sábado, 31 de dezembro de 2022
Feliz Ano Novo!
Era uma vez um ano desvendado que se preparava para partir....O seu ciclo estava chegando ao fim. Era a hora da travessia! Ele estava pleno e seguro de que precisaria ceder o espaço para o novo. Já não fazia sentido repetir os papeis no palco da vida!
Percebeu que o novo protagonista estava tão perto que já podia ser visto quase na linha de chegada. Sobravam-lhe poucas horas...
Um foi em direção ao outro! Precisariam cumprir o ENCONTRO MARCADO!
No último segundo, os dois se abraçaram e houve uma explosão de euforia que representava não só alegria mas, sobretudo, a esperança de novos momentos, de novos desafios, de novas possibilidades de escrever uma nova história!
E o ano novo ficou perplexo com tanta comemoração na sua chegada!
Era tudo novo...Ele estava sozinho... O ano velho tinha soltado a sua mão...
Olhava, embevecido, as pessoas acenando, brindando, cantando, sorrindo, chorando, saudosas, amando... pulando sete ondinhas... colocando flores no mar...
Quanta emoção! Era tudo tão intenso!
E foi naquele momento que se deu conta da sua grande responsabilidade ao entrar na vida daquelas pessoas.
Percebeu que precisaria superar seu antecessor porque a multidão tinha grandes expectativas.
Mas ele já sabia que a felicidade é um exercício diário e não necessariamente uma mudança de calendário...
Como faria para ser intitulado de um ANO BOM, na sua hora de partir, se algumas pessoas não atingissem suas expectativas?
Entendeu que precisaria, suavemente, colocar o pé no chão e fazer de cada dia, da sua passagem, uma nova oportunidade de cada ser escrever uma página da sua história valorizando cada sentimento que entrasse em pauta!
E no primeiro dia, pós-euforia, pós- planejamento, pós- promessa... ele estava letárgico, sonolento... “de ressaca”! Foram muitas emoções!
Sabia que precisaria de delicadeza... Era recém-nascido!
Percebeu as cortinas de um novo tempo que se abria e ele podia ler:
Bem-vindo 2023
Maria Helena Mota Santos
terça-feira, 20 de dezembro de 2022
Novo tempo
O novo tempo
cansou de esperar
e envelheceu
Enquanto esperava
colheu sabedoria
e renasceu
O sábio tempo
não mais esperava
o tempo mudar
Não tinha mais tempo
para esperar
a vida passar
Apenas andava
Apenas sabia
plantar todo dia
Plantava esperança
Plantava amor
Plantava alegria
Maria Helena Mota Santos
e envelheceu
Enquanto esperava
colheu sabedoria
e renasceu
O sábio tempo
não mais esperava
o tempo mudar
Não tinha mais tempo
para esperar
a vida passar
Apenas andava
Apenas sabia
plantar todo dia
Plantava esperança
Plantava amor
Plantava alegria
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 1 de dezembro de 2022
Até que a morte os separe
Ele a levava com um carinho imenso
Quase todos os dias
Seus passos lentos e trôpegos
Faziam com que ela marcasse passo
Tinha sido acometida por um AVC
Um dos braços estava paralisado
O seu rosto não tinha mais simetria
Sua fala já não tinha mais sons audíveis
Mas ele a levava todos os dias para ver o sol
Levava consigo uma cadeira de praia
E fazia da praça, em frente ao seu prédio, o seu mar
Ajudava-a a se sentar na cadeira
E ficava ali por um bom tempo
Para que ela pudesse se banhar de sol
Um dia fizera um pacto com ela
“Na alegria, na tristeza
Na saúde, na doença”
E hoje cumpria de uma forma
Que enternecia meu olhar
Observava-os nessas passagens
E esse carinho me inspirava
A acreditar no amor incondicional
No verdadeiro amor
Aquele amor que não se alimenta
Apenas de novos momentos
Mas da renovação
Diante das fases da vida
Diante dos obstáculos
Diante do imprevisível
Aquele amor verdadeiro
Que é companhia
Mesmo quando o outro
Só tem o silêncio
Para dizer suas palavras
Aquele amor infinito
Que pode acontecer
Em qualquer momento
Em qualquer lugar
No coração dos amantes
No coração dos pais
