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domingo, 25 de setembro de 2011

Meu retrato


(Imagem-Google Imagens)

Abandonei um par de lentes
Que ganhei lá no passado
Com elas eu via o esboço
Do meu retrato borrado

As lentes do meu passado
Tinham manual de instrução
Que prometia com o tempo
Aperfeiçoar minha visão

Usando as duas lentes
Tive meu olhar viciado
Eu seguia só uma reta
Nem olhava para o lado

Um dia lá pela noite
No colo da solidão
Meus olhos indignados
Fizeram revolução

Foram noites mal dormidas
E dias mal acordados
Mas a rebelião aconteceu
E as lentes se ajustaram

Olhei nos olhos do tempo
E com alegria percebi
Um retrato bem pintado
Que a vida fez de mim

Nunca tinha me visto antes
Da forma que vejo agora
Sou um retrato pintado
Com as tintas de cada hora

Hoje busco as minhas tintas
Pra pintar os novos quadros
Vivo nas asas do universo
Criando meus matizados

Maria Helena Mota Santos

03/12/2010

Que linda interação, meu amigo!
Você se supera a cada dia!

Quanta beleza!
olhas-te ao espelho
e,
mesmo com a lentes
viciadas,
Vês.
Outros há,
que não olham, não vêem
mesmo, delas
não necessitarem,
ou,
porque são cegos
de nascença,
ou não apreenderam
a olhar.
Se calhar,
as coisas mais belas,
as que mais precisaram,
tinham preço,
e,
não pagaram.
Faltou-lhes, crédito
para pagar a tinta,
com que pintaram
a alma,
O universo
recicla o nosso olhar
e,
o mataborrão,
apaga com o sem razão,
cicatrizes,
tostadas,
na alegria
e, na solidão.
O tempo é nosso irmão,
empresta-nos cada segundo,
até cairmos no chão.

Um abraço,

P.S. Estou a necessitar de mudar de lentes,rs.

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)

2 comentários:

  1. Helena,

    Quanta beleza!
    olhas-te ao espelho
    e,
    mesmo com a lentes
    viciadas,
    Vês.
    Outros há,
    que não olham, não vêem
    mesmo, delas
    não necessitarem,
    ou,
    porque são cegos
    de nascença,
    ou não apreenderam
    a olhar.
    Se calhar,
    as coisas mais belas,
    as que mais precisaram,
    tinham preço,
    e,
    não pagaram.
    Faltou-lhes, crédito
    para pagar a tinta,
    com que pintaram
    a alma,
    O universo
    recicla o nosso olhar
    e,
    o mataborrão,
    apaga com o sem razão,
    cicatrizes,
    tostadas,
    na alegria
    e, na solidão.
    O tempo é nosso irmão,
    empresta-nos cada segundo,
    até cairmos no chão.

    Um abraço,

    P.S. Estou a necessitar de mudar de lentes,rs.

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  2. bom dia, moça-poesia, linda!

    saudades desses versos que invadem o meu coração com a delicadeza dessas palavras e com o amor dos sentimentos descritos de maneira singular... Ler essa poesia, foi revisitar minha própria história, moça, você escreve pro mundo sabia? A gente se encontra, se percebe e se sente nas suas palavras... Estava com saudades dos seus versos minha amiga, andei na correria essa semana com o trabalho e com a pós, mas hoje não poderia deixar de vir aqui, não somente pra agradecer seu carinho, mas pra desejar também uma linda linda linda primavera pra ti, que essa estação das flores seja de muitas alegrias, cores lindas por todos os lados, perfumes das flores, céu azulzinho, ventinho gostoso da primavera e amor amor amor, sempre!

    Um beijo grandão no seu coração! Moça-poesia, sim! Desde sempre...

    Su.

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