrimas
que hidratam as emoções
Sobram notas
que invadem as canções

Sobram dores
de metamorfoses salvadoras
Sobram versos
de poesias redentoras

Sobram réstias
pela luz que vem das frestas
Sobram coragens
precursoras das viagens

Sobram nostalgias
que acionam as saudades
Sobram amores
que eternizam as paisagens

Maria Helena Mota Santos


Interação, simplesmente, linda!

Simplesmente, belo!
A gratidão é, seguramente,
a semente,
um olhar,
um sentir,
uma lágrima caída,
um doce, doce!
uma alegria.
Um agradecer de noite
e, de dia.
Como eu gosto de dizer,
quanto menos tenho,
mais tenho.
Gratidão,
combina bem com coração.

Um abraço,

P.S. O gato , esse poço de ternura, agradece e, até se esquece.

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)

Face


(Imagem-Google Imagens)

Num vidro fosco
Desenho um rosto
Que desaparece
Em cada poente
E é visível
No sol nascente

Na linha tênue
Do nascer do sol
Nuvens branqueiam
O azul do céu
E colorem o quadro
Com seu pincel

A cada dia
Os traços se esvaem
Perdendo a forma
Nas mãos do tempo
Em cada olhar
Que se vicia
Como lembrança
Do que foi um dia

No contraponto
Dos traços leves
De forma sutil
E inesperada
Sobressai a alma
Em lente pura
Que transparece
Na noite escura

Maria Helena Mota Santos

24/05/2011

Esta interação está, especialmente, linda e profunda!

Que face linda,
desenhada a bisturi,
pelas tuas mãos,
que moldas a teu jeito,
como quem amassa o barro,
e, com ele,busca uma escultura,
feita a partir de uma matriz.
O tempo, esse nosso amigo,
vai se encarregando de esculpir,
as rugas e, outras marcas.
Sinais dos tempos,
passados a rir.
Chorando não,
porque, as rugas aumentarão,
a face desfigura-se,
o corpo desfalece,
e,
a alma arrefece.

Um abraço,


ou, a chorar

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Corda bamba


(Imagem-Google Imagens)

É na corda bamba da vida
Que se busca o equilíbrio
A linha reta só ensina
A andar sobre os trilhos

A vida traz os enigmas
Que se deve decifrar
Traz a régua e o compasso
Para a estrada desenhar

É preciso desbravar
Os caminhos imprevisíveis
E descansar no patamar
Na medida do possível

Os hábitos são raptores
Das novas peles latentes
É com a alma em desalinho
Que se enxerga o presente

A vida é também canção
Com notas longas e breves
Que vai seguindo o compasso
Do maestro que a rege


Maria Helena Mota Santos



Belíssima interação!

Corda,equilíbrio,
temperança,senso
e, vinho.
Recta,curva,caminho.
Chão,pedras,
espinhos
e,
Aprendizagem.
Música,cantares.
Altares,
Deus.
Nexo, desconexo.
Resposta,pergunta.
Sistema,
Igualdade,
Zero.
Corda bamba,
cair,levantar.
Discreta ou contínua.
É a vida!

Um abraço, s/rede.

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Se houver amanhã


(Imagem-Google Imagens)

Se houver amanhã um capítulo inédito vai ao ar
Com cenas que não se pode ensaiar

Se houver amanhã uma luz pode acender
Para não deixar o dia escurecer

Se houver amanhã pode se achar uma saída
Para o labirinto das causas perdidas

Se houver amanhã a esperança pode aparecer
Para quem não consegue crer

Se houver amanhã há de novos sonhos se plantar
Para passarela da realidade enfeitar

Se houver amanhã há de se aprender com os pássaros
Que mesmo com asas quebradas buscam o espaço

Se houver amanhã...


Maria Helena Mota Santos

28/10/2010



Esplêndida interação!

Se houver uma amanhã,
seja o que Deus quiser
e, se não houver,
que se cumpra a Sua vontade.
O amanhã será um renovar contínuo
de esperança,
um saco cheio de projectos,
um canteiro de flores,
um milagre em construção,
um aperto de mão,
um abraço,
fermento para o pão.

O amanhã é uma ponte,
entre a vida e a morte,
essa realidade distinta,
do que é e, pode ser.
Se houver amanhã, podes crer,...

Um abraço, com a data de hoje!

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)

Em alguma carne



Abro o espaço hoje para João Paulo Corumba. Costumo chamá-lo de " Meu filósofo" porque desde que o conheci, no Colégio que trabalho, percebi o artista latente que havia em cada fala, em cada silêncio, em cada olhar.
Com o passar do tempo, a arte saiu e a cada dia ganha mais espaço no portal do sucesso.
Temos muito em comum: A profissão que ele escolheu, Psicologia, e o amor pela escrita.
João Paulo apareceu na minha vida e não saiu mais porque fizemos uma conexão pelo coração que independe do tempo e espaço para sobreviver.
Obrigada, meu querido João Paulo! Sua poesia deixa o "Pintando o sete com a vida" com outras feições!
Um abraço do tamanho do infinito!


Oh! Cru mundo criado só
Só pelo seu criador sozinho
Vivo nos escândalos naturais
De sua infinita paisagem!

Oh! Nu desejo morto!
Falecido na alma de alguma carne
Que já deve ter sido devorada
Por algum inútil conjunto vital

Ah! Tal força decompositora!
Horrorosa só em pensar
Imagina na obesidade de um medo
És um susto sem véu, transparente!

