domingo, 1 de maio de 2011
Nasce um artista
(Imagem-Google Imagens)
Escondeu a gestação e passou parte da vida em trabalho de parto.
Sua calma era o esconderijo do que fervia por dentro.
Mas as bolhas poéticas, em estado de ebulição, inquietavam a alma.
Por detrás dos bastidores se fez assessor da arte dos seus pares.
A paz exterior escamoteava a inquietude da arte querendo sair.
No olhar sincero trazia uma terna poesia em forma de doação.
Era um enigma a ser decifrado pelos olhares mais atentos.
Quando parecia que já tinha se rendido ao tempo, explodiu!
Pegou "carona" numa forte emoção e foi para o mundo.
No "colo" do mundo travou um duelo com a sua verdade.
E se fez palco quando só exercitava plateia.
E se fez dor quando só exercitava linimento.
E se fez palavra quando só exercitava a escuta.
Colocou-se em reverso quando só atuava em verso.
Contraiu-se de dor e percebeu a iminência do parto.
Dia após dia, as contrações ficavam mais fortes.
A hora do nascimento se aproximava.
Enfim pariu a arte!
Pariu a si mesmo!
Pariu a vida!
Maria Helena Mota Santos
07/05/2010
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Simplesmente ,um espetáculo! Linda poesia! beijos,ótimo domingo,chica
ResponderExcluiraMIGA QUERIDA..
ResponderExcluirA arte se assemelha de fato a um parto...ás vezes doloroso, cuja gestação nem sempre é perceptível.
Belíssimo!
Hoje aqui em Portugal é Dia da Mãe...
ternurasssssssssssssss
ufa... consegui respirar ao final.
ResponderExcluirtoda prisão tem uma porta que pode ser aberta.
lindo, querida.
obrigada.