quinta-feira, 27 de setembro de 2018
Em companhia da alegria
Capturei a alegria
Que passava sorrateira
Lá na terra da infância
E a fiz minha companheira
Desde então ela me segue
Ancorada num sorriso
Quando cai um temporal
Ela se torna meu abrigo
Às vezes fica implícita
Num momento de tristeza
Mas logo reaparece
Mostrando sua beleza
Ela espanta o pessimismo
E algema a solidão
Sempre tenho companhia
Num cantinho do coração
Às vezes cai numa lágrima
E se transforma em sorriso
Nessa ciranda perfeita
Faz da vida um paraíso
Eu a percebo em toda parte
No céu, na terra e no mar
Em cada momento vivido
E no meu coração a pulsar
Maria Helena Mota Santos
domingo, 23 de setembro de 2018
Cores da vida
Estou à procura de uma cor
Que transforme uma tela
Dando um toque especial
De uma linda aquarela
Procuro uma cor marcante
Talvez seja a mais bela
A cor que enfeita o mundo
Quando se está na primavera
Quero uma cor estonteante
Que realize uma alquimia
Que traga em si a mistura
Da tristeza com a alegria
Quero a cor da cor dos olhos
De quem traz amor no coração
Quero a cor que de tão bela
Inspire a mais bela canção
A cor que eu tanto procuro
Nem é quente nem é fria
É a mistura de todas as cores
Que enche o mundo de magia
Maria Helena Mota Santos
26/11/2011
terça-feira, 18 de setembro de 2018
Encontro marcado
O mundo desaparece
As vozes silenciam
E tudo se resume
A uma só companhia
Os sentidos se entrelaçam
Em clima de comunhão
Os olhos tocam a alma
E invadem o coração
O encontro está marcado
Numa estrada sem fronteira
A história de um instante
Vale por uma vida inteira
Não há nada que atrapalhe
Ou que cause sofrimento
Tudo é da cor do amor
No recorte do momento
Maria Helena Mota Santos
sábado, 15 de setembro de 2018
O que restou
Hoje eu não trouxe nada
Trouxe parte do tudo que restou
Trouxe a minha essência
A minha carência
E a vontade de plantar flor
Hoje eu não trouxe tudo
Trouxe o quase nada que restou
Trouxe o meu carinho
A minha compaixão
E o desejo de semear amor
Maria Helena Mota Santos
segunda-feira, 10 de setembro de 2018
Aprendi com a vida
Aprendi tanto
e
tão pouco
diante do que está disposto
nas infinitas possibilidades
dessa vida
Aprendi a olhar
e ver
nas entrelinhas do viver
e
que é no silêncio
que se constroem as armadilhas
Aprendi a sentir
sem falar
o que está a me espreitar
e
que no escuro
posso enxergar melhor a luz
Aprendi a andar
sem caminhar
só pelas vias do pensar
e
que as palavras
têm subterfúgios inimagináveis
Aprendi a amar
sem condição
sem obstruir o coração
e
que amores vêm
e amores vão
Aprendi a abrir as asas
sem direção
voando com o coração
e
que eu sou
um poema em construção
Maria Helena Mota Santos
14/11/2011
terça-feira, 4 de setembro de 2018
Inusitado
Não era por ali
Mas fui
Se era pra ficar
Segui
Aviso de perigo
Não li
Nasci com asas
Parti
Maria Helena Mota Santos
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