quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Na contramão da vida
(Google Images)
Andava na contramão da vida
Seu obstáculo era o sinal verde
A sua esperança era vermelha
Com água e poeira desenhava o sonho
Olhava nos olhos
Dos que não queriam olhar
Vivia nos sonhos
Dos que tinham pressa de passar
No tilintar das moedas
Na humilhação da mão estendida
Desenhava seu futuro
Estava ali
Não por acaso
Não tinha outro lugar
Estava exposto a julgamentos
Estava exposto a xingamentos
Estava exposto a preconceitos
Acionava divagação
Acionava irritação
Acionava reflexão
Muitas opiniões eram ouvidas
Mas havia uma teoria mais forte
A sociedade não poderia alimentar essa prática
Mas a mesma sociedade não oferecia suporte
Então ficava ali naquela luta diária
Entre os mais fracos e os mais fortes
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Ombro amigo
(Imagem-Google Imagens)
Não precisa falar
Eu escuto seu som
Eu empresto meu ombro
Para ser seu divã
Não precisa dizer
O que não pode explicar
Se experimentar labirintos
Eu prometo lhe achar
Fique aqui ao meu lado
Nada vou perguntar
Sou o silêncio e a fala
Sou o que precisar
Não contenha as lágrimas
Libere toda emoção
Solte os gritos latentes
Presos no seu coração
Sou a amizade sincera
Sua felicidade desejo
Sou a palavra amiga
Sou o reflexo no espelho
Maria Helena Mota Santos
24/11/2010
terça-feira, 29 de outubro de 2013
Carência
(Google Images)
Careço
do meu silêncio
Careço
da minha paz
Pra me mostrar
um espaço novo
Pra vida
que se refaz
Careço
do meu olhar
pra via
da solidão
Para entender
estas linhas
Da palma
da minha mão
Careço
de ter saudade
de tudo
que já se foi
Careço
de viver o agora
Sem deixar nada
pra depois
Maria Helena Mota Santos
sábado, 26 de outubro de 2013
Amor infinito
(Google Images)
O infinito
não é estanque
Por isso o amor
é infinito
E voa
pelos corações
em voo rasante
em voo alto
em voo sem direção
em voo sem razão
Aterrissa
no coração dos amantes
e faz a regra
virar exceção
Aterrissa no coração dos pais
e faz o incondicional
ser condição
Aterrissa na solidão
e faz ser só
não ter razão
Ah
O amor
que me deu vida
e me arrebatou
Ah
O amor
que dormiu semente
e amanheceu flor
Ah
O amor
Que dure
e perdure
no infinito
E que seja sempre
o eco
do meu grito
Maria Helena Mota Santos
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
AOS ALUNOS QUE FARÃO AS PROVAS DO ENEM
Não há como entender
O que sinto de verdade
Só sei que estou na ponte
Entre sonho e realidade
Hoje acordei diferente
Um suspense está no ar
Tento não perder o FOCO
Pra minha meta alcançar
Se alguém fala comigo
Aciona minha emoção
Posso chorar ou sorrir
Ou vou fazer revisão
Sinto o apoio da família
E dos amigos também
Por mim e por todos eles
Eu quero me sair bem
Além de manter o FOCO
Eu preciso me acalmar
Pois do fator emocional
Eu não posso descuidar
Fiz o melhor que pude
Agora chegou a hora
De enfrentar a jornada
E escrever minha história
Boa prova!
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Um novo olhar
(Google Images)
Às vezes é preciso ver de longe para enxergar o essencial
pois a proximidade é perita em banalizar o que se tem.
De longe é exigida uma maior perícia em focalizar o que se vê
já que o ângulo da distância destaca a percepção do todo.
A distância acrescenta uma nova película ao olhar
e de longe a paisagem pode assumir novas cores.
Do outro lado do muro novas regras se impõem.
O que era novo e fascinante, às vezes é desencanto.
Quem procura fugir para encontrar nova rota,
pode se focar nas miragens e se perder na fantasia
e acordar tonto de realidade.
Se a vida acontece debaixo do céu
e a saída desse espaço só é possível no embarque da alma,
há de se perceber que a mudança é na mente que se faz,
pois as lembranças nos acompanham para onde a gente vai.
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
O despetalar do dia
(Google Images)
E se no dia que amanhece
Nada for da cor do ontem?
E se no dia que amanhece
Não houver nenhuma cor?
E se no dia que amanhece
A cor da tristeza desbotou?
E se no dia que amanhece
A cor da alegria chegou?
E se no dia que amanhece
O improvável aconteceu?
E se no dia que amanhece
A semente plantada floresceu?
