sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
Linha do tempo
(Imagem-Google Imagens)
Não teço
cada dia
com linhas quebradas
pelo tempo
Em cada amanhecer
pego outra linha
e bordo
novo momento
Às vezes
de cores pálidas
Às vezes
de cores firmes
Eu valorizo
cada cor
A cor alegre
e a cor triste
Às vezes
teço pelo avesso
com as mãos trêmulas
de frio
Às vezes
tenho pouca linha
mas encaro
o desafio
Às vezes
penso que teço
um caminho
que escolhi
Mas percebo
que havia esboço
do bordado
que teci
Às vezes
fico perplexa
meus bordados
não reconheço
Mas não deixo
um só dia
Sem tentar
um recomeço
Teço
desde que acordo
e só paro
quando adormeço
Mas em sonho
sou intuída
e pra novo dia
eu amanheço
Maria Helena Mota Santos
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Olá Helena,
ResponderExcluirA linha que separa,
o ontem do hoje,
marca a diferença.
Ontem, fui, hoje sou,
amanhã, serei.
Urdir a trama,
tecer sem drama,
abrir a persiana,
fechar o alçapão,
comer o pão,
dar à luz,
o perdão.
Ter os amigos
sempre à mão.
Amar, como quem respira
sorrir despido
da ira,
quebrar barreiras,
inventar fronteiras,
amar de todas as maneiras,
detestar a mentira
a vida inteira.
A linha que separa
o viver do morrer,
é invisível,
mas persiste
em dizer:
Que rico tecido o teu,
que hoje é meu!
Um abraço e, votos de um 2013 com muita poesia e tudo de bom.
Adriano, belíssima e sábia interação! Você é surpreendente! Vive se superando! Obrigada pela companhia em 2012 e espero que em 2013 continuemos nossa amizade leal! Um 2013 de todas as cores favoráveis para você e sua linda família! Abraço!
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