Tal desespero amplo
Nos mastiga sem dentes
Só em seu forçar de barreiras
Que o chão se perde de nossos pés.

Oh! Cauda do negro grito
Quanto mais perto dos ouvidos
Mais surdo fica de paz!

João Paulo Corumba

domingo, 20 de novembro de 2011

Botão de rosa


(Imagem-Google Imagens)


Colhi uma rosa
Sem tirá-la do jardim
Olhei
Acariciei
Reverenciei
A rosa
Que mora em mim
Depois
Impregnei-a na alma
E andei por aí exalando flores
Sem me deslocar de mim
Viajei na dimensão do infinito
E deixei pétalas nos confins
Semeei perfumes de sorrisos espontâneos
Enfeitei caminhos das cenas de amor que assisti
Ofertei pétalas a todo amor que mora em mim
E fiz uma lágrima sorrir
Enfim
Catei os espinhos e agradeci a sua atuação
Sem eles a minha rosa seria apenas um botão


Maria Helena Mota Santos


Esta interação são pétalas de rosa que chegam diretamente de Portugal!
Meu amigo, muito obrigada!


Cada novo dia, rosas novas em botão,
eclodiram na tua Primavera florida.
São múltiplos os cheiros e as cores,
brincando na ciranda dos sentidos,
quase flores!.
São trevos, rosas ,crisânteos,
gerânios,margaridas,lírios,dálias,
todas com incenso e mirra,
brotando em qualquer lugar.
Parece até que a natureza se enganou,
errou no colorido da estação,
e o cinza, cor de inverno,
tudo transformou,
em tons de Primavera e Verão.
Eis, senão a tua rosa em botão,
explodiu de alegria,
e, nasceu um jardim.
Pois, então!

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)

sábado, 19 de novembro de 2011

Novo tempo


(Imagem-Google Imagens)


O novo tempo
cansou de esperar
e envelheceu

Enquanto esperava
colheu sabedoria
e renasceu

O sábio tempo
não mais esperava
o tempo mudar

Não tinha mais tempo
pra esperar
a vida passar

Apenas seguia
Apenas sorria
pro sol ou pra chuva

Apenas andava
Apenas sabia
plantar todo dia

Plantava esperança
Plantava amor
Plantava alegria

Maria Helena Mota Santos


Interação cheia de muita sabedoria!


Cada dia é sempre diferente dos outros.
Hoje, aceito o novo tempo como um plano.
«Trabalho o poema sobre uma hipótese:o amor que se despeja no copo da vida, até ao meio, como se pudéssemos beber de um trago.No fundo, como o vinho turvo,deixa um gosto amargo na boca.Pergunto onde está a transparência do vidro, a energia de quem procura esvaziar a garrafa: e a resposta são estes cacos, que nos cortam as mãos, a mesa de alma suja de restos, palavras espalhadas num cansaço de sentidos.Volto, então, à primeira hipótese.O amor.Mas sem a gastar de uma vez, esperando que o tempo enche o copo até cima, para que o possa erguer à luz do teu corpo e veja através dele, o teu rosto inteiro.»Nuno Júdice, in "Poesia Reunida".

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)

Canal do tempo


(Imagem-Google Imagem)


O canal do tempo anunciou
Tempestade iminente
Com chuva torrencial
E tufão inevitável

Mas o hábito de ser sol
Fez a chuva se esconder
A tempestade fenecer
O tufão arrefecer

Raio de luz se fez presente
E não deixou a inundação
Transformar-se em enxurrada
E no rio do caminho transbordar

E o sol nasceu bonito
Desfilando com seus raios
Aqueceu a luz do dia
E só à noite ele partiu

Mesmo assim ficou presente
No reflexo do luar
Coadjuvando com a lua
Foram no mar se encontrar

E dançaram toda noite
Numa alegria contagiante
E fizeram companhia
Pros corações itinerantes

Maria Helena Mota Santos

09/10/2010

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Parte latente


(Imagem-Google Imagens)

Era uma parte de mim que partia
Naquele dia no qual o sol se pôs
Enquanto outra parte de mim renascia
Parte que eu tinha deixado pra depois

Fez-se parto da parte preterida
No tempo em que não havia entardecer
E só na hora do sol poente
A parte, enfim, pôde renascer

É parte que ameniza a incompletude
E cobra o nascer para outra aurora
É parte que aponta pra outra margem
E redesenha uma nova trajetória

É parte que renova as estações
É parte que sobrevive de esperança
É parte que aponta horizontes
É parte necessária pra mudança

Maria Helena Mota Santos
Belíssima interação!

Que poético,
parto que parte,
ou seja,
do parto nasceram muitas partes,
a que renova,
a que se foi embora,
a que escapou,
a que se multiplica,
a que se divide,
a que compartilha,
a que sabe,
a que nunca falhou.
Isto, congeminou
e,
já é um todo!
Já não é latente,
é gente!

