(Imagem-Google Imagens)
A palavra que me prende
é a palavra que liberta
Vou deixar a porta aberta
e meu pássaro vai fugir
E de posse do meu mundo
vou voar sempre mais alto
Numa terra bem distante
cuja lei é o infinito
Andarei em revoada
dentro da minha solidão
E fazendo pirueta
vou gastar minha alegria
E construir em cada espaço
o protótipo de um ninho
Vou cair sem proteção
sem me prender em nenhum laço
E se a chuva me molhar
vou me aquecer em um abraço
E beberei todos seus pingos
e saciarei meu infinito
Mas se o sol não aparecer
eu o pintarei no meu sorriso
E farei lá no horizonte
o suporte de uma rede
E balançando o meu mundo
vou saciar a minha sede
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
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Olá,
ResponderExcluirPássaro livre gostava de ser,
agora,até morrer.
Beberás todos os pingos
eu, vinho novo.
Tu a fazer o ninho
eu, a colher o ovo.
Se caíres sem protecção
lançarei a rede
senão, sobra o chão.
O sol pintado no teu sorriso
é prémio
para quem constrói poesia.
Tem cuidado,
o laço pode estar
onde menos o possas esperar.
Se balançares a vida
e a montanha subires,
verás as nuvens
contentes
de mãos dadas com o vento.
Abraço,
Olá, amigo Adriano! Obrigada pela linda interação que traz outro foco da minha poesia. Obrigada pela companhia poética.Poesia belíssima! Abraços!
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