segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
Que venha 2013
(Imagem-Google Imagens)
O meu plano para 2013
É simplesmente VIVER!
Quero a delicadeza
Quero a atitude
Quero a alegria
Quero a dor
Quero o prazer
Quero o sorriso
Quero as lágrimas
Quero errar
Quero acertar
Quero aprender
Quero a amizade
Quero a compaixão
Quero o amor
Quero a paz
Quero as possibilidades
Quero a minha humanidade
Maria Helena Mota Santos
domingo, 30 de dezembro de 2012
Carência
(Imagem-Google Imagens)
Careço
do meu silêncio
Careço
da minha paz
Pra me mostrar
um espaço novo
Pra vida
que se refaz
Careço
do meu olhar
pra via
da solidão
Para entender
estas linhas
Da palma
da minha mão
Careço
de ter saudade
de tudo
que já se foi
Careço
de viver o agora
Sem deixar nada
pra depois
Maria Helena Mota Santos
Careço
do meu silêncio
Careço
da minha paz
Pra me mostrar
um espaço novo
Pra vida
que se refaz
Careço
do meu olhar
pra via
da solidão
Para entender
estas linhas
Da palma
da minha mão
Careço
de ter saudade
de tudo
que já se foi
Careço
de viver o agora
Sem deixar nada
pra depois
Maria Helena Mota Santos
sábado, 29 de dezembro de 2012
O despetalar do dia
(Imagem-Google Imagens)
E se no dia que amanhece
Nada for da cor do ontem?
E se no dia que amanhece
Não houver nenhuma cor?
E se no dia que amanhece
A cor da tristeza desbotou?
E se no dia que amanhece
A cor da alegria chegou?
E se no dia que amanhece
O improvável aconteceu?
E se no dia que amanhece
A semente plantada floresceu?
Cada dia é uma pétala
Que deixa rastro na estrada
Cada ser compõe uma flor
Com as pétalas descartadas
Maria Helena Mota Santos
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
Linha do tempo
(Imagem-Google Imagens)
Não teço
cada dia
com linhas quebradas
pelo tempo
Em cada amanhecer
pego outra linha
e bordo
novo momento
Às vezes
de cores pálidas
Às vezes
de cores firmes
Eu valorizo
cada cor
A cor alegre
e a cor triste
Às vezes
teço pelo avesso
com as mãos trêmulas
de frio
Às vezes
tenho pouca linha
mas encaro
o desafio
Às vezes
penso que teço
um caminho
que escolhi
Mas percebo
que havia esboço
do bordado
que teci
Às vezes
fico perplexa
meus bordados
não reconheço
Mas não deixo
um só dia
Sem tentar
um recomeço
Teço
desde que acordo
e só paro
quando adormeço
Mas em sonho
sou intuída
e pra novo dia
eu amanheço
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Palco e plateia
(Imagem-Google Imagens)
Hoje sou plateia
Mas já fui palco
Experimentei os papeis
possíveis
indesejáveis
imperdíveis
jorrando lágrimas
intermediando silêncios
transbordando sorrisos
Experimentei a alegria
e a impregnei
no meu ser
Experimentei a dor
e a fiz ponte
para o aprendizado
Experimentei a decepção
e não a tornei
uma pista escorregadia
Experimentei a felicidade
e a tornei
minha doce companhia
Experimentei a compaixão
e a convidei
para morar comigo
E na plateia
revivo o palco
no inverso
dos papeis vividos
E na plateia
as cortinas se abrem
e me convidam
para um outro momento
de palco infinito
Maria Helena Mota Santos
Hoje sou plateia
Mas já fui palco
Experimentei os papeis
possíveis
indesejáveis
imperdíveis
jorrando lágrimas
intermediando silêncios
transbordando sorrisos
Experimentei a alegria
e a impregnei
no meu ser
Experimentei a dor
e a fiz ponte
para o aprendizado
Experimentei a decepção
e não a tornei
uma pista escorregadia
Experimentei a felicidade
e a tornei
minha doce companhia
Experimentei a compaixão
e a convidei
para morar comigo
E na plateia
revivo o palco
no inverso
dos papeis vividos
E na plateia
as cortinas se abrem
e me convidam
para um outro momento
de palco infinito
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Rio do dia
(Imagem-Google Imagens)
A vida
É uma película sutil
revestida de sonhos
com realidades latentes
É uma fronteira tênue
entre sanidade e loucura
entre alegria e tristeza
É um barco que navega
entres mares e rios
e eventuais chuvas e lágrimas
É uma rota programada
nos ponteiros de uma bússola
sem garantir direção
É navegar o rio do dia
remando sem ter certeza
se fará a travessia
Maria Helena Mota Santos
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Cores da vida
(Imagem-Google Imagens)
(Escrevi Cores da vida, especialmente, para as pessoas que, em contraste com as cores e alegria do Natal, sentem-se num quadro, de cores pálidas, que torna a vida apática.)