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Até que a morte os separe


(Imagem-Google Imagens)

Ele a levava com um carinho imenso
Quase todos os dias
Seus passos lentos e trôpegos
Faziam com que ela marcasse passo
Tinha sido acometida por um AVC
Um dos braços estava paralisado
O seu rosto não tinha mais simetria
Sua fala já não tinha mais sons audíveis
Mas ele a levava todos os dias para ver o sol
Levava consigo uma cadeira de praia
E fazia da praça, em frente ao seu prédio, o seu mar
Ajudava-a a se sentar na cadeira
E ficava ali por um bom tempo
Para que ela pudesse se banhar de sol
Um dia fizera um pacto com ela
“Na alegria, na tristeza
Na saúde, na doença”
E hoje cumpria de uma forma
Que enternecia meu olhar
Observava-os nessas passagens
E esse carinho me inspirava
A acreditar no amor incondicional
No verdadeiro amor
Aquele amor que não se alimenta
Apenas de novos momentos
Mas da renovação
Diante das fases da vida
Diante dos obstáculos
Diante do imprevisível
Aquele amor verdadeiro
Que é companhia
Mesmo quando o outro
Só tem o silêncio
Para dizer suas palavras
Aquele amor infinito
Que pode acontecer
Em qualquer momento
Em qualquer lugar
No coração dos amantes
No coração dos pais
No coração dos amigos
No coração da humanidade
Aquele amor que transcende
E toca no coração de Deus

Maria Helena Mota Santos

29/10/2010


Uma linda interação!

Que meiguice,
velhinhos isentos de chatice.
Foi você que disse,
quanta sensibilidade,
quanta gratidão camuflada,
quanto amor,...
Quem corre cansa.
Sorrir é um acto de energia.
Não deixar passar um único ser,
sem o amar.«Deus me vê».
Com AVC, Alzeimer,
Parkissom ou, outras doenças,
os velhinhos tem,
pelo que necessitam de uma dose,
reforçada de,
Constância, paciência,
e,
a gente dá com atenção,
em troca, recebemos:
Delicadeza, simpatia,
discrição e humildade.

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)

Aquarela


(Imagem=Google Imagens)

Caem-me cores
de colores
na minha tela
de plantão
Caem-me tintas
aquarelas
no caminho
da solidão

Caem-me papéis
bem decorados
com enredos
desfocados
Caem-me ideias
desconexas
à espera
dos meus cuidados

Caem-me sentimentos
tão variados
para encenar
no meu tablado
Caem-me silêncios
tão conturbados
como pausas
nos intervalos

Caem-me vidas
desprovidas
de um nexo
programado
Caem-me suportes
que dão norte
pra continuar
minha viagem

Maria Helena Mota Santos

INTERAÇÃO ESPECIALMENTE LINDA!


Não é aguarela não!
é obra de arte,
desenhada no coração,
é canção,
é cor,
é estares sempre à mão,
do irmão,
interlocutor.
Escreves com o pincel,
como quem toca piano,
pintas com carinho,
a solidão.
A tela,
qual janela,
abre-se para a vida.
Imagino-a, pintada
com cores de todas as idades,
isenta de soberba,
e, muita humildade.

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Quem eu sou?


Imagem-Google Imagens)


Quem eu sou?
Não sei não!
Posso mudar
no próximo minuto
a minha própria
definição.

Quem eu sou?
Não sei não!
Sou passarinho
Sou borboleta
E algumas vezes
fico no chão.

Quem eu sou?
Não sei não!
Sou sol brilhante
Sou chuva forte
Sou metamorfose
das estações.

Quem eu sou?
Não sei não!
Não sou estanque
Sou verso e rima
Sou melodia
de uma canção.


Maria Helena Mota Santos


Linda e suave interação!

Quem poderás ser,
verbo, fórmula,
rima, melodia,
ou, Cotovia?
Quem poderás ser,
partitura,sinfonia,
harmonia?
Tudo!
Itinerante,
constante,
residual do instante,
momento em movimento,
oscilas como toda agente.
Porém, se és verso e rima, melodia
e, canção.Então, já sei quem és!

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A dor e a esperança


(Imagem-Google Imagens)

Quando a dor se veste de esperança
Ela entra no palco mascarada
A dor encena um sorriso bem aberto
E a sua fala é otimista e humorada

Mas quando a realidade a desnuda
E os espinhos dilaceram as feridas
O sangramento é intenso e hemorrágico
E faz da dor o seu ponto de partida

Percorre o corpo com a rapidez de uma águia
E as lembranças aparecem de repente
Os momentos de imediato entram no palco
E o passado toma conta do presente

A dor tapa o sol, tapa lua e as estrelas
Mas não tapa a vontade de lutar
Pois se cada dia vem montado em um sol
Há de um dia esse sol pra dor brilhar

Maria Helena Mota Santos

07/04/2010


Interação linda e sensível!

A dor tapa tudo,
mas o sofrimento aceite,
merece todo o meu respeito.
Tenho alguém, na família
que quis o destino,
ficou grande deficiente,
e, hoje vive contente.
Reza,chora, ri,
e, é feliz,
à sua maneira.
Um dia alguém, já velhinho
foi visitá-la,
dar-lhe um pouco de carinho,
saiu confortado,
e , disse pelo caminho:
-Estava equivocado,foi ela que me confortou,
ele, quase chorou,
porque viu nela,tanta paz,
tanta esperança,
como se fosse uma criança.
Quem ama sofre,
quem aceita o sofrimento,
alimenta o eu, interior,
e, tem retorno assegurado.
Tanto faz,
sentir-se possuído,
como quem ri com agrado,
de ser feliz.

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Aprendi com a vida


(Imagem-Google Imagens)


Aprendi tanto
e
tão pouco
diante do que está disposto
nas infinitas possibilidades
dessa vida

Aprendi a olhar
e ver
nas entrelinhas do viver
e
que é no silêncio
que se constroem as armadilhas

Aprendi a sentir
sem falar
o que está a me espreitar
e
que no escuro
posso enxergar melhor a luz

Aprendi a andar
sem caminhar
só pelas vias do pensar
e
que as palavras
têm subterfúgios inimagináveis

Aprendi a amar
sem condição
sem obstruir o coração
e
que amores vêm
e amores vão

Aprendi a abrir as asas
sem direção
voando com o coração
e
que eu sou
um poema em construção


Maria Helena Mota Santos


Esta interação, do meu amigo Adriano, tocou no fundo do coração!
Emocionante!


