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terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Feliz Ano Novo!

Era uma vez um ano desvendado que se preparava para partir....O seu ciclo estava chegando ao fim.Era a hora da travessia!
Ele estava pleno e seguro de que precisaria ceder o espaço para o novo. Já não fazia sentido repetir os papeis no palco da vida!
Percebeu que o novo protagonista estava tão perto que já podia ser visto quase na linha de chegada. Sobravam-lhe poucas horas...
Um foi em direção ao outro! Precisariam cumprir o ENCONTRO MARCADO!
No último segundo, os dois se abraçaram e houve uma explosão de euforia que representava não só alegria mas, sobretudo, a esperança de novos momentos, de novos desafios, de novas possibilidades de escrever uma nova história!
E o ano novo ficou perplexo com tanta comemoração na sua chegada!
Era tudo novo...Ele estava sozinho... O ano velho tinha soltado a sua mão...
Olhava, embevecido, as pessoas acenando, brindando, cantando, sorrindo, chorando, saudosas, amando... pulando sete ondinhas... colocando flores no mar...
Quanta emoção! Era tudo tão intenso!
E foi naquele momento que se deu conta da sua grande responsabilidade ao entrar na vida daquelas pessoas.
Percebeu que precisaria superar seu antecessor porque a multidão tinha grandes expectativas.
Mas ele já sabia que a felicidade é um exercício diário e não necessariamente uma mudança de calendário...
Como faria para ser intitulado de um ANO BOM, na sua hora de partir, se algumas pessoas não atingissem suas expectativas?
Entendeu que precisaria, suavemente, colocar o pé no chão e fazer de cada dia, da sua passagem, uma nova oportunidade de cada ser escrever uma página da sua história valorizando cada sentimento que entrasse em pauta!
E no primeiro dia, pós-euforia, pós- planejamento, pós- promessa... ele estava letárgico, sonolento... “de ressaca”! Foram muitas emoções!
Sabia que precisaria de delicadeza... Era recém-nascido!
Percebeu as cortinas de um novo tempo que se abria e ele podia ler:

Bem-vindo 2020

Maria Helena Mota Santos

sábado, 28 de dezembro de 2019

Novo tempo


O novo tempo
cansou de esperar
e envelheceu

Enquanto esperava
colheu sabedoria
e renasceu

O sábio tempo
não mais esperava
o tempo mudar

Não tinha mais tempo
para esperar
a vida passar

Apenas andava
Apenas sabia
plantar todo dia

Plantava esperança
Plantava amor
Plantava alegria

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Natal


A cada estrela
uma lembrança
deste tempo
e do tempo da infância

A cada luz
uma fantasia
que anestesia a tristeza
e aciona a alegria

A cada melodia
um acesso à nostalgia
dos tempos de outrora
e cheios de magia

A cada dezembro
explodem emoções
umas trazem euforia
outras trazem solidão

Maria Helena Mota Santos

domingo, 22 de dezembro de 2019

Meu sonho


O meu sonho
é seguir sonhando
e pintando cores
no meu dia a dia

Tenho o sonho
de sonhar
com a realidade
vestida de fantasia

O meu sonho
é flutuar
nas asas leves
da poesia

Tenho sonho
de escrever
versos de amor
todos os dias

O meu sonho
é não me opor
ao sonho
que se insinua

Tenho sonho
de plantar
e regar a flor
de cada rua

O meu sonho
é levitar
e conhecer
o infinito

Tenho sonho
de deixar o mundo
bem mais pertinho
do paraíso


Maria Helena Mota Santos

sábado, 14 de dezembro de 2019

Pequenina flor


Seria uma parte ingênua e romântica
Se não tivesse caído nas mãos do tempo
E não se fizesse dor e sofrimento
E renascesse para outro portal da vida

Seria apenas uma flor de asa pequenina
Que nem tomaria consciência que voa
E se prenderia ao chão por muito tempo
E não conseguiria ultrapassar fronteiras

Foi quando caiu nas mãos do tempo
Das dores e das tempestades
Que conheceu o sol mesclado com chuva
E a brisa misturada com ventania

Conheceu terras áridas e jardins
E espinhos morando em flores
Em busca da paz encontrou guerra
E conheceu as noites sombrias

Nas voltas que o mundo dá
Conheceu a luz e a sombra
Conheceu a imensidão e o vazio
E o rio que virou mar

Nas mãos sábias do tempo
Conheceu lugares imperdíveis
Fez-se canção todo tempo
Com as notas de cada momento

E a parte ingênua abriu asas
E agora voa pelos cantos do mundo
Com a leveza de uma águia
Em busca do eu mais profundo

Maria Helena Mota Santos

16/10/2010

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

A rotina da liberdade


Não há liberdade que não vire rotina
Pois estamos limitados pela linha do tempo
E qualquer lugar que se trilhe aqui na terra
Tem um limite imposto pelo diâmetro do céu
Se não seguir
Há a rotina da parada
Se seguir
Há a rotina da caminhada
Se existe busca
Há o limite do encontro
Se não busca
Há o limite do desencontro
E a rotina se estabelece nas linhas do corpo
Que colocam o andar do ser preso ao chão
Então só tem liberdade ilimitada
Aquele que viaja sobre as asas
De uma terra chamada imaginação

Maria Helena Mota Santos

18 09 2010

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Transparência


Quero olhar dentro de mim
Sem máscara
Sem caleidoscópio
Sem subterfúgio
Sem brincar de esconder
Quero encarar o que dói
O que cicatrizou
A ferida que apenas fechou
Mas desperta a cada pesadelo
Quero dançar comigo mesma
Na sinfonia do momento
Sem valsa encobrindo samba
Sem samba encobrindo valsa
Quero bailar no salão da vida
Vida Real sem fronteiras
Vida sem grilhões
Quero dar o grito certo
No lugar certo
Quero sonhar
Sem me esconder de mim
Quero ir
Quero vir
Quero falar palavras presas
Quero falar de pensamentos
De sofrimento
De alegria
Quero escutar o companheiro
Sem misturá-lo comigo mesma
Quero passear com o amigo
Sem interferir no seu mundo
Quero ser eu
Sem pedir desculpas
Quero ser autêntica
Quero partir do mundo um dia
Sem a sensação de agonia
Ao descobrir que vivia
Uma utopia

Maria Helena Mota Santos

08/05/2010

domingo, 1 de dezembro de 2019

Dezembro chegou!!!!


A cada estrela
uma lembrança
deste tempo
e do tempo da infância

A cada luz
uma fantasia
que anestesia a tristeza
e aciona a alegria

A cada melodia
um acesso à nostalgia
dos tempos de outrora
e cheios de magia

A cada dezembro
explodem emoções
umas trazem euforia
outras trazem solidão

Maria Helena Mota Santos