Há um quadro pintado em mim
Com uma cor que não planejei
Como mudar o quadro agora
Se com a cor eu não me encantei?
Fiz meu desenho com traços suaves
E um bordado com as linhas do tempo
Fui pintando os espaços vazios
E colorindo todos os momentos
E agora há uma cor neutra e fria
Que destoa com todo meu ser
Eu pintava um dia de sol
E o sol resolveu se esconder
A cor fria não encanta minha alma
Ela fez a minha luz se esconder
Eu preciso encontrar uma forma
De novamente minha luz acender
Vou misturá-la com verde-oliva
E uma alquimia eu vou realizar
Vou retocar os espaços sem vida
E novamente o sol vai brilhar
Maria Helena Mota Santos
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Sapatinho na janela
(Imagem-Google Imagens)
Ontem fiquei na minha janela
Esperando Papai Noel passar
Queria saber em primeira mão
Que presente iria ganhar
Lá pelas tantas horas da noite
Que hoje não consigo me lembrar
Ele acenou lá do seu trenó
Até perto de mim aterrissar
Ele me disse que no momento
Tinha um presente pra me dar
Mas não era só para mim
Era pra quem de mim se aproximar
Pegou minha mão suavemente
E me fez com ele caminhar
Vem, quero lhe mostrar o mundo
Pois seu presente vai encontrar
Mostrou-me olhos tristonhos
E muita gente a perambular
Pela escuridão lá dos guetos
Sem ter sonhos pra sonhar
Após um certo percurso
Ele começou a me olhar
E eu com lágrimas nos olhos
Não sabia o que falar
Ele tocou minha cabeça
Dizendo vá se preparar
A terra já está adubada
Agora sonhos vá plantar
O presente que lhe trouxe
Não vai se materializar
Vai depender de quantos sonhos
Você acender em cada olhar
Maria Helena Mota Santos
sábado, 22 de dezembro de 2012
Menina
(Imagem-Google Imagens)
Ainda sou aquela menina
que encontrou a sua imagem
num grande baile de máscaras
Ainda sou a saudade
que se despediu da infância
sem se desfazer dos brinquedos
Ainda sou a liberdade
de pés descalços na vida
em busca de terra desconhecida
Ainda sou aquela menina
vestida da cor do sonho
acordada na realidade
Ainda sou menina peralta
que desfaz caminhos prontos
pra não perder a cor dos dias
Ainda sou menina sorriso
que acha sempre uma graça
Nas teias tecidas na vida
Maria Helena Mota Santos
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Miragem
(Imagem-Google Imagens)
Eu amo a miragem
que saiu da imagem
que um dia se quebrou
Eu amo as partes
que catei do chão
e refiz com muito amor
Eu amo o possível
que do impossível
se salvou
Eu amo as chegadas
que se originam
das partidas de um amor
Eu amo porque amo
o que seria
um desamor
Eu amo o fim
que dá início
a nova história de amor
Maria Helena Mota Santos
Eu amo a miragem
que saiu da imagem
que um dia se quebrou
Eu amo as partes
que catei do chão
e refiz com muito amor
Eu amo o possível
que do impossível
se salvou
Eu amo as chegadas
que se originam
das partidas de um amor
Eu amo porque amo
o que seria
um desamor
Eu amo o fim
que dá início
a nova história de amor
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Aquarela
(Imagem-Google Imagens)
Caem-me cores
de colores
na minha tela
de plantão
Caem-me tintas
aquarelas
no caminho
da solidão
Caem-me papéis
bem decorados
com enredos
desfocados
Caem-me ideias
desconexas
à espera
dos meus cuidados
Caem-me sentimentos
tão variados
para encenar
no meu tablado
Caem-me silêncios
tão conturbados
como pausas
nos intervalos
Caem-me vidas
desprovidas
de um nexo
programado
Caem-me suportes
que dão norte
pra continuar
minha viagem
Maria Helena Mota Santos
Caem-me cores
de colores
na minha tela
de plantão
Caem-me tintas
aquarelas
no caminho
da solidão