Quanta pedagogia,
Quanto amor,
as tuas palavras,
doces, meigas suaves,
tu ensinas,
aos nossos jovens.
Porque voar,
é sinónimo de dar,
ensinar,
de amar.
«Amores vêm,
amores vão»
Basta abrir as asas
e,
o coração.
Não tenho dúvidas,
és uma poema em construção,
porque, há muito tempo,
ensinas,amas,
sem condição.
Depois, as tuas "meninas"
chamam-te mãe,
sem restrições,
porque, sabem que está presente,
nos seus corações.
Bem haja poetisa,
por seres quem és,
e, nos dares este presente,
de vida,
do fundo do coração.

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)

Preciosidade da vida


(Imagem-Google Imagens)

Não havia muito o que levar
do que armazenara na vida
só levava a plena certeza
de que a incerteza
era a pauta de cada dia

Aprendera com a vida
que na virada da esquina
podia se ultrapassar fronteiras
e em questão de segundos
mudar uma vida inteira

Não havia muito o que levar
do que se vangloriara na vida
só levava a esperança
que a desesperança se desfaria
na valsa de cada dia

Aprendera com a vida
a sua maior lição
que o bem mais precioso
é a presença do amigo
que se adota como irmão

Maria Helena Mota Santos


Que delicada interação! Lindíssima!

Que preciosidade, que beleza,
Que aroma,que bom gosto,
Agora, ou no mês de Agosto,
que frescura, que leveza.
Ter o amigo, como irmão,
De noite ou de dia,
Tê-lo sempre à mão.
Confesso que só conheço
um amigo, assim.
Chama-se Joaquim,
mas,poderia chamar-se Emanuel,
porque, quem é amigo
de verdade,
Qual pérola, qual mel,
fica-nos sempre na lembrança.
Amigo não tem sexo,
tanto pode ser homem/mulher,
criança ou velhinho.
Todos merecem, o nosso carinho.

Para ti,
um abraço com carinho.

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)

domingo, 13 de novembro de 2011

Amizade incondicional


(Imagem-Google Imagens)

Homenagem a todos os meus amigos que me emprestam a asa quando estou impedida de voar!

No papel
que recebi
pra desempenhar
neste momento
Tem coadjuvantes
mui queridos
que me servem
de alento

Tem o que traz
o guarda chuva
quando a tempestade
é iminente
Tem o que traz
a mão amiga
e me faz
seguir em frente

Tem também
o que é escuta
e dou vazão
a minha fala
Tem aquele
que é ombro
e com carinho
me afaga

Tem o que traz
a profecia
e dá seu toque
de magia
Diz que virão
outros papeis
que serão
só alegria

Cada um traz
sua essência
com seu jeito
singular
Não há como
ficar sozinho
com estes anjos
a me amparar

Maria Helena Mota Santos



Linda interação!

Digo, muito lindo sem favor,
porque, cá em casa,
cão e gato são uns amores,
enquanto, ela pede caricias,
o outro, ressona.
Ele, simpatiza mais comigo,
ela, com a dona.
Ele faz as delícias,
Ela, as honras.
Cá em casa, mandam elas,
a bem da nação.
Cão e gato, não há pai para eles,
e,
Se rato, ou mosca os incomodam,
os petizes, rogam:
-Nem penses!
e, logo se vão.
Por um naco de ração,
não há briga não!
Cão e gato são o que são.
Ela, chama-se Dona,
Ele, Pica.
Bora lá!

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)

sábado, 12 de novembro de 2011

Silêncio inacabado


(Imagem-Google Imagens)


É um silêncio inacabado
daquele de ato falho
Silêncio que ecoa barulho
tal qual a queda de um raio

É um silêncio da cor bege
que com melodia se une
Silêncio que cheira a jasmim
e deixa rastro de perfume

É um silêncio lá de longe
que captura imagens mil
Silêncio que borbulha a mente
e dá a cor de tom febril

É um silêncio que para as horas
e mergulha no túnel do tempo
É um silêncio acompanhado
que atrai mais sentimento

É um silêncio do universo
que se alimenta de energia
É um silêncio que pausa o mundo
sem tirar a sinergia

É um silêncio sem fronteiras
que viaja sem permissão
É um silêncio que invade as áreas
onde pulsa um coração

Maria Helena Mota Santos



Interação intensa e cheia de sabedoria! Obrigada!

Que silêncio é esse,
quase perfeito, quase completo?
Digamos inacabado,
porque hoje é sábado,
repleto de palavras,
tiradas a ferro,
da bigorna,
amassadas na acidez,
da vida, nem sempre fácil.
Ecoa rigidez,
mas, gordas de sensatez.
«O silêncio é de ouro,
a palavra prata»,
Este teu silêncio é busca,
procura,andança,
da cor da esperança.

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Cores do ser


(Imagem-Google Imagens)

Cada ser traz uma cor
Que permeia este momento
E com um infinito matizado
Vai bordando o firmamento

Cada ser borda um ponto
Com a cor que traz em si
E faz a mistura das cores
Pela alquimia do sentir

Cada ser é uma aquarela
Com as cores que buscou
Uns pintam com cores frias
Outros pintam a cor do amor

São cores amanhecidas
São cores adormecidas
Cores que enfeitam cada hora
Cores que enfeitam cada vida

Maria Helena Mota Santos


Interação cheia de cores maravilhosas!

