domingo, 7 de março de 2010
Recaída
Parece que a dor voltou para sempre
Que a apatia nunca será movimento
O olhar se fixa num ponto sem vê-lo
As palavras se afogam no poço das lágrimas
Um grito abafado ecoa no peito
E queima enjaulado querendo sair
Os passos do tempo são lentos e tristes
E trazem uma canção sem nota e sem ritmo
A dor toma o corpo, a alma, o infinito
E se faz única dona de um terreno baldio
É preciso chegar um pronto-socorro
E um soro amigo que hidrate a alma
É preciso esperar pela força do tempo
Se houver tempo pra essa força brotar
É urgente catar esperança agora
E tentar liberar essa dor de sofrer
Deixar se render é perder toda graça
De desvendar o mistério que há pra viver.
Maria Helena Mota
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