Caem-me papéis
bem decorados
com enredos
desfocados
Caem-me ideias
desconexas
à espera
dos meus cuidados
Caem-me sentimentos
tão variados
para encenar
no meu tablado
Caem-me silêncios
tão conturbados
como pausas
nos intervalos
Caem-me vidas
desprovidas
de um nexo
programado
Caem-me suportes
que dão norte
pra continuar
minha viagem
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Luzes de Natal
(Google Images)
Eu passava por ali
Passos lentos
Distraída
Pensando na vida
Ele estava lá
Deitado na calçada
Na penumbra da noite
Cabeça apoiada num bornal
Barbas compridas
Pele morena
Roupas surradas
Cabelos opacos
Silhueta magra
Olhos fechados
Rascunho de gente
Olhei para a praça
E as luzes piscavam
Anunciando o Natal
Enquanto a sua luz apagava
As luzes do Natal reluziam
As luzes anunciavam o Salvador
E ele precisava de salvação
As luzes anunciavam confraternização
E ele precisava de um pedaço de pão
As luzes anunciavam o amor
E ele precisava de um cobertor
As luzes intensificavam afetos
E ele precisava de um teto
As luzes anunciavam o Redentor
E ele precisava de amor
Enquanto a sua luz apagava
E as luzes do Natal reluziam
A sua esperança tirava férias
E a solidão assumia o posto
Estava ali naquele dia
Não sabia como seria no outro
E as luzes do Natal que reluziam
Só ofuscavam seu rosto
Maria Helena Mota Santos
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Antagonismos
(Imagem-Google Imagens)
Foi quando percebi o todo que descobri a minha exclusividade.
Foi quando estava no meio da multidão que percebi a minha solidão.
Foi quando pensei que estava em terra firme que o chão tremeu.
Foi quando acreditei que estava no fim que tudo começou.
Foi quando me abri em sorrisos que as lágrimas jorraram.
Foi quando mais confiei que conheci a decepção.
Foi quando só tinha amor no peito que a dor apareceu.
Foi quando abri os braços para o mundo que precisei ser acolhida.
Foi quando estava no deserto que apareceram os amigos.
Foi quando estava em pedaços que começou a construção.
Foi quando quase morri que olhei de frente pra vida.
Foi quando tinha motivos para odiar que encontrei razões para amar.
Maria Helena Mota Santos
25/04/2010
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
O silêncio das palavras
(Imagem-Google Imagens)
As palavras se esgotaram
E caíram num poço
Chamado silêncio
Não mais faziam efeitos
E não atravessavam muros
Ouviam o seu próprio eco
E ensurdeciam de solidão
Faziam pares com imagens
Formavam textos
Pincelavam histórias
Não eram reconhecidas
Nem desejadas
No silêncio
Emparelharam-se
E foram ao encontro
Das palavras
Que corriam por dentro
Sem sons
Sem interlocutores
Sem julgamentos
Sem dissabores
Unidas
Escreveram
O silêncio da história
Que iluminava
E enfeitava
O véu da noite
Maria Helena Mota Santos
domingo, 16 de dezembro de 2012
Um peixinho na minha história
(Imagem-Google Imagens)
Olhei pela janela e vi
um lindo domingo de sol!
Que coisa boa!
Fui à praia para uma caminhada.
Comecei a andar,
e vi algo se debatendo.
Ah!
Um peixe naufragou!
Fiquei aflita.
Parei para ajudá-lo.
As ondas iam e vinham,
mas ele não tinha força para ir.
Precisava de ajuda!
Ui!
Que receio de pegá-lo!
E se ele me morder?
Mas este peixe não morde!
Fui ver se arranjava um graveto.
Nada!
Tentei empurrá-lo com o pé.
Não deu!
Medo!
Que vergonha!
Um peixe tão pequeno!
Fui andando e olhando para trás.
De repente, alguém faria o que eu não fiz.
Andei com o peixe, à tiracolo, no coração.
Uma angústia...
Um peso...
Na volta tinha uma esperança:
não encontrar o peixe morto.
Fui me aproximando do lugar...
