segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Lembranças
(Imagem-Google Imagens)
Lembrei-me de vocês
Nem mesmo sei o motivo
Dois pontinhos luminosos
Embarcaram para a minha vida
Num voo em direção à terra
Repousaram no meu ventre
E me encheram de esperança
De ter duas novas crianças
Para enfeitar o meu jardim
Um irmãozinho aqui esperava
Seríamos cinco na nossa casa
Vocês se foram tão de repente
Só três meses no meu ventre
E partiram pra outra dimensão
Jorraram lágrimas sentidas
E muita dor no coração
Vejo-os em qualquer criança
Que toca na minha mão
Hoje acordei tão diferente
Sentia uma emoção urgente
Que chegou tão de repente
Daquela que não se pressente
Pensei como teria sido
Se vocês não tivessem partido
Pensei no meu filho
Que nasceu do meu ventre
Pensei nos meus vários filhos
Que nasceram do ventre do mundo
Agradecimentos
Divagações
Sensações
Pulsações
Reflexões
Recordações...
Que pena...
Não posso mais continuar
Já não consigo ver as letras
O meu teclado começou
A embaçar...
Maria Helena Mota Santos
Mais uma vez, meu querido Lupo, sua história se toca com a minha.
Tenho que fazer do seu comentário uma ramificação da minha poesia.
Comovente, sua história!
Depois você me cobra!
Oi Lena... Hoje conto uma parte minha aqui, posso?
Disse certa alguém que sou diferente porque não tenho o "deferente". Tentei duas vezes passar por um tal de tratamento... Punsaram-me, cortaram-me e na primeira vez sem anestesia! Doeu sabe? Esta dor no corpo demorou um mês para me deixar.
Não deu certo na primeira. Deu na segunda. Eram três crianças, que não suportaram o segundo mês e se foram. Doeu.
Esta dor dura até hoje, mas é uma dor serena, que se transformará num pedaço de amor no dia em que conseguir adotar minha pequena. Seu nome? Ainda não sei... Talvez Laura, ou Luara.
Bjo doce!
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Comovente e sentido poema, cheio de uma saudade tão intensa e profunda que só uma mãe pode sentir...
ResponderExcluirLindo e tocante,M.Helena.
beijo, fica bem e em Paz! chica
Ah Lena... ontem estava assim tbm... mas, a saudade foi da minha mãe...
ResponderExcluirPor vezes tbm me pego assim imaginando se o Rafinha estivesse aqui...
São nossos anjos minha amiga... e eles estão no melhor lugar do universo... estão no colinho do Papai do Céu... não haveria melhor lugar para eles...
beijos com carinho
Oi Lena... Hoje conto uma parte minha aqui, posso?
ResponderExcluirDisse certa alguém que sou diferente porque não tenho o "deferente". Tentei duas vezes passar por um tal de tratamento... Punsaram-me, cortaram-me e na primeira vez sem anestesia! Doeu sabe? Esta dor no corpo demorou um mês para me deixar.
Não deu certo na primeira. Deu na segunda. Eram três crianças, que não suportaram o segundo mês e se foram. Doeu.
Esta dor dura até hoje, mas é uma dor serena, que se transformará num pedaço de amor no dia em que conseguir adotar minha pequena. Seu nome? Ainda não sei... Talvez Laura, ou Luara.
Bjo doce!
Maria Helena,
ResponderExcluirEu tenho muita dificuldade em lidar com perdas sabe? Já perdi meu pai, q era a pessoa q eu mais amava nesse mundo. Mas, creio que não há nada mais forte do que a dor de uma mãe que perde seu filho. Nunca fui mãe. Acho que esse é o maior sonho da minha vida. Maria Helena, minha linda, olha só: minha familia já te conhece. Já te apresentei a minha mãe, a minha tia, ao meu irmão. E já falei q vc faz parte dela. Beijosss Te amo
Ontem eu tava mal tb, mas era saudades da minha vó. Fomos no culto de 1 ano de falecimento. Acho que sempre perder quem se ama dói muito. Não consigo ser fria pra isso. Tem gente que consegue, não sei se é força ou simplesmente esconder seus sentimentos profundamente.
ResponderExcluirOi, Alexandre
ResponderExcluirObrigada pelo carinho de sempre.
Olha, a neta que você viu no blog da Chica, não é minha. Eu ainda não tenho neto, embora já poderia. O meu filho tem 24 anos. Acho que você confundiu porque eu fiz umas rimas e Chica deve ter postado junto com a postagem de hoje.
Um abração!
Feliz Natal!
Linda Maria Helena,
ResponderExcluirSabe, as vezes fico pensando porque os pequeninos se vão antes mesmo de conhecer o mundo e jamais encontrei uma resposta plausível, mistério divino que não consegui ainda conhecer!
Mas estou certz que uma vez mãe ( mãe de coração), pra sempre mãe. Você pulsa amor, você distribui amor, você é amor!
Dá pra perceber isso tudo pela forma como você se expressa, porque você tem o dom de ser mãe e isso minha querida, é divino!
Grande, grande beijo da Aprendiz!
O que será que se aprender com a dor da perda??
ResponderExcluiraté o momento eu ainda não aprendi nada.
Perdi três pessoas que amava de um só golpe (isso sem contar as outras que já me faziam sangrar), e todos diziam: td tem seu aprendizado, td tem o pq, até hoje eu busco o porque...onde está o meu aprendizado??
A dor da perda é incurável...
bj amda, desculpa!
Sonia... Polyana pediu um brinquedo de presente de natal. Ganhou muletas e ficou feliz. Percebi que não tinha que usá-las!
ResponderExcluirSomos pequenos, mas sei que vc é maior do que eu. Não nos cabe entender plenamente o sentido de tudo, e questioná-lo é uma coisa que nos deixa maluco, sem contar que dói.
Mas existe um sentido, e o final de tudo será um lindo começo! Creio nisso, e sei que você também.
Levando de minha cama por acreditar nas coisas que não vejo...
Bjo querida!
Parabéns, mãe, pela capacidade de conseguir transcrever os sentimentos com tamanha perfeição!!!AMOOOOO!!!
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