segunda-feira, 26 de março de 2012
Raiou o sol
(Imagem-Google Imagens)
Num lugar imprevisível
Sem visibilidade
Cheio de nuvens
Com chuvas torrenciais
Com a lentidão do tempo
Com a inércia das palavras
Com a palidez do sorriso
Com a fraqueza do corpo
Com a desolação da alma
O dia raiou
Raiou o sol
Montado nos raios da esperança
Chegou a brisa
Montada numa rajada de vento
Chegou a bonança
Desfazendo a tempestade
Chegou a ajuda
Vinda de outras paragens
A inundação seguiu o curso do rio
O lamaçal foi absorvido pelo chão
Casas caídas renasceram em construção
Os desamparados se agruparam em união
E a aurora da esperança apareceu
A fé do povo a todo mundo comoveu
Pois sem ter nada as mãos para o céu ergueu
E em sinceras preces suplicou o olhar de Deus
Maria Helena Mota Santos
12/07/2010
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Helena,
ResponderExcluirDepois da tempestade
vem a bonança,
este teu poema
é um hino à esperança.
Do vendaval,chuva aos potes
no lamaçal da alma da gente
levantamos do chão
rejuvenescidos e fortes.
Dos desamparados a norte
chegou a boa nova
um só lágrima de sangue,
dorida,transmutada
redimiu a todos sem excepção,
no continente
e, ninguém ficou indiferente.
Agradecemos com a mais bela canção
que é a vida da gente,
enfeitada em oração
no centro do coração.
Abraços,
Amigo Adriano, sua poesia encanta pela sabedoria e pela suavidade! Você tem um olhar muito apurado para perceber a realidade sem perder o encantamento da beleza ao redor. Adorei! Obrigada!
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