sexta-feira, 30 de março de 2012
Andança
(Imagem-Google Imagens)
Andava diferente na mesma trilha que caminhara outrora
Escutava os ecos dos seus passos em companhia da aurora
Não chorava, não sorria, nenhum sentimento aparecia
Não havia sonhos, nem encanto e nem magia
No passo rápido abrigava a lentidão das horas
Num tempo que não lhe trouxe glória
Tinha pressa mas não queria correr com o vento
Preferia esperar a inexatidão do tempo
E no paradoxo do viver
Mesclava o escuro da noite com o amanhecer
E entristecia com o sorriso aberto
Embalando as lembranças do seu universo
E, assim, caminhava para o acaso
Sem a certeza de quem se tornou de fato
Maria Helena Mota Santos
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Linda e com a devida profundidade!!beijos,tudo de bom,lindo fds!chica
ResponderExcluirHelena,
ResponderExcluirNão tinha tempo
para chorar ou sorrir.
porque aceitou a empreitada
que não deu em nada.
Apostou em tudo
qual sortudo,
trocaram-lhe as voltas
voltou à estaca zero
neste paradoxo
de vida.
Embalado nas lembranças
do seu tempo de criança
por veredas e caminhos,
quase sempre só,
outras vezes, sozinho
De andar coxo
até mete dó.
As andanças,
qual constante,
o que fora ontem, só por mero
acaso, amanhã será diferente.
Assim, doente
nunca poderá viver contente.
embalado no azar,
como poderá ser gente?
Helena a vida tem destas coisas.Fizeste um retrato fiel em forma de poesia, de quem se perdeu e tem dificuldade em se encontrar.O teu olho clínico de psicóloga.
Abraços e bfs.
SABER QUEM SOMOS REALMENTE É UMA TAREFA QUE AS VEZES NOS CONFUNDE UM POUCO,POIS PODEMOS SER MUITOS DENTRO DE NÓS MESMOS!!
ResponderExcluirLINDO E ABENÇOADO SÁBADO PARA VC!
BEIJO
Adriano, ando no meu mundo e no mundo externo, olhando em volta! Se você me perguntar que roupa alguém vestia, talvez não me lembre. Mas se você me perguntar o que captei no olhar, nos gestos, no andar... provavelmente falarei muito sobre o assunto. Minhas poesias nascem assim! E a suas poesias, pelo que vejo, assim também! São maravilhosas! Obrigada a você pelo carinho e as amigas Chica e Eliana!
ResponderExcluirHelena,
ResponderExcluirDe facto, as minhas nascem, nem sei bem como.Não me preocupo com a rima.Tento sedimentar uma ideia, um fio condutor.Um modo de interpretar uma realidade, assim ao jeito, de quem analisa uma pintura.
Eu é que agradeço os elogios, porque, o talento é todo seu.
Abraços