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domingo, 18 de março de 2012

Amores e Amores


(Imagem-Google Imagens)

Não tenho medo dos amores que se consumam e que se consomem com o tempo.
Tenho medo dos amores que não acontecem fora do coração e nos acompanham, ao longo da vida, queimando no íntimo do ser.
Tenho medo dos amores que não são consumidos pelo cotidiano e crescem puro como na idealização de um sonho.
Tenho medo dos amores que tal como uma sombra acompanham as nossas relações e espreitam a nossa cama.
Tenho medo dos amores que estão entre as relações, mas não se tem como provar porque não é uma traição de fato.
Tenho medo dos amores que ficam intactos no ser e se alimentam e se acendem a cada olhar reacendendo com a chama do tempo.
Tenho medo dos amores velados que nunca serão revelados nem desvelados.
Tenho medo dos amores perfeitos que invalidam o verdadeiro amor que conhece o cotidiano das dores e aflições.
Tenho medo dos amores que se apresentam como salvação nas crises e que aparecem como algo inatingível e infindável.
Tenho medo do amor fruto proibido porque resiste ao longo dos dias.
Tenho medo dos amores que se escondem, na maioria das vezes, usando a máscara da amizade.
Não tenho medo da traição que se efetiva e que atrai uma atitude.
Tenho medo da traição velada que nunca se tem certeza da sua existência e transcende as leis da justiça.
Tenho medo dos amores sem amarras , sem superego e sem fronteiras
Tenho medo do amor platônico que é encoberto pelo medo da realidade.
Não tenho medo da traição que é inerente ao ser humano.
Tenho medo da traição perfeita porque tem álibi e não tem culpa.
Tenho medo dos amores que tiram o ser amado da sua presença sem tirá-lo do seu lado.

Maria Helena Mota Santos

Fev/2009

3 comentários:

  1. Helena,

    Voltando ao Santo em vida( segundo a minha percepção), ele disse: "Não tenhais medo" dirigindo-se aos jovens.
    Hoje, vivemos numa sociedade repleta de cinismo e, se isso, não bastasse, carregada de egoísmo.
    Li um livro de cujo autor não me lembro, que se chamava amor risíveis.O personagem principal era um jovem universitário (ateu) que se apaixonou por uma jovem católica.Para a conquistar começou a estudar a Bíblia e acompanhá-la à igreja.Oras, tantas disse-lhe:-Ama e faz o que quiseres, usando um argumento de peso, invocado por Santo Agostinho.Era uma "armadilha".A dialéctica da acção vai-se desenrolando até que um dia ela acaba por sucumbir aos seus pedidos.Aí, ele rejeita-a.
    O verdadeiro amor passa por aceitar o outro(a) como ele(a) é.Ter a noção que não somos perfeitos e, se eu falho, que moral tenho para criticar o outro ou a outra.
    A carne é fraca!
    Ninguém é de ninguém.
    Excelente abordagem sem máscaras ou outras desculpas.
    Quem não tem capacidade para perdoar, jamais a terá para amar.
    Um abraço à mistura, com a filosofia de vida.

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  2. Olá, amigo! Não me considero escritora mas alguém com um olhar atento ao que se passa ao redor e dentro de mim. Nem sempre decifro bem o que está implícito nas situações mas, a partir da sensibilidade do meu olhar interno, traduzo até onde posso perceber. Escrevo para fazer faxina nas tensões diárias e para louvar a beleza do mundo e dos seres que aqui se comunicam e compartilham histórias. E as histórias de amor são regadas de enredos para todos os gostos. É sempre bom falar de amor em todas as suas roupagens. Um ótimo domingo e obrigada pelo sábio comentário!

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  3. Oi Maria Helena!
    Parabéns pela inspiração!
    Eu fiz um comentário anteriormente e ele sumiu.
    abração com carinho

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