Cantinho

(Imagem-Google Imagens)

Eram tantas as viagens
Eram tantas as bagagens
Que parei o trem do tempo
E pedi para descer

Despojei-me do supérfluo
Fiquei mirando o céu aberto
Coloquei-me em reverso
E num cantinho me aconcheguei

Fechei os olhos para o óbvio
Troquei lentes viciadas
E no balanço do tempo
Sem ter tempo divaguei

Maria Helena Mota Santos

Ah! Que beleza de interação! Tão suave! Tão poética!
Obrigada, amigo Adriano!
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com/)

Que lindo o teu cantinho
fazes-me lembrar eu, sozinho
montado no meu burrinho
quando era pequenino

Quis o destino que nas horas
de maior calor, com a mosca
o animal não aceitasse
que o montasse
e,
por pura maldade
deu de fosco e caí ao chão
ainda, ouvi sermão
mais missa cantada,
Valeu de nada,
porque na minha insensatez
montei nele, outra vez!