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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Se houver amanhã


(Imagem-Google Imagens)

Se houver amanhã um capítulo inédito vai ao ar
Com cenas que não se pode ensaiar

Se houver amanhã uma luz pode acender
Para não deixar o dia escurecer

Se houver amanhã pode se achar uma saída
Para o labirinto das causas perdidas

Se houver amanhã a esperança pode aparecer
Para quem não consegue crer

Se houver amanhã há de novos sonhos se plantar
Para passarela da realidade enfeitar

Se houver amanhã há de se aprender com os pássaros
Que mesmo com asas quebradas buscam o espaço

Se houver amanhã...


Maria Helena Mota Santos

28/10/2010


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Meu sonho


(Imagem-Google Imagens)

O meu sonho
é seguir sonhando
pintando cores
no meu dia a dia

Tenho o sonho
de sonhar
com a realidade
vestida de fantasia

O meu sonho
é flutuar
nas asas leves
da poesia

Tenho sonho
de escrever
versos de amor
todos os dias

O meu sonho
é não me opor
ao sonho
que se insinua

Tenho sonho
de plantar
e regar a flor
de cada rua

O meu sonho
é levitar
e conhecer
o infinito

Tenho sonho
de deixar o mundo
bem mais pertinho
do paraíso


Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Rabisco

(Imagem-Google Imagens)

Nasci num rabisco
de uma imagem
nas mãos de um pintor
que coloria paisagem

Cresci num quadro
sem moldura
com pincel alado
que me indicava altura

Pintei quadros coloridos
de tons matizados
utilizando a tela mágica
de um mundo encantado

Conheci fronteiras
derrapei no chão
e fiz pinturas
na contramão

Pintei quadros
com as tintas
das lágrimas
do sorriso
do suor
da dor
e da cor
do amor
que há em mim

Maria Helena Mota Santos

20/01/2012

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O amor

(Imagem-Google Imagens)


O que é o amor senão
Uma amizade sem limite
Um sofrimento prazeroso
Uma comunhão na diferença
Um esperar desesperado?

O que é o amor senão
Um caminhar sem um padrão
Um palpitar no infinito
Uma doação sem ter estoque
Um levitar na multidão?

O que é o amor senão
Um lugar do paraíso
Um coração em disparada
Uma chuva de sorrisos
Uma saudade acompanhada?

O que é o amor senão
Um deserto com oásis
Um labirinto com passagem
Uma felicidade indefinida
Uma essência colorida?

O amor é lágrima revertida em alegria
É viagem sem destino e sem roteiro
É desatino que equilibra as travessias.
É a magia que encanta o mundo inteiro.


Maria Helena Mota Santos

08/04/2010

domingo, 27 de janeiro de 2013

A fumaça que calou os sonhos

Retrato hoje uma tragédia que vitimou mais de 230 jovens em Santa Maria(RS)- BRASIL
Tragédia que teve reflexo no coração de todos os brasileiros.


A fumaça embaçou os sonhos
e trouxe lágrimas no lugar
de um rosto risonho
Era pra ser um domingo
de sono e de possíveis sonhos
Era pra ser um acordar
para um bom dia preguiçoso
Era pra ser um almoço
num domingo família
Era pra ser
tanta coisa que não foi...
Era pra ser
um amanhecer de espera
e chegou uma notícia
que desespera
O ser amado
está encantado
Sua presença
agora é invisível
E assim a rua se encheu
de rostos perplexos
pela dor de perder
pela dor de não saber
Pelo silêncio
que não coube num grito
Pelo grito
que não estancou a dor
E agora
o tempo é outro
A ferida está exposta
e a alegria
perdeu o sentido
A alegria dorme
na inexatidão do tempo
Sem saber se um dia
acorda
E agora?

