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domingo, 3 de outubro de 2010

Ecos de um amigo


(Imagem-Google Imagens)

Divagações...
Chegam velozes
Oriundas do universo
E de mim mesmo
Divagações...

Um pensamento
Uma lembrança
Atração poética

O movimento
Espanta o verso
Tão irreverente
Tão suave como sou

Na prontidão
Na obviedade
O subjetivo não chega
A razão veta a emoção

O momento
O medo
A coragem
A reflexão
O inusitado
O imprevisível
A lágrima interna
A nostalgia da noite
A imprecisão dos fatos
A escolha
A consequência
O desbravar a estrada

São emoções
Sentimentos torrenciais
Reais
Paradoxais

Por que eu?
Estou grávido de palavras
Inquieto na calma
Sofro no fundo do eu
Grito no silêncio
Na dor das contrações
Da poesia

A palavra flui!
Espanto-me!
Obra prima?
Não acredito!
Sou poeta?

Mesclo passado e presente
A euforia e a apatia
A lua e o sol
A flor e o cacto
A guerra e a bonança
O efêmero e o eterno
O viver e o morrer

São tantas emoções
São tantas escolhas
São tantas partidas
São tantas poesias

Não és minha, poesia!
Não te mereço
És de outrem
Dos que te acalentam
Sem esforço
Dos que não escondem
A imensidão da dor
E a infinitude do amor

Rendo-me
Desbravo
Deixando meus versos escritos
Nas pegadas do caminho
No universo de mim mesmo
A descoberta:
Sou poeta da vida!
Sou poeta do amor!

Maria Helena Mota Santos

Um comentário:

  1. Quando se faz uso da palavra para externar e interiorizar as qualidades, sentimentos,... acredito que perguntas e descobertas fazem parte desse processo de criação. Não fossem elas, que seriam das emoções creditadas à lua; a indicação do caminho pela luz do sol; à poeira que encobre os passos de um amor deixado para trás; uma pedra indicando novos horizontes;...Felizmente com as incertezas vêm as certezas. Parabéns aos dois. Abraços.

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