quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Andança
(Imagem-Google Imagens)
Andava diferente na mesma trilha que caminhara outrora
Escutava os ecos dos seus passos em companhia da aurora
Não chorava, não sorria, nenhum sentimento aparecia
Não havia sonhos, nem encanto e nem magia
No passo rápido abrigava a lentidão das horas
Num tempo que não lhe trouxe glória
Tinha pressa mas não queria correr com o vento
Preferia esperar a inexatidão do tempo
E no paradoxo do viver
Mesclava o escuro da noite com o amanhecer
E entristecia com o sorriso aberto
Embalando as lembranças do seu universo
E, assim, caminhava para o acaso
Sem a certeza de quem se tornou de fato
Maria Helena Mota Santos
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Olá Helena,
ResponderExcluirEstados de alma,
charme de mulher
perfume, amoras
e, frutos silvestres
colhidos no regaço
do teu passado.
Trufas, cogumelos
rizomas e mel,
nesta andança
que mais parece
uma dança.
Neste paradoxo
de vida,
quanto mais chama
mais se apaga.
É, da lei da física
combustão,
aceleração
mais rápida,
ficamos mais perto
do fim.
Razão inversa do que é,
se outra andança,
não nos retirasse o pé,
do chão que nos viu nascer
e, um dia
nos irá apagar para a vida.
Andanças,...
traz-nos à lembrança
o nosso tempo de criança.
Abraços,
Poema lindíssimo! Superação sempre! Um das mais lindas interações que você postou aqui.
ResponderExcluirObrigada e abraços!