Maria Helena Mota Santos

A dor e a esperança

(Imagem-Google Imagens)


Quando a dor se veste de esperança
Ela entra no palco mascarada
A dor encena um sorriso bem aberto
E a sua fala é otimista e humorada

Mas quando a realidade a desnuda
E os espinhos dilaceram as feridas
O sangramento é intenso e hemorrágico
E faz da dor o seu ponto de partida

Percorre o corpo com a rapidez de uma águia
E as lembranças aparecem de repente
Os momentos de imediato entram no palco
E o passado toma conta do presente

A dor tapa o sol, tapa lua e as estrelas
Mas não tapa a vontade de lutar
Pois se cada dia vem montado em um sol
Há de um dia esse sol pra dor brilhar

Maria Helena Mota Santos

sábado, 26 de janeiro de 2013

Amanheci assim

(Imagem-Google Imagens)

Amanheci assim
tão pequenina
que não sou vista
em nenhuma esquina
Meu coração transcende
e se agiganta sobre o corpo
O vento me roça
e sinto frio até no osso

Amanheci assim
com tanta sutileza
que não perco de vista
a real beleza
Dos poros da vida
percebo as sementes
Que se fazem frutos
docemente

Amanheci assim
tão desigual
que não sei a proporção
do sentimento atual
Da vitrine da alma
puxo parte de mim
E compartilho com o mundo
o que ainda não conheci

Amanheci assim
tão humanamente real
que me misturo ao mundo
de uma forma original
Ouço os gritos inaudíveis
e com eles me envolvo
Sou sorrisos e lágrimas
Sou a emoção do novo

Maria Helena Mota Santos

16/03/2012

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Partes de mim


(Imagem-Google Imagens)

Partes de mim estão livres
E fazem redemoinho
No vento das emoções

Partes de mim são aladas
E se emparelham com o tempo
Nas asas da imaginação

Partes de mim são partidas
Que enfrentam tempestades
Em busca de um novo sol

Partes de mim são como águias
Que voam sempre mais alto
Em busca do infinito

Partes de mim são casulos
Que preparam o momento
De ser borboleta no mundo


Maria Helena Mota Santos

27/09/2010

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Doses de amor


(Imagem-Google Imagens)


Cada dose de amor
que sai de mim
e afeta um outro coração
traz-me um sentimento
que me faz levitar
na imensidão

Cada dose de amor
que cai de mim
em terreno com erosão
faz a terra se abrir
em possibilidades
de plantação

Cada dose de amor
que sai de mim
desobstrui desilusão
e faz o mundo perder
uma nota triste
de solidão

Maria Helena Mota Santos

11/08/2011

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O silêncio de um grito


(Imagem-Google Imagens)


O silêncio de um grito
abafado
Faz um eco e acorda
a solidão
Faz redemoinho nas emoções
tão reprimidas
E se transforma
em caminho para a saída
É um silêncio que fala mais
do que as palavras
Faz do olhar a vitrine
do seu verbo
Faz do corpo o movimento
da sua cena
E se encharca de uma energia
quase plena
É o silêncio que antecede
uma atitude
E se reúne com o momento
do presente
E faz mímica para a vida
que está em volta
E é a chave que para o novo
abre a porta

Maria Helena Mota Santos

30/11/2011

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Instante


(Imagem-Google Imagens)


Não
Não quero o ali adiante
Quero nas mãos do agora
Bailar com cada instante

Não
Não quero perder o sim
Quero senti-lo a cada dia
Na vida que pulsa em mim

Não
Não quero negar a dor
Quero sentir e direcioná-la
Para um caminho redentor

Não
Não quero ter as certezas
Quero o paradoxo que me move
Em busca das sutilezas

Não
Não quero negar quem sou
Quero me impregnar a cada dia
Com a essência do amor

Maria Helena Mota Santos

26/08/2011


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Unidos para sempre


(Imagem-Google Imagens)

Unidos por um fio invisível
Que nos une em qualquer dimensão
Unidos antes do ventre
Onde o início da vida aconteceu
Se você chora
Sua lágrima pinga em mim
Se você sorri
sua luz me ilumina
Se você fica em silêncio
Ouço o eco de sua voz
Se você sofre
A dor se irradia no meu peito
Se você fica feliz
Eu fico em primavera
Somos parceiros da vida
Unidos para sempre
Unidos pelas lágrimas
Pelas alegrias
Pelas tempestades
Pela bonança
Pelas surpresas
Pelas decepções
Pela dor
Pela esperança
Pelos afagos
Pelo carinho
Pela ternura
Pelo amor incondicional