Cada dia é uma pétala
Que deixa rastro na estrada
Cada ser compõe uma flor
Com as pétalas descartadas
Maria Helena Mota Santos
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Paixão
(Google Images)
Alguém se apaixonou por mim
Alguém que andava ao meu lado
Mas só conseguia me ver
Por um espelho quebrado
Alguém se apaixonou por mim
Alguém que às vezes me acusava
De não ser boa o suficiente
Para amar e ser amada
Alguém se apaixonou por mim
Alguém que nasceu comigo
Mas me pegava pela mão
Só pra mostrar o labirinto
Alguém se apaixonou por mim
E já morava no meu ser
Mas buscava outras companhias
Apenas por medo de sofrer
Alguém se apaixonou por mim
E era eu mesma no espelho
Feliz só pela minha companhia
Sem precisar do consentimento alheio
Maria Helena Mota Santos
Alguém se apaixonou por mim
Alguém que andava ao meu lado
Mas só conseguia me ver
Por um espelho quebrado
Alguém se apaixonou por mim
Alguém que às vezes me acusava
De não ser boa o suficiente
Para amar e ser amada
Alguém se apaixonou por mim
Alguém que nasceu comigo
Mas me pegava pela mão
Só pra mostrar o labirinto
Alguém se apaixonou por mim
E já morava no meu ser
Mas buscava outras companhias
Apenas por medo de sofrer
Alguém se apaixonou por mim
E era eu mesma no espelho
Feliz só pela minha companhia
Sem precisar do consentimento alheio
Maria Helena Mota Santos
domingo, 20 de outubro de 2013
Verso em flor
(Google Images)
Era pra ser uma poesia
Versificada no pra sempre
Mas o verso eternamente
Desfez-se da estrofe
De repente
E a poesia teve fim
Lá na estrofe recomeço
Os versos de outra época
Mudaram de endereço
E a nova poesia
Teve espinhos a lhe ferir
E da dor brotou a flor
Que enfeitou novo jardim
A poesia agora escrita
Tem na lágrima o regador
Chove verso no inverso
Do sentimento que brotou
E no novo há o alento
De saber-se beija-flor
Que visita outros jardins
Sem encontrar a sua flor
Maria Helena Mota Santos
16/10/2011
Era pra ser uma poesia
Versificada no pra sempre
Mas o verso eternamente
Desfez-se da estrofe
De repente
E a poesia teve fim
Lá na estrofe recomeço
Os versos de outra época
Mudaram de endereço
E a nova poesia
Teve espinhos a lhe ferir
E da dor brotou a flor
Que enfeitou novo jardim
A poesia agora escrita
Tem na lágrima o regador
Chove verso no inverso
Do sentimento que brotou
E no novo há o alento
De saber-se beija-flor
Que visita outros jardins
Sem encontrar a sua flor
Maria Helena Mota Santos
16/10/2011
sábado, 19 de outubro de 2013
Momento
(Imagem-Google Imagens)
Por um momento
A vida passou por mim
nas asas da emoção
Por um momento
Fui apenas um protótipo
De um ser em construção
Por um momento
Experimentei extremos
Andando na contramão
Por um momento
Fui do tudo ao nada
Sem perder a direção
Por um momento
Senti a minha essência
E enfrentei a transição
Por um momento
Fiquei livre do casulo
E voei numa canção
Neste momento
Sigo a rota do infinito
Com a bússola do coração
Maria Helena Mota Santos
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Feliz dia do Médico
(Google Images)
PARABÉNS A TODOS OS MÉDICOS QUE EXERCITAM A SUA PROFISSÃO COLOCANDO O AMOR NA PAUTA DO SEU DIA A DIA.
O amor
Pousou no peito
Irradiou a sua essência
E fez do coração
A sua residência
O amor
Saltou aos olhos
Ficou generalizado
Vestiu-se de esperança
Pra quem precisa ser cuidado
O amor
Se fez antídoto
Das dores da humanidade
Curando muitas mazelas
Que chegam
Em qualquer idade
O amor
Usa jaleco
Da cor branca da paz
E revalida a importância
Que o Anjo Médico
Nos traz
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Poetizei
terça-feira, 15 de outubro de 2013
Feliz dia do Professor
(Imagem-Google Imagens)
HOMENAGEM A TODOS OS PROFESSORES QUE TRANSFORMAM OS RISCOS E RABISCOS EM ARTE E CIÊNCIA!
Sem você
A história seria
Um livro em branco
De mente vazia
A visão de mundo
Teria a cegueira
Como seu guia
E outras profissões
Em nenhuma hipótese
Existiriam
Sem você
A história seria
Uma memória opaca
Sem fantasia
A fala seria
Desarticulada
Sem sinergia
E cada dia
Pintaria um quadro
Sem harmonia
Sem você
A história seria
Um palco sem arte
Uma plateia vazia
A canção seria
Uma nota bem longa
De nostalgia
E o poeta não saberia
Colocar em versos
Sua poesia
Maria Helena Mota Santos
domingo, 13 de outubro de 2013
Partes
(Imagem-Google Imagens)
Se eu estou aqui e agora lhe percebo
No meu mundo há você e todo mundo
Quem não me vê me circunda e me ignora
Mas pode um dia atuar na minha história
De muita gente eu tenho partes sem saber
Se soubesse quem de mim tem uma parte
Eu iria procurar pra conhecer
E o meu vazio nessa busca preencher
Mas como o enigma é a chave de uma vida
Vou ter sempre por aí partes perdidas
E vou em busca dessas partes sem saber
Que toda busca é uma forma de aprender
E na busca das minhas partes espalhadas
Que estão com os passantes da estrada
Em cada encontro vou formando um novo elo
Pois ter amigo é na vida o que mais quero
Maria Helena Mota Santos
19/12/2010
sábado, 12 de outubro de 2013
Feliz dia das crianças
(Imagem-Google Imagens)
QUE A SUA CRIANÇA INTERIOR SE FAÇA PRESENTE NO DIA A DIA!
