sábado, 30 de outubro de 2010
Na contramão da vida
(Google Images)
Andava na contramão da vida
Seu obstáculo era o sinal verde
A sua esperança era vermelha
Com água e poeira desenhava o sonho
Olhava nos olhos
Dos que não queriam olhar
Vivia nos sonhos
Dos que tinham pressa de passar
No tilintar das moedas
Na humilhação da mão estendida
Desenhava seu futuro
Estava ali
Não por acaso
Não tinha outro lugar
Estava exposto a julgamentos
Estava exposto a xingamentos
Estava exposto a preconceitos
Acionava divagação
Acionava irritação
Acionava reflexão
Muitas opiniões eram ouvidas
Mas havia uma teoria mais forte
A sociedade não poderia alimentar essa prática
Mas a mesma sociedade não oferecia suporte
Então ficava ali naquela luta diária
Entre os mais fracos e os mais fortes
Maria Helena Mota Santos
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Assim são os Robin Woods: do lado dos fracos e oprimidos, porém não se esquecendo de justiça...para justos, de um e de outro lado. Abraço.
ResponderExcluirMaria Helena, impressionante! Adorei seu poema e, de fato, o seu e o meu parecem siameses, tal a sintonia entre eles! Fiquei muito emocionada, como você! Belíssimo poema! Obrigada! Beijos, Cássia Janeiro
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