
(Imagem-Google Imagens)
As vozes interiores acordam num domingo de céu letárgico que se reversa entre sol e nuvens chorando lágrimas passageiras.
Olho em volta e me percebo numa outra parte de mim.
Observo-me! Sou presença num lugar infinitamente cheio de labirintos com passagens de flores.
Sinto a presença de partes de mim não conhecidas que fazem redemoinho diante da minha perplexidade.
Chegam imagens de sonhos desconexos e agonizo para lembrar outras partes do quebra-cabeça da viagem do sono.
Só uma presença calma e aflita se faz presente na imensidão da particularidade do meu ser.
Fico um pouco em recorte suspenso transcendendo o infinito.
Não sinto a existência! Não sinto nada! Não sinto tudo! Apenas, não sinto!
Momento oportuno para um domingo que ganha feições de um dia qualquer , num momento qualquer, numa hora qualquer...
Maria Helena Mota Santos