No coração dos amigos
No coração da humanidade
Aquele amor que transcende
E toca no coração de Deus
Maria Helena Mota Santos
17/11/2011
Seus passos lentos e trôpegos
Faziam com que ela marcasse passo
Tinha sido acometida por um AVC
Um dos braços estava paralisado
O seu rosto não tinha mais simetria
Sua fala já não tinha mais sons audíveis
Mas ele a levava todos os dias para ver o sol
Levava consigo uma cadeira de praia
E fazia da praça, em frente ao seu prédio, o seu mar
Ajudava-a a se sentar na cadeira
E ficava ali por um bom tempo
Para que ela pudesse se banhar de sol
Um dia fizera um pacto com ela
“Na alegria, na tristeza
Na saúde, na doença”
E hoje cumpria de uma forma
Que enternecia meu olhar
Observava-os nessas passagens
E esse carinho me inspirava
A acreditar no amor incondicional
No verdadeiro amor
Aquele amor que não se alimenta
Apenas de novos momentos
Mas da renovação
Diante das fases da vida
Diante dos obstáculos
Diante do imprevisível
Aquele amor verdadeiro
Que é companhia
Mesmo quando o outro
Só tem o silêncio
Para dizer suas palavras
Aquele amor infinito
Que pode acontecer
Em qualquer momento
Em qualquer lugar
No coração dos amantes
No coração dos pais
No coração dos amigos
No coração da humanidade
Aquele amor que transcende
E toca no coração de Deus
Maria Helena Mota Santos
17/11/2011
sexta-feira, 25 de novembro de 2022
Grafiteiros da saudade
Fiz grafite na janela
Com matizes de saudade
Fiz rabiscos de um sonho
Sem objetivar realidade
Na linha mestra de uma asa
Esbocei um pássaro livre
Que me levava urgente
A lugares imperdíveis
Fiz grafite irreverente
De momentos distraídos
Fiz o meu eu se desnudar
E caminhar sempre comigo
Esbocei o improvável
Na linha imprecisa do tempo
Desmascarei as certezas
E passeei contra o vento
Fiz grafite no coração
Com matizes de alegria
Dei alforria à solidão
Parti em minha companhia
Maria Helena Mota Santos
Fiz rabiscos de um sonho
Sem objetivar realidade
Na linha mestra de uma asa
Esbocei um pássaro livre
Que me levava urgente
A lugares imperdíveis
Fiz grafite irreverente
De momentos distraídos
Fiz o meu eu se desnudar
E caminhar sempre comigo
Esbocei o improvável
Na linha imprecisa do tempo
Desmascarei as certezas
E passeei contra o vento
Fiz grafite no coração
Com matizes de alegria
Dei alforria à solidão
Parti em minha companhia
Maria Helena Mota Santos
domingo, 20 de novembro de 2022
Ser brasileiro
mesmo nas notas tristes
Ser brasileiro é ser uma alquimia
que transforma tristeza em folia
Ser brasileiro é ser luz do sol
mesmo tendo que vencer nuvens
Ser brasileiro é ser um gol olímpico
nos escanteios da vida
Ser brasileiro é ser um "bola cheia"
mesmo nas dificuldades do dia a dia
Ser brasileiro é fazer gol de placa
na solidariedade
no companheirismo
na luta
na compaixão
na alegria
na acolhida
no afeto
Ser brasileiro
é ser eu
é ser você
é sermos nós
ORGULHO DE SER BRASILEIRO
Maria Helena Mota Santos
Ser brasileiro é ser uma alquimia
que transforma tristeza em folia
Ser brasileiro é ser luz do sol
mesmo tendo que vencer nuvens
Ser brasileiro é ser um gol olímpico
nos escanteios da vida
Ser brasileiro é ser um "bola cheia"
mesmo nas dificuldades do dia a dia
Ser brasileiro é fazer gol de placa
na solidariedade
no companheirismo
na luta
na compaixão
na alegria
na acolhida
no afeto
Ser brasileiro
é ser eu
é ser você
é sermos nós
ORGULHO DE SER BRASILEIRO
Maria Helena Mota Santos
terça-feira, 1 de novembro de 2022
Partes de mim
Partes de mim estão livres
E fazem redemoinho
No vento das emoções
Partes de mim são aladas
E se emparelham com o tempo
Nas asas da imaginação
Partes de mim são partidas
Que enfrentam tempestades
Em busca de um novo sol
Partes de mim são como águias
Que voam sempre mais alto
Em busca do infinito
Partes de mim são casulos
Que preparam o momento
De ser borboleta no mundo