Maria Helena Mota Santos

domingo, 20 de janeiro de 2013

A felicidade


(Imagem-Google Imagens)

A felicidade vai comigo
Num cantinho do coração
Ela chora e também grita
Mas sempre entoa uma canção

A felicidade não é só riso
É também a dor de uma lágrima
É sentimento que inquieta
É sentimento que acalma

A felicidade é a consciência
De que a vida é aprendizado
É aceitar as intempéries
É fazer das cores um matizado

A felicidade é a certeza
Das sementes que plantou
É colher mesmo entre dores
O fruto doce do amor

Maria Helena Mota Santos

04/02/12

sábado, 19 de janeiro de 2013

Viver

(Google Images)


Da vida
Eu só quero viver
Quero pulsar sentimento
Seja de dor
Ou de prazer

Da vida
Eu só quero viver
Aproveitar os segundos
Desde o despertar
Até o anoitecer

Da vida
Eu só quero viver
Quero distribuir carinho
A quem no meu caminho
Aparecer

Da vida
Eu só quero viver
Das lágrimas fazer um rio
Para outras margens
Conhecer

Maria Helena Mota Santos

09/05/2012

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Não sei dizer


(Imagem-Google Imagens)


O que dizer
se não se tem palavras
se em cada brecha
entra uma sensação?

O que dizer
de sentimentos novos
que sem pedir licença
invadem o coração?

O que dizer
da insensatez
do momento novo
que invade o agora?

O que dizer
do olhar no espelho
que vê invertida
uma mesma história?

O que dizer do sim
com a máscara do não
e da atemporalidade
que invade o ser?

O que dizer
da linha da vida
que traz um passo a menos
a cada amanhecer?


O que dizer?...
Ah... Não sei dizer!

Maria Helena Mota Santos

15/08/2011

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Busca


(Imagem-Google Imagens)

Enfim
partiu
e não se deixou ficar
Enfim
buscou
o que não conseguiu encontrar
Enfim
cedeu
e parou de questionar
se era dor
se era marasmo
se era hábito
ou amor de fato
Enfim
fechou as fronteiras
do coração alado
Enfim
ensurdeceu o grito
que ecoava no descampado
Enfim
sonhou com um mundo novo
e caminhou sem direção
Enfim
capturou o tempo
e congelou numa canção

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Verso em flor


(Imagem-Google Imagens)


Era pra ser uma poesia
Versificada no pra sempre
Mas o verso eternamente
Desfez-se da estrofe, de repente

E a poesia teve fim
Lá na estrofe recomeço
Os versos de outra época
Mudaram de endereço

E a nova poesia
Teve espinhos a lhe ferir
E da dor brotou a flor
Que enfeitou novo jardim

A poesia agora escrita
Tem na lágrima o regador
Chove verso no inverso
Do sentimento que brotou

E no novo há o alento
De saber-se beija-flor
Que visita outros jardins
Sem encontrar a sua flor

Maria Helena Mota Santos

16/10/2011

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A dor do querer

(Imagem-Google Imagens)


A dor
ainda tem pele
que se levanta
na simples voz
de um querer
É um corte
invisível
que expõe ferida
como cúmplice
do sofrer

A dor
é como um passo
para o novo
que chegou
É ferida
que se abre
pra curar
um desamor

A dor
é necessária
pra ganhar
os matizados
É o ardor
de um desalento
É o portal
do aprendizado

Maria Helena Mota Santos

24/04/2012

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Sou assim

Imagem-Google Imagens)


Eu não vejo a luz da vida
Pela lente da tristeza
Extraio de cada fato
A essência da beleza

E se as lágrimas transbordam
Faço o esboço de um sorriso
Acalento as minhas dores
E busco ajuda se preciso

