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quinta-feira, 29 de março de 2012

Novo dia


(Imagem-Google Imagens)

Há dia que é senha
de passagem
E abre portal
pra nova viagem

Há dia que a dor
é alvissareira
Trazendo roupagem
pra nova fronteira

Há dia que cai
a gota d'água
Que faxina
e lava a alma

Há dia de pesadelo
que vira sonho
E é esboço
de um futuro risonho

Há dia que alforria
o coração
E leva a saudade
para outra direção

Há dia de desatar
todos os nós
E sair cantando
igual a um rouxinol

Há dia que o amanhecer
é o que seduz
E que se faz a sombra
virar luz

Maria Helena Mota Santos

4 comentários:

  1. Helena,

    Há dias e dias!
    Daí canta um rouxinol
    daqui, uma cotovia.
    Há dias não,
    e, outros,nem se fala.
    Não há bela sem senão,
    sol na eira,
    chuva no nabal.
    O bem venceu o mal.
    Rameira
    ou mulher verdadeira?
    ambas com o seu roteiro.
    Uma diz outra cala,
    por pudor
    ou vergonha,
    uma é sol
    a outra sombra.
    De coração sangrado
    acusa dor,
    a outra, apenas suor.
    Ambas são credoras
    do nosso amor.
    Dia e noite,
    Ao amanhecer
    ou, ao entardecer
    na praia
    ou no mar
    há lágrimas salgadas
    dos dias não,
    de que mais poderia ser?
    Um novo dia virá
    de jangada,
    ou de avião
    embrulhado na saudade
    com que aquecemos o coração.
    Há dias e dias!

    Parabéns pelo novo dia,
    sem nós para desatar.Linda alegoria.

    Abraços,

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  2. Tens razão querida, neste vai e vem dos dias é que vamos compondo nossa vida.
    Lindo poema.
    Bjs no coração Eloah

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  3. E como todos que tem sensatez esperam que o amanhecer é o que seduz e que se faz a sombra
    virar luz.
    Só queria poder ter esse dom, o de poetizar...
    Abraço

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  4. Adriano, dizer que sua poesia é maravilhosa já é redundância! Obrigada pela sua presença e dos amigos que me visitam!

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