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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

No calor do abraço


(Imagem-Google Imagens)

Na lentidão das horas sofridas
No fogo que arde no peito
Em dias de inverno intenso
Nas lágrimas que jorram
Em ritmo acelerado
Molhando os dias quentes
Há um paradoxo evidente
Que faz o frio da dor
Arder em altas chamas
E congelar os dias, de repente

Na lentidão do lado avesso ao sol
Na íngreme estrada que se abre
Na sombra da luz
Mesmo em dias lindos lá fora
Onde as sementes são plantadas
Para que as flores brotem
E os pássaros cantem
Há um paradoxo evidente
No lado de dentro da alma
Onde a estação é o inverno
E as lágrimas embaçam o sorriso

Mas há de chegar um sol interior
Que degele o frio da dor
E libere a alma
E faça brotar flores bonitas
Com pássaros cantando felizes
E que acione pensamentos altivos
Que sejam senhas de novas estradas
Onde possa se sentir o calor do abraço
Que aquece o frio da dor
Com as notas de uma canção de amor

Maria Helena Mota Santos

2 comentários:

  1. Amiga,
    Conhece aquele poema de Fernando Pessoa..."Cai chuva do céu cinzento/Que não tem razão de ser/Até o meu pensamento/Tem chuva nele a escorrer."
    O que vale é que chega sempre...como no seu poema, esse "sol interior"...
    BEIJOS

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  2. Sou fã dos seus textos há muito tempo. Quero deixar aqui, minha incondicionalidade sobre a qualidade, também, dos complentos das suas palavras: as fotos. Incriveis, cheias de sensibilidade, bom gosto e demonstração de carinho para com crianças, animais e plantas. Para mim, cada post é grata surpresa...e também colírio. Grande abraço.

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