Não desperdiço a luz do sol
Que a minha alma enxerga
Concentro-me no privilégio
De estar em paz na terra

Não coloco a tristeza
Num patamar superior
Decepções são enfrentadas
Com o antídoto do amor

Foi assim que aprendi
A viver a vida cada dia
Nas asas de uma criança
Encho meu mundo de magia

Maria Helena Mota Santos

domingo, 13 de janeiro de 2013

Indagações


(Imgem-Google Imagens)

O que dizer?
Nem sempre se tem palavras

Quando calar?
Nem sempre se tem silêncio

Quando seguir?
Nem sempre se tem estrada

O que fazer?
Nem sempre se tem clareza

Pra onde ir?
Nem sempre há um lugar

Como ajudar?
Nem sempre se tem a forma

Quando mudar?
Nem sempre se tem coragem

Quando amar?
Sempre que o coração pulsar

Maria Helena Mota Santos

23/12/2010

sábado, 12 de janeiro de 2013

Novo dia

(Imagem-Google Imagens)


Há dia que é senha
de passagem
E abre portal
pra nova viagem

Há dia que a dor
é alvissareira
Trazendo roupagem
pra nova fronteira

Há dia que cai
a gota d'água
Que faxina
e lava a alma

Há dia de pesadelo
que vira sonho
E é esboço
de um futuro risonho

Há dia que alforria
o coração
E leva a saudade
para outra direção

Há dia de desatar
todos os nós
E sair cantando
igual a um rouxinol

Há dia que o amanhecer
é o que seduz
E que se faz a sombra
virar luz

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Do outro lado

(Imagem-Google Imagens)

Derrubei o muro
que me separava da paz
Confrontei a sombra
que o outro lado do muro faz

Desfiz as fantasias
que não seriam reais
E fabriquei outros sonhos
de cores essenciais

Acendi a minhas sombra
e refiz o desenho dela
Pintei-a de cores quentes
transformei-a numa tela

Dos contornos me livrei
E de tudo que limita
Aceitei meu infinito
Agora estou de partida

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Saudade


(Imagem-Google Imagens)


Saudade
da saudade que se vai
para o tempo do passado
que já ficou muito pra trás

Saudade
da saudade que se foi
lá pro lado do poente
onde um dia o sol se pôs

Saudade
da saudade dos sorrisos
que ecoam lá no túnel
de um lugar bem impreciso

Saudade
da saudade de um carinho
que faz reflexo lá no peito
e se hospeda num cantinho

Saudade
da saudade dos momentos
que como tapetes mágicos
voaram na mão do vento

Saudade
da saudade que virá
dos momentos do presente
que não posso eternizar

Maria Helena Mota Santos

22/10/2011

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Agora

(Imagem-Google Imagens)

Não sei
O que talvez
Não precise saber

Não sei se a hora é de ir
ou de ficar
É tudo tão difícil
de decifrar

Não sei do amanhã
Nem do depois
Preciso saber
do que ainda não foi?

Quero apenas
não saber
o que não é
da minha hora

Quero o segundo
e o minuto
que convencionamos
de agora

Maria Helena Mota Santos

25/03/2012

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Bailando com a vida


(Imagem-Google Imagens)


Cada um no seu passo
Na conquista de um compasso

Cada um no seu universo
Dentro de um espaço

Cada um com a bagagem
De tudo que recolheu

Cada um com a essência
Do perfume que exala

Todos debaixo do céu
Sujeitos aos seus limites

Todos caminhando juntos
Mesmo em caminhos inversos

Todos sujeitos ao tempo
Mesmo que não haja tempo

Todos com a mesma sina
Mesmo em diversos destinos

Todos bailando com a vida
Mesmo sem passo e sem ritmo

Todos caminhando para o futuro
Em direção ao fim do túnel

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Versos inversos


(Imagem-Google Imagens)


Nada melhor
do que acordar
em pensamentos
e adormecer
em palavras
sonhando em versos
nos inversos
que permeiam
o universo

