
(Imagem-Google Imagens)
E de repente era tudo novo.
Olhei em volta e tudo estava realçado com a cor do sol que esquentava o inverno.
Uma sensação de euforia enfeitava a alegria e me fazia plena de vida e de sonhos.
Cada passo era uma nota musical que alegrava o caminho e me fazia toda melodia.
E um sol se foi... E outro amanheceu... E outro sol se foi ...
E no outro dia tudo amanheceu igual e o que era diferente virou normal.
Eu olhava e não mais via o sonho que estava agora pespontado pelo tempo.
E uma sensação de impermanência me acometia de eclipse.
E não era mais o sol que amanhecia em mim, mesmo quando o sol aparecia.
E eu me esforçava para ver o que estava encoberto pela hábito da repetição.
A verdade estava estampada em cada linha das entrelinhas do silêncio: um ciclo tinha chegado ao fim.
Gastei as palavras pra depois silenciar.
Mas eu já sabia que seria inevitável andar...
Maria Helena Mota Santos
Olá, Helena!
ResponderExcluirQuem não sabe sonhar
de nada lhe serve viver,
o mesmo se diz; quem não sabe perdoar
muito menos, sabe amar.
É verdade, podes crer!
Pagamos para ter direitos,
com ou sem sol,
à chuva ou ao vento,
gastamos cada palavra,
com orvalho ou, ar lento.
repetimos gestos testados,
colhemos mais do que plantamos,
deixamo-nos levar
por tudo e por nada,
ousamos,
caminhar sem olhar para os lados,
somos impermanência
gizada na nossa inocência
perdida ao longo da idade.
Um abraço e BFS,
Amigo, a impermanência nos mostra também outras pisagens e outros aprendizados. Sua interação traz verdades incontestáveis e beleza inigualável! Parabéns!
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