Excelente!
Com a minha visita,
completas trinta mil,
com as cores, mas de mil,
fora os matizados,claro, escuro, cinzento,
são mais de mil centos.
Um dia,em conversa com um tintureiro,
fiquei kO, quando me disse:
Castanhos, mais de quatrocentos!
Repliquei,
Impossível, como será possível?
Respondeu-me:
-Tonalidades, meu amigo!
De todas as cores, prefiro as vivas.
Branco e vermelho,sangue e vida!

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)

O dia em pauta


(Imagem-Google Imagens)

Cada dia cai como um laço envolvente nas "teias" do cotidiano.
Cada dia chega como um convite para um baile de máscaras.
Cada dia nasce para os atores da vida independente do seu “script”.
Cada dia segue no seu compasso sem a chance da espera.
Cada dia nasce e segue na valsa da alegria ou da dor.
Cada dia dança e impõe sua marcha sem prévia autorização.
Cada dia leva para o lugar da imprevisibilidade.
Cada dia é de todos e de ninguém.
Cada dia é um elo de uma corrente sem fim previsível.
Cada dia reflete o olhar caleidoscópico dos seres coloridos.
Cada dia é uma invenção e uma reinvenção.
Cada dia é labirinto de uma vida sem desfecho anunciado.
Cada dia é um canteiro de obras de um edifício incerto.
Cada dia é um projeto sem garantias.
Cada dia é uma senha pra vida ou um xeque-mate.
Cada dia é luz ou sombra.
Cada dia nasce com novas tintas para os quadros borrados pelo tempo.
Cada dia é um pincel que redesenha o passado.
Cada dia é o prenúncio do futuro incerto.
Cada dia é o resgate do passado com as armas do presente.

Maria Helena Mota Santos

10/02/2010


Magnífica interação! Adorei!

Pauta do dia,
sol na eira,
chuva no nabeiro,
e,
tudo o que Deus queira!
Pauta do dia,
alegria!
Cada dia, será
aquilo que nós quisermos,
umas vezes, beleza
outros, tristeza.
Para pintar o dia,
energia.
Para viver, alegria.
para sofrer, melancolia.
Fobia!
Qual David,
Confrontando Golias.
Agonia!
Por ver,
que há quem viva,
sem alegria!

Um abraço, na paz da paz, como disse e bem, Drumond.

Adriano
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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Estações


(Imagem-Goolgle Imagens)

Que o sol nunca se deite
Sem provocar o meu sorriso

Que a chuva por mim não passe
Sem roubar as minhas lágrimas

Que a primavera deixe em mim
O rastro de muitas flores

Que o outono me dê a chance
De renovar a minha vida

Quero ser cada momento
De atitude ou de silêncio

Quero viver as estações
Sem perder a intensidade

Quero marcar o meu caminho
Com sementes bem cuidadas

Quero florir no tempo certo
E enfeitar toda estrada

Maria Helena Mota Santos

17/01/2011



Belíssima interação!


Passamos pelo tempo,
na curva da estrada,
repassamos, sentires
moldados no nosso saber.
Abrimos o livro do nosso ser,
fechamos uma página,
ao amanhecer,
sobra um capitulo para ler,
que fala das árvores,
de Primavera,
Logo, logo o vento leva a flor,
o fruto nasceu de um gineceu,
que se cruzou com um androceu.
O fruto maduro,
alguém poderá colher,
O Outono da vida, é bom de viver,
até, que o Inverno gélido,duro
irá chegar.
O Verão das paixões,
traz nos soluções.
O primo e a Vera,
atestarão,
as quatro estações.

Um abraço, em 4 estações.

Adriano
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Divina companhia


(Imagem-Google Imagens)

Salpicou felicidade
Pelos caminhos que passou
Muitas lágrimas sofridas
Com alegria enxugou

Foi palavras no silêncio
De carinho transbordou
Com seu olhar compassivo
Muita tristeza dissipou

Com a sua mansidão
Encantava os amigos
Era um abraço quentinho
Que servia de abrigo

Com a pureza de criança
Era um riso itinerante
Se encontrava obstáculos
Seguia sempre adiante

Num dia de pouco sol
O seu ciclo terminou
Com um sorriso de adeus
Bateu asas e voou

Maria Helena Mota Santos


Divina interação!

Divina companhia,
ter um anjo de guarda,
aqui, ou na estrada,
da vida.
Que rica companhia!
oiço até uma campainha,
com ele, nunca ficas sozinha.
No dealbar de um novo caminho,
sob a sua protecção,
de mãos dadas com o destino,
ele, mesmo pequenino,
jamais, de descuida.
olha, que grande protector,
cuida da nossa vida,
com muito amor.

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Florzinha


(Imagem-Google Imagens)

Se eu fosse uma florzinha
Bem pequena e delicada
Moraria em um jardim
Não pensaria em mais nada

Iria só enfeitar vidas
E alegraria os ambientes
Seria cúmplice dos amantes
E viveria sorridente

Eu transformaria o orvalho
Em bolinhas de sabão
Para alegrar as criancinhas
Que me carregassem na mão

Pegaria cada pétala
E enfeitaria o caminho
De quem tivesse bem triste
E se sentisse sozinho

Não me prenderia aos jarros
Seria uma flor itinerante
Conheceria as estradas
E chegaria ao horizonte

Maria Helena Mota Santos

08/07/2011


Interação linda e suave. Amei!

