sábado, 7 de julho de 2012
Pequenina flor
(Imagem-Google Imagens)
Seria uma parte ingênua e romântica
Se não tivesse caído nas mãos do tempo
E não se fizesse dor e sofrimento
E renascesse para outro portal da vida
Seria apenas uma flor de asa pequenina
Que nem tomaria consciência que voa
E se prenderia ao chão por muito tempo
E não conseguiria ultrapassar fronteiras
Foi quando caiu nas mãos do tempo
Das dores e das tempestades
Que conheceu o sol mesclado com chuva
E a brisa misturada com ventania
Conheceu terras áridas e jardins
E espinhos morando em flores
Em busca da paz encontrou guerra
E conheceu as noites sombrias
Nas voltas que o mundo dá
Conheceu a luz e a sombra
Conheceu a imensidão e o vazio
E o rio que virou mar
Nas mãos sábias do tempo
Conheceu lugares imperdíveis
Fez-se canção todo tempo
Com as notas de cada momento
E a parte ingênua abriu asas
E agora voa pelos cantos do mundo
Com a leveza de uma águia
Em busca do eu mais profundo
Maria Helena Mota Santos
Assinar:
Postar comentários (Atom)
moça-poesia...
ResponderExcluirte ler é um presente... o equilíbrio dessa poesia é fascinante e ao final o desfecho não poderia ser mais doce, como a leveza do voo de uma águia...
moça sua poesia brota de um jeito que cresce dentro da gente e se espalha pela alma, pelo coração e repousa no nosso olhar...
lindo!
estava com saudades, agora acabei a pós e estou voltando devarzinho.
Beijo gigante nesse coração!
Su.