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quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Linha do tempo


(Google Images)


Não teço
cada dia
com linhas quebradas
pelo tempo
Em cada amanhecer
pego outra linha
e bordo
novo momento

Às vezes
de cores pálidas
Às vezes
de cores firmes
Eu valorizo
cada cor
A cor alegre
e a cor triste

Às vezes
teço pelo avesso
com as mãos trêmulas
de frio
Às vezes
tenho pouca linha
mas encaro
o desafio

Às vezes
penso que teço
um caminho
que escolhi
Mas percebo
que havia esboço
do bordado
que teci

Às vezes
fico perplexa
meus bordados
não reconheço
Mas não deixo
um só dia
Sem tentar
um recomeço

Teço
desde que acordo
e só paro
quando adormeço
Mas em sonho
sou intuída
e para o novo dia
eu amanheço

Maria Helena Mota Santos

02/04/2012

2 comentários:

  1. Olá, Helena!

    Que lindo o teu vestido
    feito com o mais belo tecido
    urdido com aquele fio
    tramado no pretérito perfeito.
    Nos teus versos implantados
    perduram lembranças
    do presente sem esqueceres
    as do passado.
    Férteis são os campos
    da nossa imaginação
    quando cultivado com saber
    onde, tudo se resume a vida
    no jardim do nosso querer.

    Um abraço colado a fio do tempo e um excelente fim de semana .

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    Respostas
    1. Amigo Adriano, a linha do tempo tem tecido também grandes e inesquecíveis amizades a exemplo da sua! Obrigada por tecer comentários de cores tão lindas e vestir a minha imagem com a mais linda poesia! Um ótimo final de semana! Abraços!

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