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quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Medos


Meus medos
já não são medos
São coragens
disfarçadas
São sinais
de uma mudança
No percurso
da estrada

Meus medos
já não são medos
São disfarces
de um novo tempo
São desafios
na vida impostos
Pra pintar
novos momentos

Meus medos
já não são medos
São asas
de proteção
São versos
do meu reverso
Que faz pulsar
o coração

Maria Helena Mota Santos

11/12/2011

sábado, 21 de janeiro de 2023

O encanto de Ser


Tinha as asas de um pássaro e pousou perto do céu
Escolheu uma estrela e a trouxe pra sua estrada
Pegou uma nuvem branca e se deitou sobre ela
Brincou com o sol e bronzeou os seus dias
Esperou pela lua e a fez iluminar suas noites
Encontrou um cometa e embarcou na sua cauda
Encantou-se com Saturno e usou o seu anel
Encontrou um arco-íris e ganhou um pote de ouro
Viu o esboço de Deus e desenhou sua fé
Tinha os olhos coloridos e enxergou o invisível
Escolheu ver as cores nos quadros neutros da vida
Pegou uma varinha mágica e encantou corações
Brincou com a incerteza e enfrentou a viagem
Esperou a alegria e dispensou a tristeza
Encontrou um atalho e preferiu um caminho
Encantou-se com a vida e enfrentou os percalços
Encontrou um anjo e herdou sua leveza
Viu o esboço de Deus e desenhou seu amor

Maria Helena Mota Santos


13 03 2010

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Miragem


Eu amo a miragem
que saiu da imagem
que um dia se quebrou

Eu amo as partes
que catei do chão
e refiz com muito amor

Eu amo o possível
que do impossível
se salvou

Eu amo as chegadas
que se originam
das partidas de um amor

Eu amo porque amo
o que seria
um desamor

Eu amo o fim
que dá início
a nova história de amor


Maria Helena Mota Santos

sábado, 7 de janeiro de 2023

Linha do tempo


Não teço
cada dia
com linhas quebradas
pelo tempo
Em cada amanhecer
pego outra linha
e bordo
novo momento

Às vezes
de cores pálidas
Às vezes
de cores firmes
Eu valorizo
cada cor
A cor alegre
e a cor triste

Às vezes
teço pelo avesso
com as mãos trêmulas
de frio
Às vezes
tenho pouca linha
mas encaro
o desafio

Às vezes
penso que teço
um caminho
que escolhi
Mas percebo
que havia esboço
do bordado
que teci

Às vezes
fico perplexa
meus bordados
não reconheço
Mas não deixo
um só dia
Sem tentar
um recomeço

Teço
desde que acordo
e só paro
quando adormeço
Mas em sonho
sou intuída
e para o novo dia
eu amanheço

Maria Helena Mota Santos

09 09 2014