Uma apreensão tomava conta de mim.
Será que o peixe morreu?
Será que alguém o salvou?
Para minha alegria,
o peixe não estava mais lá.
A onda o levou?
Alguém o salvou?
Não sei!
Provavelmente, nunca saberei.
Aquele minuto não voltará.
E eu não fiz a diferença na vida do peixe.
A única coisa que pude fazer,
foi congelar o peixe numa poesia,
e mostrar para o mundo a minha agonia,
num lindo domingo de sol!
Maria Helena Mota Santos
sábado, 15 de dezembro de 2012
Eu por mim
(Imagem-Google Imagens)
Um dia, quando acordei para vida, eu fiz um esboço pra mim
Rascunhei o meu desenho pretendido para exposiçao no Universo
Identifiquei as tintas que trazia na bagagem
Escutei a primeira melodia que saía de mim
Os tons eram suaves, ternos e alegres
E identifiquei imediatamente as notas do amor
Os braços eram do tamanho de um abraço
Nas mãos trazia sementes das mais variadas espécies
Do meu coração saía um intenso calor humano
Os meus ouvidos captavam sons à distância
O olhar era compassivo e umedecido
E o silêncio era cheio de palavras e metáforas
Nasci da cor da metamorfose
Nasci da cor da amizade
Nasci na cor do amor
Nasci da cor da alegria
Nasci da cor da compaixão
Sou uma poesia itinerante
Em permanente construção
Maria Helena Mota Santos
06/11/2010
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
O que é a vida?
(Imagem-Google Imagens)
A vida é um hábito
De se enxergar
O que se vê todo dia
É embarcar
Em cada porto
Em busca de uma travessia
A vida é um baile de máscara
Que só se revela
No espelho noturno
É uma rua encantada
Onde um mágico invisível
Aponta o mundo
A vida é tudo isso
E tudo aquilo
Que se vê agora
É tudo que poderá vir
Com o pôr do sol
Ou com a aurora
A vida é o que foi
O que é
E o que poderá ser
É uma ciranda que volta
Vestida de esperança
A cada amanhecer
Maria Helena Mota Santos
09/01/2011
A vida é um hábito
De se enxergar
O que se vê todo dia
É embarcar
Em cada porto
Em busca de uma travessia
A vida é um baile de máscara
Que só se revela
No espelho noturno
É uma rua encantada
Onde um mágico invisível
Aponta o mundo
A vida é tudo isso
E tudo aquilo
Que se vê agora
É tudo que poderá vir
Com o pôr do sol
Ou com a aurora
A vida é o que foi
O que é
E o que poderá ser
É uma ciranda que volta
Vestida de esperança
A cada amanhecer
Maria Helena Mota Santos
09/01/2011
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Lembranças
(Google Images)
A cada estrela
uma lembrança
deste tempo
e do tempo da infância
A cada luz
uma fantasia
que anestesia a tristeza
e aciona a alegria
A cada melodia
um acesso à nostalgia
dos tempos de outrora
e cheios de magia
A cada dezembro
explodem emoções
umas trazem euforia
outras trazem solidão
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
A moça e a vida
(Imagem-Google Imagens)
Vejo a moça quieta
enquanto seu coração pulsa
e transcende os limites da pele
Vejo a moça sorrindo
enquanto seu coração sangra
e a dor se dilata em erupções no corpo
Vejo a moça chorando
lágrimas invisíveis e contínuas
que caem nos campos invisíveis do ser
Vejo a moça andando
enquanto seus pés pesam
e deixam marcas no chão
Vejo a moça seguindo
enquanto seus sentidos param
e sua bússola é a solidão
Vejo a moça perplexa
olhando todo cenário
da peça que não escreveu
Vejo a moça atuando
no palco da ilusão
do teatro que lhe impuseram
Vejo a moça, aqui, ali, acolá
em toda parte do mundo
e em outra dimensão
Vejo a moça na dor,
na tristeza, na alegria
no cansaço, na batalha
na coragem, na fé
na garra, no marasmo
na superação, na vitória
na paixão, no amor
na vida
Vejo a moça...
