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Andava na contramão da vida
Seu obstáculo era o sinal verde
A sua esperança era vermelha
Com água e poeira desenhava o sonho
Olhava nos olhos
Dos que não queriam olhar
Vivia nos sonhos
Dos que tinham pressa de passar
No tilintar das moedas
Na humilhação da mão estendida
Desenhava seu futuro
Estava ali
Não por acaso
Não tinha outro lugar
Estava exposto a julgamentos
Estava exposto a xingamentos
Estava exposto a preconceitos
Acionava divagação
Acionava irritação
Acionava reflexão
Muitas opiniões eram ouvidas
Mas havia uma teoria mais forte
A sociedade não poderia alimentar essa prática
Mas a mesma sociedade não oferecia suporte
Então ficava ali naquela luta diária
Entre os mais fracos e os mais fortes
Maria Helena Mota Santos
Pois é, aqui é bom de ler.
ResponderExcluirDo cotidiano as prosas e poesias, isso sim é cultura, e informação.
Muito legal.
Abraço
Olá, Helena!
ResponderExcluirNa verdade, o vermelho
lhe convinha,
ao pedinte, mendigo
esperto, mas pobre
sabia que ao sinal vermelho
tinha mais hipóteses,
Porém, até no pedir
oferta e procura
dita suas leis.
Esse(a) da contra mão
precisa de por os pontos íis
e, em termos comportamentais
mostrar que está ali
para mostrar seus ais.
"Na mão da mão
do me senhor"
a dignidade do pobrezinho
afoga de mágoas
o mais riquinho
porque, as sobras do dito,
vale mais que todo guito
acumulado
do profissional acossado
aos sinais de paragem
e, nesse intermitente
se fez gente
a estudar probabilidade
de mudar de rua,
ou comprar a lua
com uma esperança rejuvenescida
na contra mão da vida
caiu moeda, fez se dia
imaginou-se feliz
e, nesse instante
de vermelho passou a verde
e,
de esperança invertida
quem se quer maior
do que, a própria vida.
Um abraço, em sinal aberto
para a minha amiga.
BFS
Que espetáculo, amigo Adriano! Li e reli vária vezes e a cada leitura encontrei algo novo! Belíssima interação! Um ótimo final de semana!
ResponderExcluirLu, obrigada pelo carinho do comentário! Adoro sua visita! Um ótimo final de semana!
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