domingo, 28 de fevereiro de 2010
Asas partidas
(Imagem-Google Imagens)
Bateu as asas e veio feliz pousar no seu ninho
e na chegada percebeu que algo estava no ar.
Intuiu que o gosto da realidade se fizera presente
e demorou a acreditar no quadro que estava pintado.
Teve que encarar a exposição que estava à sua frente,
e ficou sem respostas para um turbilhão de perguntas.
Mesmo perplexo com o novo cenário,
tornou-se lenço para enxugar muitas lágrimas,
enquanto via o seu castelo cair por terra.
Protegeu, escondeu sua dor e inverteu papeis.
Mas, inquietava-se no sono e dormia em pesadelos
e na noite era ele quem precisava de abrigo.
Percebeu sua impotência diante das circunstâncias
e suas lágrimas começaram a cair de forma invisível.
Rendeu-se ao que não podia ser mudado
e na sua inquietude, aquietou-se no braço do tempo.
Chegará a sua hora de alçar um novo voo.
E ao olhar para trás verá que não é mais aquele menino
que partiu um dia encantado com o mundo.
Verá que é um homem com as asas abertas
em busca do infinito de si mesmo.
Maria Helena Mota
(Postado diretamente de Copacabana)
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