sábado, 27 de março de 2010
Na janela da vida
Quando despertei pela manhã acordei para a vida.
Enxergava além da trilha que meus olhos alcançavam.
Escutava de uma forma inédita e diferenciada.
Ouvia os sons inaudíveis presentes no meu universo.
Os meus gestos já não precisavam de palavras para fundamentá-los.
A sincronia entre mente e corpo me dava uma paz inimaginável.
Olhei o mundo lá fora, pela minha janela particular, e vibrei!
Havia um sol visível e dourado que não ofuscava o meu olhar.
Nossos raios se encontravam e não entravam em choque.
Da janela da minha alma pude olhar também pra dentro de mim.
E me enxerguei mais do que eu queria mostrar.
Estive em minha companhia por um longo tempo.
Fiz reparos e renovei as antigas estruturas.
Sem pressa de voltar à margem fui me ninando e me encantando.
Adormeci nos braços do tempo e fui carregada pra outra paisagem.
Fiquei assim, sem pressa... sem ontem... sem amanhã...
Maria Helena Mota
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