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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Gratidão


(Google Images)

Tive tanto
Tenho tanto
Que a vida tira
E ainda sobra

Sobram essências
de jasmim
Sobram as rosas
no jardim

Sobram sorrisos
de mãos dadas com a alegria
Sobram imaginações
que acionam as fantasias

Sobram lágrimas
que hidratam as emoções
Sobram notas
que invadem as canções

Sobram dores
de metamorfoses salvadoras
Sobram versos
de poesias redentoras

Sobram réstias
pela luz que vem das frestas
Sobram coragens
precursoras das viagens

Sobram nostalgias
que acionam as saudades
Sobram amores
que eternizam as paisagens

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Cantinho

(Google Images)

Eram tantas as viagens
Eram tantas as bagagens
Que parei o trem do tempo
E pedi para descer

Despojei-me do supérfluo
Fiquei mirando o céu azul
Coloquei-me em reverso
Num cantinho me aconcheguei

Fechei os olhos para o óbvio
Troquei lentes viciadas
E no balanço do tempo
Sem ter tempo divaguei

Maria Helena Mota Santos

18/08/2011

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Aprendi com a vida

(Google Images)


Aprendi tanto
e
tão pouco
diante do que está disposto
nas infinitas possibilidades
dessa vida

Aprendi a olhar
e ver
nas entrelinhas do viver
e
que é no silêncio
que se constroem as armadilhas

Aprendi a sentir
sem falar
o que está a me espreitar
e
que no escuro
posso enxergar melhor a luz

Aprendi a andar
sem caminhar
só pelas vias do pensar
e
que as palavras
têm subterfúgios inimagináveis

Aprendi a amar
sem condição
sem obstruir o coração
e
que amores vêm
e amores vão

Aprendi a abrir as asas
sem direção
voando com o coração
e
que eu sou
um poema em construção


Maria Helena Mota Santos


14/11/2011

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Viver

(Google Images)


Da vida
Eu só quero viver
Quero pulsar sentimento
Seja de dor
Ou de prazer

Da vida
Eu só quero viver
Aproveitar os segundos
Desde o despertar
Até o anoitecer

Da vida
Eu só quero viver
Quero distribuir carinho
A quem no meu caminho
Aparecer

Da vida
Eu só quero viver
Das lágrimas fazer um rio
Para outras margens
Conhecer

Maria Helena Mota Santos

09/05/2012

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Cores do ser


(Google Images)

Cada ser traz uma cor
Que permeia este momento
E com um infinito matizado
Vai bordando o firmamento

Cada ser borda um ponto
Com a cor que traz em si
E faz a mistura das cores
Pela alquimia do sentir

Cada ser é uma aquarela
Com as cores que buscou
Uns pintam com cores frias
Outros pintam a cor do amor

São cores amanhecidas
São cores adormecidas
Cores que enfeitam cada hora
Cores que enfeitam cada vida

Maria Helena Mota Santos

domingo, 17 de novembro de 2013

Não sei dizer


(Google Images)


O que dizer
se não se tem palavras
se em cada brecha
entra uma sensação?

O que dizer
de sentimentos novos
que sem pedir licença
invadem o coração?

O que dizer
da insensatez
do momento novo
que invade o agora?

O que dizer
do olhar no espelho
que vê invertida
uma mesma história?

O que dizer do sim
com a máscara do não
e da atemporalidade
que invade o ser?

O que dizer
da linha da vida
que traz um passo a menos
a cada amanhecer?


O que dizer?...
Ah... Não sei dizer!

Maria Helena Mota Santos

15/08/2011

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Tudo está normal

(Google Images)

Tudo está normal
E nada igual
A ciranda vem
E a ciranda volta
Mas o que foi
Não mais é
E se for
Será de outra cor

Tudo está normal
E nada igual
A vida leva adiante
Abre horizontes
Ao olhar para trás
Já não há tudo o que ficou
A paisagem
É furta-cor

Maria Helena Mota Santos

22/09/2011

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Vida em poema

(Google Images)


No passado só pude ser
quem eu fui
Não há sombra
que não traga
o reflexo de uma luz

Se de um poema
eu hoje sou um verso
Fui concebida
nos caminhos
adversos

Se sou riso
foi na lágrima
que ancorei
Vivo pintando
cada dia de uma vez

Sou a nota da canção
que não tem fim
Faço a sinfonia
do grande amor
que mora em mim

Maria Helena Mota Santos

12/01/2012

domingo, 10 de novembro de 2013

A luz e a escuridão


(Google Images)

Perdi o medo do escuro
Quando a escuridão chegou
Acostumei o olhar à luz
Que a escuridão mostrou

Os fantasmas se dissiparam
Pois a luz os ofuscou
Correram para outro palco
Onde alguém os abrigou

Andei em falsas linhas
Que eram curvas sinuosas
Aprendi a não confundir
Os espinhos com as rosas

No escuro pude ver
O que há no meu jardim
Liberei a borboleta
Que era casulo em mim

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Medos


(Google Images)

Meus medos
já não são medos
São coragens
disfarçadas
São sinais
de uma mudança
No percurso
da estrada

Meus medos
já não são medos
São disfarces
de um novo tempo
São desafios
na vida impostos
Pra pintar
novos momentos

Meus medos
já não são medos
São asas
de proteção
São versos
do meu reverso
Que faz pulsar
o coração

Maria Helena Mota Santos

11/12/2011

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Grafiteiros da saudade

(Google Images)

Fiz grafite na janela
Com matizes de saudade
Fiz rabiscos de um sonho
Sem objetivar realidade

Na linha mestra de uma asa
Esbocei um pássaro livre
Que me levava urgente
A lugares imperdíveis

Fiz grafite irreverente
De momentos distraídos
Fiz o meu eu se desnudar
E caminhar sempre comigo

Esbocei o improvável
Na linha imprecisa do tempo
Desmascarei as certezas
E passeei contra o vento

Fiz grafite no coração
Com matizes de alegria
Dei alforria à solidão
Parti em minha companhia

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Amar

(Google Images)

Amar
o impossível amar
e semear a luz
de um doce olhar

Amar
o infinito ser
e semear concórdia
pra não anoitecer

Amar
o que está à margem
e estender a mão
pra seguir viagem

Amar
o rastro da escuridão
e infiltrar luz
pra salvar o irmão

Amar
um amor salvador
e deixar aqui na terra
um jardim pleno de amor

Maria Helena Mota Santos

sábado, 2 de novembro de 2013

Para sempre


(Google Images)


O "para sempre"
pode durar
até amanhã
E o nunca
pode acabar
neste momento

A vida segue
modificando
os paradigmas
O que era óbvio
nas mãos do tempo
desmistifica

E as promessas
às vezes se perdem
nas mãos do vento
Que torna vulnerável
a senha confiável
de um momento

Maria Helena Mota Santos

09/06/2012