(Imagem-Google Imagens)
Existe uma fronteira entre o barulho e o silêncio
Onde o marasmo se anuncia como antídoto salvador
E a inércia entra em cena nivelando o prazer
E faz da vida uma constante desvelada ao anoitecer
Na fronteira o sol nasce com anemia nos seus raios
E a lua rende o turno numa penumbra sonolenta
E se disfarça entre as nuvens circundada por um anel
Que impede a liberdade de fulgurar no alto céu
Na fronteira a vida é morna e regurgita sentimentos
Que se instalam à flor da pele de uma forma bem latente
Choram mágoas na rigidez de uma tez que se reprime
E com mecanismos de defesa no dia a dia se eximem
Na fronteira a dor letal é disfarçada num sorriso
O dia segue emudecido e tem na noite seu abrigo
Pra se mostrar sem a fantasia do prazer adormecido
E chora a dor que há detrás da contração de um sorriso
Maria Helena Mota Santos
terça-feira, 8 de maio de 2012
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Poesia linda, como sempre encontro aqui!!beijos,tudo de bom,chica
ResponderExcluirHelena,
ResponderExcluirNa fronteira há uma linha
que separa o real do imaginário,
uma cortina,
uma concertina
uma janela de ilusões,
um portal, um sinal
proibindo voltar ao contrario.
Há sorrisos mil, canções
e, até desilusões.
Há o ir e não voltar
há o nascer,
crescer e morrer.
Chorar , cantar.
Há o ter e haver
Há luz na tua candeia
há palavra que encandeia
Há a vida que incendeia,
cidade e bairros de lata
gente,sentada na cadeira
outros que não se sentam,
e, preferem a lareira
Há o tudo
e,nada!
Abraços sem fronteira,
Amigo Adriano, que beleza de interação! Você capta a essência da minha poesia e tece maravilhosamente outra produção! Obrigada, poeta sem fronteira!
ResponderExcluirLinda poesia... como todas as outras é claro, escrita com palavras sabias que fazem refletir e tocam no fundo da alma!!!
ResponderExcluirbeijos