Linda de mais, não sei se a flor,
se a mensagem.
Mulher coragem,
és uma rosa incandescente,
porque, contigo,
semeias e colhas o trigo,
no campo da imaginação,
as pétalas, são sorrisos,
os ramos, o tecto,
o horizonte a meta,
a felicidade o prémio.
Viver contente,
o objectivo,
e, mais não digo!

Um abraço amigo,

Adriano
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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Sol e Lua


(Imagem-Google Imagens)

O sol se pôs
e a lua reproduziu
parte do seu brilho
no anoitecer
E se fez nova
crescente
cheia
e minguante
Ficou por detrás dos bastidores
quando o sol despontou
no horizonte
do outro dia
Na penumbra
fez-se fases
para encantar
o caminho
do sol
O sol reverente
e agradecido
abriu uma passarela
para lua
resplandecer
Tocaram-se
por um momento
na linha tênue
e romântica
do entardecer
Compartilharam
a luz
e fizeram um pacto
de cumplicidade
de lealdade
pro mundo
não escurecer

Maria Helena Mota Santos


Belíssima interação, meu amigo!

Sol e lua
chuva e vento,
terra, alma fulgente,
Do oriente ou ocidente,
Este ou oeste,
com Roberto ou Melua,
Padre Zézinho,ou Borga,
Pessoa ou Drumond,
Com ou sem Lula,
Dilma ou Merkel,
o mundo se renova,
sem lua ou Sol,
tenho a certeza que não!
Por um pedaço de pão,
há homens que matam,
nas fases más da Lua,
a deles,
Com Sol, calor,
e,
umas gotas de água,
tudo se redime, tudo se renova.
O orvalho, a frescura, ternura,
da mãe Lua e do pai sol,
o mel, o leite, deleite
do Deus único,
pertença de todos,
mesmo daqueles,
que o confundem com as obras,
edificadas, a beleza, a luz das estrelas,
irmãs companheiras, do sol e da Lua,
que partilham a natureza,
onde nascemos, vivemos
e, morremos
partículas, de sois,
que hão de incorporar
na Estrela Maior,
que a todos ilumina
de noite ou de dia.

Adriano
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Não há solidão


(Imagem-Google Imagens)

Não há solidão
Enquanto existir amigo
Que seja abraço
Que seja abrigo
Em qualquer hora
Quando for preciso

Não há solidão
Enquanto existir amigo
Que seja sorriso
Que seja esperança
E que seja um ombro
Em qualquer circunstância

Não há solidão
Enquanto existir amigo
Que seja escuta
Que seja palavra
E seja uma bússola
Na íngreme estrada

Não há solidão
Enquanto existir amigo
Que retire dos pés
Os grandes espinhos
E enfeite de flores
O nosso caminho

Maria Helena Mota Santos

19/05/2011

Amigo, obrigada! Você e Filó são exemplos desta parceria verdadeira pautada no amor!

Que bom gosto, que ternura,
doçura,
néctar de tangerina,
licor de poejo,
é tudo o que vejo,
nesse leito conjugal,
duas almas, sem igual.
Solidão, não!
comunhão, qual pinhão,
da pinha se soltou,
dois amores em partilha,
são o antídoto para a solidão,
porque onde há amor e perdão,
a imunidade é total,
Olha, ainda, se me permites,
não há nada igual.
Solidão, solidão,...
daqui, não levas nem sequer,
meio real,
porque, a Helena é uma grande mulher.
Com mulheres como ela e, a Filó,
ninguém fica só.

Hoje, para variar, um abraço meu e um beijinho, dela.

Adriano
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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Entre nuvens


(Imagem-Google Imagens)

“Com o sol que estava fazendo hoje, quem diria que ia chover?”
Ao escutar esse murmúrio no mundo foi inevitável essa divagação:
A imprevisibilidade é a marca registrada do estar no mundo.
Percebo que estou embaixo de um céu que me serve de útero.
Eu sou embrião da eternidade.
Alguém do outro lado, certamente, está grávido de mim.
A minha contagem começou a ser regressiva desde que fui concebida.
Sou itinerante e estou em viagem permanente.
O meu parto acontecerá ,inevitavelmente, em um dia impreciso.
O parto de lá pra cá se chama de vida e o de cá pra lá se chama de morte.
Mas é tudo face da mesma moeda.
Só sei que um dia terei que partir sem a minha prévia autorização.
Ficarei em "coma" para a vida e presente na lembrança das pessoas que amei.
Mas as marcas que deixarei não foram feitas só pelo caminho do amor.
Há pessoas que ficarão marcadas pelo caminho da dor que causei.
O quanto ficará de mim aqui quando me for?
Ficará a alegria ou a tristeza que semeei?
As lágrimas que fiz cair ou as lágrimas que enxuguei?
A desunião que provoquei ou a reconciliação que intermediei?
A inimizade que disseminei ou a amizade que cultivei?
A dor que causei ou as feridas que curei?
Não sei o quanto de mim terei doado quando me for.
Só quero que as pessoas de mim se lembrem,
Como um ser humano que, acima de tudo, amou!

Maria Helena Mota Santos

16/02/2010


Amigo, desde qe eu escrevi o "Entre nuvens" eu sentia falta de um pouco de leveza.
Eis que você veio e com a sua interação deu um toque suave ao meu escrito!
Obrigada!


