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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A flor e o espinho



(Imagem-Google Imagens)

Era uma vez uma mulher que tinha a ingenuidade de uma menina e, de repente, foi convidada a acordar de um sonho encantado.
Acordou assustada, esfregando os olhos, pra ver melhor o que estava por detrás das cortinas daquele palco e cenário que lhe indicaram.
Percebeu um cenário disforme e seus olhos não acreditavam naquela peça que escreveram pra que ela representasse, sem terem pedido a sua permissão.
Não tinha mais volta. Já estava acordada. O susto era real. Já estava no palco. A plateia já estava presente! Todos já sabiam que ela era coadjuvante de uma história que fora escrita com pinceladas de silêncio!
Nem precisou se beliscar pra ter certeza que a história era real. Teve que representar! Já não tinha escolha!
Escolheram por ela enquanto, com abraços silenciosos e manifestações de apreço, embalavam seus dias de sonho.
E ela que vivia num palco encantado só tinha percebido, no jardim da vida, a beleza da flor. Faltava aprender uma grande lição: algumas flores têm espinhos mesmo que estejam nas “entrelinhas do sorriso”.
Negou o espinho e o cenário. Ficou estática! Ficou perplexa! Ficou em “coma” emocional.
Aquela flor tinha enfeitado sua vida por longos anos. Era inacreditável que tivesse espinhos imperceptíveis!
Após o primeiro momento, a dor provocada, despertou-a para a selva.
E ela atônita procurou o ombro de si mesma. Não conseguia verbalizar tamanha dor.
Foram dias de chuvas torrenciais que inundaram o seu jardim florido.
Mas as cortinas novamente se abriram e o diretor cobrou a sua atuação.
Ela fora obrigada a entrar no palco com o coração em pedaços. E sua alma tímida quase abortou com a exposição.
Mas ela se encantou com a dor e o parto aconteceu! Com a ajuda das flores da amizade ,de jardins bem próximos e distantes ,transformou a dor numa mágica ponte para um renascimento.
E, sobreviveu........
E já ensaia projetos de viver a vida intensamente!!!!!!!

Era uma vez.... e a história continua.....


Maria Helena Mota

4 comentários:

  1. surpreendentemente fantástica tia Helena a senhora!!!Bração apertado!!!

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  2. Realmente, não "Era uma vez...", e sim, "Está sendo... É uma vez" e serão quantas vezes quiser prosseguir algum ponto final. A história só termina quando o livro se fecha, e a sua vida está aberta para as emoções, você se fez capaz de viver e sentir as emoções como um "artista" é capaz de viver vários personagens. O seu livro continua sendo escrito, e já nos revelou grandes lições!! OLHA SÓ O QUE ESTE BLOG ESTÁ PROVOCANDO: O QUE HÁ DE MAIS INTENSO NO SER HUMANO, AS PALAVRAS - recheadas com vírgulas, dois pontos, reticências... Aqui, não precisa de inspiração, as PALAVRAS correm conforme o pulsar do coração... TE AMO!! P.S. Meus olhos são lágrimas de satisfação.

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  3. Como não admirar uma mulher como vc, hein? Sou fã de carteirinha. Parabéns, tb, pelo dom de saber usar as palavras. Vc é brilhant. Bjo grande.

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  4. Esse texto me remete a fase da maturidade, quando todos nós ainda vivíamos uma infância linda e inocente, desenhávamos rosas no papel sem espinhos, porque, para nós, nada remetia dor, a não ser ir ao dentista e passar o "motorzinho".
    Depois que crescemos, e temos que encarar uma verdade mais dura que cobra de você uma coisa chamada "responsabilidade", a vida parece que fica um pouco mais pesada, e quando pegamos o papel desenhar a rosa cria espinhos, porque a partir de então sabemos que algumas coisas/pessoas realmente poderão nos machucar. Mas a presença de Deus, da família e dos amigos ao nosso lado é essencial para que, quando cairmos, tenhamos um suporte que nos erga.

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