Maria Helena Mota Santos
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Voando feliz
(Imagem-Google Imagens)
Se minha lágrima cai respinga no mundo
Se um sorriso se abre enxuga o respingo
Se eu sou tão pequena em relação ao Universo
Com o fermento do amor cresço até o infinito
Se eu ando calada ouço as vozes de dentro
Se eu ando falando o silêncio se instala
Se eu sou obra inédita e de mim não há réplica
Eu preciso ter fé pra vencer a batalha
Se uma estrela cadente se muda do céu
Se eu faço um pedido pra chuva passar
Se a estrela descer enxugando as gotas
Eu já tenho certeza que o sol vai raiar
Se eu estou num cantinho bem particular
Se vislumbro um mundo que vou conquistar
Se na selva não tem animais predadores
Vou mudando de pele e me deixo guiar
Se uma luz me aponta um caminho no mundo
Se uma voz de comando me manda partir
Se eu sou ser alado sem pressa e sem medo
Vou voando feliz num mundo sem fim
Maria Helena Mota Santos
21/05/2010
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Florzinha
(Imagem-Google Imagens)
Se eu fosse uma florzinha
Bem pequena e delicada
Moraria em um jardim
Não pensaria em mais nada
Iria só enfeitar vidas
E alegraria os ambientes
Seria cúmplice dos amantes
E viveria sorridente
Eu transformaria o orvalho
Em bolinhas de sabão
Para alegrar as criancinhas
Que me carregassem na mão
Pegaria cada pétala
E enfeitaria o caminho
De quem tivesse bem triste
E se sentisse sozinho
Não me prenderia aos jarros
Seria uma flor itinerante
Conheceria as estradas
E chegaria ao horizonte
Maria Helena Mota Santos
08/11/2011
domingo, 9 de dezembro de 2012
Novo tempo
(Imagem-Google Imagens)
O novo tempo
cansou de esperar
e envelheceu
Enquanto esperava
colheu sabedoria
e renasceu
O sábio tempo
não mais esperava
o tempo mudar
Não tinha mais tempo
pra esperar
a vida passar
Apenas andava
Apenas sabia
plantar todo dia
Plantava esperança
Plantava amor
Plantava alegria
Maria Helena Mota Santos
O novo tempo
cansou de esperar
e envelheceu
Enquanto esperava
colheu sabedoria
e renasceu
O sábio tempo
não mais esperava
o tempo mudar
Não tinha mais tempo
pra esperar
a vida passar
Apenas andava
Apenas sabia
plantar todo dia
Plantava esperança
Plantava amor
Plantava alegria
Maria Helena Mota Santos
sábado, 8 de dezembro de 2012
Amor da minha vida
(Imagem-Google Imagens)
Amo ver suas asas
livre das amarras
das normas e dos padrões
Amo ver a sua essência
do lado de fora
bailando com a vida
Amo ver seu dia a dia
acompanhado
do seu melhor eu
Amo ver o seu brilho
num mundo no qual
o SER está em colapso
Amo ver a felicidade
exacerbando a vida
nas suas entranhas
Amo ver a alegria e você
numa mesma parceria
com a vida
Amo ver
o seu pássaro livre
voando na imensidão
Amo a sua parte
que se estende
e faz intersecção
em mim...
Maria Helena Mota Santos
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Cansei
(Imagem-Google Imagens)
Cansei
Da "inveja boa" e da "mentira branca"
Do “quem acredita SEMPRE alcança”
De tantos sonhos sem realidade
De quem não é amigo de verdade
Cansei
Da saudade que traz solidão
De quem machuca e deixa no chão
Das teias falsas que enredam a vida
De quem só cuida da sua ferida
Cansei
Do cansaço que traz apatia
Das lentes foscas que embaçam os dias
Da andorinha que não faz verão
De ouvir gemidos do meu coração
Cansei
De andar sozinha com a multidão
De acreditar sem fazer restrição
Das palavras "tortas" que pincelam a dor
De qualquer coisa que não seja o amor
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Intangível
(Imagem-Google Imagens)
Não sei
Pensava saber
Nada sei
Minhas certezas
São incertas
De portas abertas
Minhas verdades
São vulneráveis
Insaciáveis
Mutáveis
Olho para o alto
Do lado de baixo
Vejo estrelas
Inatingíveis
Majestosas
Soberanas
Olho para o lado
Do lado inverso
Vejo gente
Formando versos
Tragando a vida
Nos seus reversos
Olho para dentro
Do lado externo
Vejo a mim
Com a alma alada
Vestida de sonho
Num caminho
Intangível
Sem fim
Maria Helena Mota Santos
Não sei
Pensava saber
Nada sei
Minhas certezas
São incertas
De portas abertas
Minhas verdades
São vulneráveis
Insaciáveis
Mutáveis
Olho para o alto
Do lado de baixo
Vejo estrelas
Inatingíveis
Majestosas
Soberanas
Olho para o lado
Do lado inverso
Vejo gente
Formando versos
Tragando a vida
Nos seus reversos
Olho para dentro
Do lado externo
Vejo a mim
Com a alma alada
Vestida de sonho
Num caminho
Intangível
Sem fim
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Paradoxo
(Imagem-Google Imagens)
É quando não se tem quase nada pra dar
que brota o melhor que se tem.
