sexta-feira, 5 de março de 2010
A valsa do dia
A valsa lenta desse dia que começa
Faz-me dançar acompanhando as mãos da vida
Que traz o tempero específico do momento
Sem levar em conta se machuca minha ferida.
É a sensação de um novo dia que começa
Onde se nasce para uma dança com o universo
Onde sonhando posso negar o que está óbvio
E desviar pelos caminhos mais diversos.
Um calafrio na hora da dança se apresenta
E uma febre ao bailar meu corpo toma
Eu sinto forte a dor que queima no meu peito
E minha vida fica dançando numa redoma.
O sol anêmico me parece tão distante.
Mas com a lua o amanhã logo virá
Se estiver viva terei que comparecer
Pra outro ritmo dessa dança acompanhar.
E a vida segue sem trazer nenhum desfecho
É uma suspensão temporária e salutar
Recarregando a energia salvadora
Pra novamente em outro palco aterrissar.
Maria Helena Mota
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