Quanta filosofia, quanta verdade,
até aos cinquenta, subimos a montanha,
depois,é sempre a descer
e,
ousamos dizer,
para baixo, todos os santos ajudam.
Porém, com um amor tamanho
recuso-me aceitar,
prefiro cantar,
a chorar,
rir de mim
até ao fim.
No entretanto, venha chuva, sol ou vento.
Eu, aguento!
Se ficar aquém dos noventa,
nada a dizer,
Se passar, que o faça contente.
Não tenho pressa, mas quando tiver que ser,
paciência,
Gostava de ser lembrado com bonança,
e, ficar na lembrança,
de quem apostou tudo na esperança,
e, usou a muleta da confiança.
Velhinho, mas não criança.
Ora, vamos lá na dança.

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)

domingo, 6 de novembro de 2011

Folhas caídas


(Imagem-Google Imagens)

Acordou e esboçou um sorriso com pausa
Daqueles que dá pra se ler nas entrelinhas
Que a sua origem não foi a alegria
Mas o desafio da superação de uma dor

Levantou e andou com passos bem lentos
Daqueles que a sombra fica quase letárgica
Que se percebe a falta de horizonte
Originada de um período de ocaso

Reagiu e balbuciou “Tudo bem”
Daquele que não se traduz energia
Mas que se percebe a falta de certeza
Do que virá num futuro bem próximo

Superou-se e falou "Vou vencer”
Com a força de quem encara sua dor
E que se percebe uma vibração positiva
Própria de quem quer sair da inércia

Seguiu, olhou em volta, e viu as folhas caídas
Ergueu os olhos e olhou o topo da árvore
Até perceber que as folhas se renovam
Então, com esperança, continuou a viagem

Maria Helena Mota Santos

07/11/2010

Adriano, meu amigo, que presente lindo!
A poesia do Antero é fenomenal! Obrigada!


Hoje, mereces um prémio,
poesia, do nosso Antero,
ultra-romântico,
melhor, do que a física-quântica.
Espero que gostes.
«Chovem lírios e rosas no teu colo!
Chovam hinos de glória na tua alma!
hinos de glória e adoração e calma,
meu amor,minha pomba e meu consolo!
Dê-te estrelas o céu, flores o solo,
cantos e aroma o ar e palma,
e quando surge o lume e o mar se acalma,
sonhos sem fim seu preguiçoso rolo!
E nem sequer te lembres de que eu choro,...
esquece até, esquece, que te adoro...
E ao passares por mim, sem que me olhes...»

Extracto de Abgnegação de Antero do Quental.
Final do séc.XIX.

sábado, 5 de novembro de 2011

Anjo da guarda


(Imagem-Google Imagens)


Chegou trazendo uma nota
Pra canção da minha vida
Trouxe um tom doce e suave
E compôs uma sinfonia

Trouxe pra mim uma asa
E me convidou a voar
Apontou o céu e as estrelas
E me ensinou a levitar

Trouxe também um lindo verso
Pra compor minha poesia
Fez comigo o tempo inteiro
Uma linda parceria

É a certeza de carinho
Mesmo de longe me enxerga
É a pessoa mais amiga
Que encontrei aqui na terra

Maria Helena Mota Santos

11/11/2010




Obrigada pela linda interação, meu amigo!


Lá longe, para além do mar,
os anjos, não estão no desemprego,
porque, a todos dão afagos,
para não haver desespero.

Ouço-os a cantar,
Um oxalá,
Rima, com os que estão lá,
e,
com os outros, que estão cá.
Se todos fossem bons,
anjos, não haveriam.
Se todos são, assim, assim
até, eles se riem.
Anjos há, grandes protectores,
cantam, choram e riem,
são mesmo, uns senhores.
Oh! meu rico Santo António
não os deixes passar,
para o campo do demónio.
Onde, jogadores há
e,
quem lhes apare o jogo.
Chamo já,
o meu anjo para apagar o fogo.

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Possibilidades


(Imagem-Google Imagens)


Do
Sempre
não sou

Do
Nunca
muito menos

Sou
das possibilidades
e das vulnerabilidades
da inconstância
da vida

Sou
do inusitado
indeterminado
conquistado

Não sou
estanque
Meu caminho
é adiante

Certamente
Não sou do caminho
do meio
Sentimentos antagônicos
permeio

Extraio vida
da sobrevida

Com versos
e rimas
curo as minhas
feridas

Maria Helena Mota Santos



Belíssima interação!

Do sempre, também
não serei,
porquê não sei.
Exploro o dia, quando a noite
se apaga,
Exploro a lua
quando o Sol está cansado,
Exploro o mar,
quando ainda há gaivotas em terra,
Exploro a vida,
enquanto posso e vejo.
Exploro o futuro,
deste lugar,
Exploro a luz,
no breu,
enquanto não aprender
o caminho do céu.
Neste emaranhado,
as possibilidades,
são mais de mil,
pouco importa a escolha,
pelo caminho ou vereda,
lá havemos de chegar,
pela direita ou esquerda,
de barco ou avião,
ainda tenho os pés no chão.