É quando as cortinas se fecham
que o espetáculo de si mesmo acontece.
É quando o barco afunda
que se descobre nadadeiras invisíveis.
É quando se está à beira do abismo
que se descobre os pés voadores.
É quando se está na escuridão da noite
que as estrelas se tornam visíveis.
É quando cai chuva torrencial
que o sol aparece mais quente.
É quando a vida traz as dores
que se descobre a força que se tem.
Maria Helena Mota Santos
07/02/2010
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Vestida de poesia
(Imagem-Google Imagens)
Fecho os olhos
Há outros sonhos pra sonhar
Se alguns deles se foram
Coloco outros no lugar
A vida é realidade
Vestida de fantasia
É uma linha tênue
Que segura cada dia
Se acordo e me sinto
Tenho vida ao meu dispor
Só preciso decidir
Qual será a minha cor
Pinto-me de aurora
Ou apenas anoiteço
Mostro a minha cara
Ou me coloco pelo avesso
Se acordo e sinto o pulso
Das sensações que arrebatam
O que antes era amargo
São sabores que me salvam
Se chegar o amanhã
E minha vida me acordar
Vou me vestir de poesia
E sair pra levitar
Maria Helena Mota Santos
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
O mundo gira
(Imagem-Google Imagens)
O que ontem era verdade
Hoje pode ser apenas uma lembrança
Porque a vida é uma roda que gira
E nem sempre se está do lado da luz
Luz e sombra se revezam todo tempo
O que foi um dia ainda poderá ser
Só o tempo é uma caravana que passa
E não dá chance pra quem perdeu a viagem
O que ontem era tristeza
Amanhã pode ser o palco da alegria
Pois as lágrimas são reversos de sorrisos
A dor é o terreno fértil do prazer
E a saudade é um tempero necessário
Para quem embarcou nas teias do amor
O que ontem era fundo do poço
Hoje pode ser um despertar luminoso
Pois quem chega lá no fundo
E conhece o mais profundo
Pode descobrir novas sementes
Dentro do espaço solitário da dor
E nessa ciranda da vida
Cada ser é eco das suas palavras
Cada ser patenteia a sua ação
E cada dor ou amor que se espalha
Vai impregnando seu percurso
Fundamentando o seu discurso
Enquanto a vida segue seu curso
Maria Helena Mota Santos
domingo, 2 de dezembro de 2012
Instante
(Imagem-Google Imagens)
No passar das horas
Que antecedem outro instante
Eu sou um pé adiante
Do que era antes
Sou a interrogação sem pausa
E a possibilidade das reticências
Não marco limites no caminho
O mundo é o meu ninho
Quando não estou nas alturas
A terra é meu porto seguro
Se desço pra superfície
O universo me chama
E algumas vozes clamam
Pra me vestir de infinito
Olho para o chão e fico zonza
Com a habitualidade da dança
Que rodopia no mesmo lugar
E quando olho para o alto
O meu ser já fez o traslado
E me chama pra voar
Maria Helena Mota Santos
sábado, 1 de dezembro de 2012
Não há solidão
(Imagem-Google Imagens)
Não há solidão
Enquanto existir amigo
Que seja abraço
Que seja abrigo
Em qualquer hora
Quando for preciso
Não há solidão
Enquanto existir amigo
Que seja sorriso
Que seja esperança
E que seja um ombro
Em qualquer circunstância
Não há solidão
Enquanto existir amigo
Que seja escuta
Que seja palavra
E seja uma bússola
Na íngreme estrada
Não há solidão
Enquanto existir amigo
Que retire dos pés
Os grandes espinhos
E enfeite de flores
O nosso caminho
Maria Helena Mota Santos
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