A criança saiu pela porteira
Fez travessuras na estrada
Fez da tristeza uma estátua
E saiu em grande disparada
Deu voz ao ser inanimado
E contracenou com a fantasia
Com uma varinha de condão
Transformou tudo em magia
Rodopiou leve e solta
Sorriu pra tudo que encontrou
Fez das árvores seu trapézio
E tudo em palco transformou
Cobriu a estrada de algodão doce
Em uma nuvem se sentou
Pintou o dia de arco-íris
Tudo em volta se alegrou
Estourou muitos balões
E a felicidade liberou
Ao encontrar com as pessoas
Cirandou, cirandou, cirandou
Maria Helena Mota Santos
QUE A SUA CRIANÇA INTERIOR SE FAÇA PRESENTE NO DIA A DIA!
A criança saiu pela porteira
Fez travessuras na estrada
Fez da tristeza uma estátua
E saiu em grande disparada
Deu voz ao ser inanimado
E contracenou com a fantasia
Com uma varinha de condão
Transformou tudo em magia
Rodopiou leve e solta
Sorriu pra tudo que encontrou
Fez das árvores seu trapézio
E tudo em palco transformou
Cobriu a estrada de algodão doce
Em uma nuvem se sentou
Pintou o dia de arco-íris
Tudo em volta se alegrou
Estourou muitos balões
E a felicidade liberou
Ao encontrar com as pessoas
Cirandou, cirandou, cirandou
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Amanhecer
(Imagem-Google Imagens)
Que amanhecer é esse
que me faz esquecer
a dor pungente
que manchou o rio
da noite?
Que alvorecer é esse
que me faz ouvir pássaros
contrastando
com as assombrações
noturnas?
Que melodia é essa
que percebo entre as canções
e me faz compor
com as cordas quebradas
da vida?
Que sentimento é esse
que me insinua esperança
e me faz saltitar
nas asas da minha
criança?
Maria Helena Mota Santos
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Desafio
(Imagem-Google Imagens)
O que dizer diante de um labirinto?
O que dizer diante do que não sei se sinto?
O que dizer diante do que pressinto?
O que dizer diante de uma interrogação?
Que sentimento colocar numa canção?
Como falar de asas pra quem está numa prisão?
Só se eu falar das asas da imaginação
E cada dia for uma nota de uma canção
E a interrogação se transformar em exclamação
E não trilhar os caminhos da previsão
E voar livre independente do que sinto
E encontrar a saída do labirinto
E de braços abertos voar para o infinito
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Divagações
(Imagem-Google Imagens)
Estou aqui
Você tão perto de mim
E eu me dei conta
Que sei de você
A versão que acredito
Como saber de você
Se não sei tudo de mim?
Hoje penso ser
O que amanhã
Já nem mais serei!
Como posso lhe ter
Se mora fora de mim?
E mesmo lado a lado
Andamos em paralelas?
Como podemos ser
Duas pessoas em uma
Se a regra é individual
E cada linha tem seu final?
Será tudo um sonho
pra acalentar o viver?
Será utopia
pra magia não desfazer?
...ou quem sabe
ainda não me dei conta
do que é viver...
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Fronteira
(Imagem-Google Imagens)
Existe uma fronteira entre o barulho e o silêncio
Onde o marasmo se anuncia como antídoto salvador
E a inércia entra em cena nivelando o prazer
E faz da vida uma constante desvelada ao anoitecer
Na fronteira o sol nasce com anemia nos seus raios
E a lua rende o turno numa penumbra sonolenta
E se disfarça entre as nuvens circundada por um anel
Que impede a liberdade de fulgurar no alto céu
Na fronteira a vida é morna e regurgita sentimentos
Que se instalam à flor da pele de uma forma bem latente
Choram mágoas na rigidez de uma tez que se reprime
E com mecanismos de defesa no dia a dia se eximem
Na fronteira a dor letal é disfarçada num sorriso
O dia segue emudecido e tem na noite seu abrigo
Pra se mostrar sem a fantasia do prazer adormecido
E chora a dor que há detrás da contração de um sorriso
Maria Helena Mota Santos
terça-feira, 1 de outubro de 2013
Estações
(Imagem-Google Imagens)
Que o sol nunca se deite
Sem provocar o meu sorriso
Que a chuva por mim não passe
Sem roubar as minhas lágrimas
Que a primavera deixe em mim
O rastro de muitas flores
Que o outono me dê a chance
De renovar a minha vida
Quero ser cada momento
De atitude ou de silêncio
Quero viver as estações
Sem perder a intensidade
Quero marcar o meu caminho
Com sementes bem cuidadas
Para florir no tempo certo
E enfeitar toda estrada
Maria Helena Mota Santos
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