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Retrato pintado


(Imagem-Google Imagens)

Talvez eu não seja
este retrato
que você pintou
carregado de tintas
das cores
da perfeição

Não sou isso tudo
não
Sou tinta suave
que às vezes
descasca
e precisa do retoque
do tempo

Sou tinta de brisa
que às vezes
passa
como um tufão
derrubando polimentos

Sou um retrato
sem moldura
livre
para os traços
e detalhes
dos momentos

Pinto-me de verde
de lilás
de cinza
de amarelo
e do que é
sincero

Talvez eu seja parte
de tudo
que penso
que sou

Talvez eu seja
uma parte
de tudo
que você pensou

Talvez seja um pássaro
ou quem sabe
uma flor

Não sou isso tudo
não
Mas tenho a essência
do amor

Maria Helena Mota Santos



Esta interação é um retrato pintado com as tintas da amizade!
Obrigada, amigo!

Talvez não ou, talvez,sim,
o que importa
é não teres fechadura,
na tua porta.
Verde, amarelo
ou, da cor da esperança,
traz-nos sempre à lembrança
a criança que temos dentro de nós.
Pássaro ou flor,
essência de jasmim,
acompanhada ou a sós,
aqui no meu jardim.
Com ou sem batom,
és mesmo natural,
o melhor é mais que bom,
mas óptima podes ser,
basta deixares crescer
a bondade que há em ti,
qual fermento a levedar o pão,
com a farinha que amassaste à mão.
Se és ou não retrato pintado,
só tu podes dizer.
Cá para mim, só a modesta,
te manda pôr o talvez,
onde, o sim devia ser.
Bem! podes crer.

Adriano
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Eu por mim


(Imagem-Google imagens)


Um dia, quando acordei para vida, eu fiz um esboço pra mim
Rascunhei o meu desenho pretendido para exposiçao no Universo
Identifiquei as tintas que trazia na bagagem
Escutei a primeira melodia que saía de mim
Os tons eram suaves, ternos e alegres
E identifiquei imediatamente as notas do amor
Os braços eram do tamanho de um abraço
Nas mãos trazia sementes das mais variadas espécies
Do meu coração saía um intenso calor humano
Os meus ouvidos captavam sons à distância
O olhar era compassivo e umedecido
E o silêncio era cheio de palavras e metáforas

Nasci da cor da metamorfose
Nasci da cor da amizade
Nasci na cor do amor
Nasci da cor da alegria
Nasci da cor da compaixão

Sou uma poesia itinerante
Em permanente construção

Maria Helena Mota Santos

06/11/2010


Emocionante a sua interação, meu amigo!
Sinto-me privilegiada com este seu olhar amável!

Eu por mim,
ficava assim!
Tens radar, sente-se logo.
Nasceste para encantar,
com versos e, poemas a esmo,
itinerante, caminhante
e, no prologo
da vida, canta tristeza,
vestida de beleza,
como só, tu mesmo
sabes explicar
ao errante.
Brilhante, cintilante,
És, poetisa,
e, a todos
deixas radiante.

Adriano
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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Partida


(Imagem-Google Imagens)

Homenagem aos que partiram e aos que estão experimentando o sentimento da saudade.

"TUDO O QUE AMAMOS PROFUNDAMENTE CONVERTE-SE EM PARTE DE NÓS MESMOS."
(Helen Keller)


Partiram
ou se tornaram
invisíveis?

Partiram
ou transmutaram
para outra dimensão?

Uns partem
e ficam
mais perto

Outros partem
e deixam
um deserto

Alguns partem
sem partida
andam sem rumo na vida

Outros partem
e não se vão
porque ficam no coração


Maria Helena Mota Santos


Profunda e reflexiva interação, amigo!


Recordar os que partiram,
deixar cair um lágrima sentida
de saudade,
é, como dizer olá,
aos que, estão do lado de lá.
Partiram, porque chegou seu tempo.
Nós havemos de partir,
um dia, só não sabemos quando.
Enquanto, não chegar
a nossa hora,
saibamos ser
decididos e verdadeiros.
Na fila, alguém chegou primeiro.
Pouco importa, se encontrou
o caminho ou, se andou à nora.
Toca o sino da igreja,
alguém findou,
não sei, quem seja.
Que bom ouvi-lo, podes crer.
Estamos de passagem
para, debitar poesia,
até um dia,
nos perdermos na carruagem.

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)

terça-feira, 1 de novembro de 2011

À espera do sol!


(Imagem-Google Imagens)

Era assim
quase todos os dias
nos tempos
de inverno

Acordava
o sol se escondia
e eu o sabia lá
amparado pelas nuvens

Esperava
que ele convalescesse
e retornasse
com mais brilho

Esperava
o seu tempo
sem ter tempo
de espera

Já era quase
primavera
e as flores
amarelavam
de anemia

Por vezes
as suas lágrimas
transcendiam as nuvens
e desaguavam em mim

E mesmo assim
eu esperava o sol
se render
à beleza da vida
e aparecer...

Maria Helena Mota Santos




A interação que retrata um momento da sua vida, meu caro Adriano, é incrível!

À espera do Sol,
da lua e, das estrelas.
Eu, do meu rebanho,
e, das minhas ovelhas.
oh! que amor tamanho!
Outros, sois
outras, vidas
outros, ais
outras, danças
e,
ainda sobra, esperança,
sem, jamais
esquecer,
a música e, as lembranças,
os cabelos e, as tranças,
e, um dia, a zanga de minha mãe,
por ter aceite, um pedido:
cortá-las, à minha irmã,
que, não parava de chorar,
enquanto, eu não acedia ao seu capricho.
Das tranças, sobrou um rabicho.
Outros sois, outras músicas,
Acho, até, que levei, à pala disso.

Um abraço,

P.S. A história é verdadeira, passou-se comigo, tinha 10 anos e, a minha irmã 6.

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)