Nada melhor
do que olhar
e perceber
as linhas
e entrelinhas
que subliminarmente
atravessam
as miragens
do viver

Nada melhor
do que se acompanhar
da própria companhia
sem se apartar
de outros partes
que fazem ecos
e se aconchegam
nos confins
da solidão

Nada melhor
do que ter amigos
e cúmplices
que emprestam asas
nas travessias
nas alegrias
e nas agonias
que embriagam
o coração

Nada melhor
do que ser
a essência
que não se partiu
nem se feriu
com as quedas
imprescindíveis
do caminho
da imensidão

Maria Helena Mota Santos

30/10/2011

domingo, 6 de janeiro de 2013

Infinito azul

(Imagem-Google Imagens)

É tão bom acordar
e arrumar os sonhos
por ordem de desejo
num abandono pueril

É tão bom acordar
e parir as dores
e deixá-las passar
através do ser

É tão bom acordar
e viver histórias
latentes na memória
dos que passam ao lado

É tão bom acordar
e acariciar a vida
cuidando das feridas
que exacerbam o sentir

É tão bom acordar
e passear com a leveza
levitando sem bagagem
rumo ao infinito azul

Maria Helena Mota Santos

sábado, 5 de janeiro de 2013

Trilha sonora

(Imagem-Google Imagens)


Ouço o canto
de todas as vozes
que foram acordes
na doce melodia
do ser

A trilha sonora
traz tom de saudade
de todas idades
e faz uma escala
em cada cantinho do ser

O coração em partitura
assume notas extremas
e lembranças amenas
suavizam a canção
fazendo o amor florescer

Maria Helena Mota Santos

17/08/2011

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

O que restou


(Imagem-Google Imagens)

Hoje eu não trouxe nada
Trouxe parte do tudo que restou
Trouxe a minha essência
A minha carência
E a vontade de plantar flor

Hoje eu não trouxe tudo
Trouxe o quase nada que restou
Trouxe o meu carinho
A minha compaixão
E o desejo de semear amor

Maria Helena Mota Santos

07/02/2011

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Pedido


(Imagem-Google Imagens)

Não me peça
que não chore
Não me peça
que não sofra
Não me peça
que não viva
Não me peça
que não morra

Não me impeça
de ser gente
Não me impeça
de seguir
Não me impeça
de ser eu
Não me impeça
de sorrir

Não há peça
sem roteiro
Não há peça
sem direção
Não há peça
sem o pulso
Do que vem
do coração

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Raiou o sol


(Imagem-Google Imagens)


Num lugar imprevisível
Sem visibilidade
Cheio de nuvens
Com chuvas torrenciais
Com a lentidão do tempo
Com a inércia das palavras
Com a palidez do sorriso
Com a fraqueza do corpo
Com a desolação da alma
O dia raiou

Raiou o sol
Montado nos raios da esperança

Chegou a brisa
Montada numa rajada de vento

Chegou a bonança
Desfazendo a tempestade

Chegou a ajuda
Vinda de outras paragens

A inundação seguiu o curso do rio
O lamaçal foi absorvido pelo chão
Casas caídas renasceram em construção
Os desamparados se agruparam em união

E a aurora da esperança apareceu
A fé do povo a todo mundo comoveu
Pois sem ter nada as mãos para o céu ergueu
E em sinceras preces suplicou o olhar de Deus

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

2013 chegou! E agora?

(Imagem-Google Imagens)

Hoje
as calçadas estão cheias
de resquícios
dos sonhos sonhados
nas primeiras horas
do ano que se inicia

O sonho agora
tem a cor do ontem
É "requentado"
Está embriagado
à procura da sua cor
multicolor

O sonho agora
tem reflexo do ontem
É o espelho
das luzes que brilharam
e se ofuscaram
com a luz do dia

E agora?
Quantas cores capturamos?
Quantas raptamos?
Quantas são nossas?
Quantos se esvaíram?

E agora?
O ano chegou!
E a vida é furta-cor!

Maria Helena Mota Santos