quarta-feira, 7 de abril de 2010
A dor e a esperança
(Imagem-Google Imagens)
Quando a dor se veste de esperança
Ela entra no palco mascarada
A dor encena um sorriso bem aberto
E a sua fala é otimista e humorada
Mas quando a realidade a desnuda
E os espinhos dilaceram as feridas
O sangramento é intenso e hemorrágico
E faz da dor o seu ponto de partida
Percorre o corpo com a rapidez de uma águia
E as lembranças aparecem de repente
Os momentos de imediato entram no palco
E o passado toma conta do presente
A dor tapa o sol, tapa lua e as estrelas
Mas não tapa a vontade de lutar
Pois se cada dia vem montado em um sol
Há de um dia esse sol pra dor brilhar
Maria Helena Mota
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