Maria Helena Mota Santos
No vento das emoções
Partes de mim são aladas
E se emparelham com o tempo
Nas asas da imaginação
Partes de mim são partidas
Que enfrentam tempestades
Em busca de um novo sol
Partes de mim são como águias
Que voam sempre mais alto
Em busca do infinito
Partes de mim são casulos
Que preparam o momento
De ser borboleta no mundo
Maria Helena Mota Santos
domingo, 16 de outubro de 2022
Meu sonho
O meu sonho
é seguir sonhando
e pintando cores
no meu dia a dia
Tenho o sonho
de sonhar
com a realidade
vestida de fantasia
O meu sonho
é flutuar
nas asas leves
da poesia
Tenho sonho
de escrever
versos de amor
todos os dias
O meu sonho
é não me opor
ao sonho
que se insinua
Tenho sonho
de plantar
e regar a flor
de cada rua
O meu sonho
é levitar
e conhecer
o infinito
Tenho sonho
de deixar o mundo
bem mais pertinho
do paraíso
Maria Helena Mota Santos
e pintando cores
no meu dia a dia
Tenho o sonho
de sonhar
com a realidade
vestida de fantasia
O meu sonho
é flutuar
nas asas leves
da poesia
Tenho sonho
de escrever
versos de amor
todos os dias
O meu sonho
é não me opor
ao sonho
que se insinua
Tenho sonho
de plantar
e regar a flor
de cada rua
O meu sonho
é levitar
e conhecer
o infinito
Tenho sonho
de deixar o mundo
bem mais pertinho
do paraíso
Maria Helena Mota Santos
segunda-feira, 3 de outubro de 2022
Perspectiva
Chegará o dia em que o raro se tornará comum
e que o comum parecerá raro.
Chegará o dia em que é preciso derrubar o muro
e experimentar o descampado.
Chegará o dia em que se estranhará a estranheza
diante de tudo que se desejou.
Chegará o dia em que se acordará atordoado
e pensará que a realidade é sonho.
Chegará o dia em que se buscará a parte perdida
do quebra-cabeça de si mesmo.
Chegará o dia em que se pensará ser outra pessoa
no reflexo do espelho da vida.
Maria Helena Mota Santos
16 08 2010
quinta-feira, 22 de setembro de 2022
A dor do mundo
O mundo doer
Em mim
E por sentir
A dor do mundo
Ainda vivo
Porque viver
É mais que anestesiar
Dores
E inventar amores
Viver é palpitar
Sorrisos
E lágrimas
É sobretudo
Não perder as asas
Em mim
E por sentir
A dor do mundo
Ainda vivo
Porque viver
É mais que anestesiar
Dores
E inventar amores
Viver é palpitar
Sorrisos
E lágrimas
É sobretudo
Não perder as asas
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 7 de setembro de 2022
Aquarela
"de colores"
na minha tela
de plantão
Caem-me tintas
aquarelas
no caminho
da solidão
Caem-me papéis
bem decorados
com enredos
desfocados
Caem-me ideias
desconexas
à espera
dos meus cuidados
Caem-me sentimentos
tão variados
para encenar
no meu tablado
Caem-me silêncios
tão conturbados
como pausas
nos intervalos
Caem-me vidas
desprovidas
de um nexo
programado
Caem-me suportes
que dão norte
pra continuar
minha viagem
Maria Helena Mota Santos
21/04/2012
na minha tela
de plantão
Caem-me tintas
aquarelas
no caminho
da solidão
Caem-me papéis
bem decorados
com enredos
desfocados
Caem-me ideias
desconexas
à espera
dos meus cuidados
Caem-me sentimentos
tão variados
para encenar
no meu tablado
Caem-me silêncios
tão conturbados
como pausas
nos intervalos
Caem-me vidas
desprovidas
de um nexo
programado
Caem-me suportes
que dão norte
pra continuar
minha viagem
Maria Helena Mota Santos
21/04/2012
quinta-feira, 1 de setembro de 2022
Setembro chegou
Hoje acordei com gosto de setembro
Quero fazer primavera em mim
Vou cuidar do meu terreno
Para que as flores brotem
No meu jardim
Maria Helena Mota Santos
Para que as flores brotem
No meu jardim
Maria Helena Mota Santos
terça-feira, 23 de agosto de 2022
Indagações
O que dizer?
Nem sempre se tem palavras
Quando calar?
Nem sempre se tem silêncio
Quando seguir?
Nem sempre se tem estrada
O que fazer?
Nem sempre se tem clareza
Pra onde ir?
Nem sempre há um lugar
Como ajudar?
Nem sempre se tem a forma
Quando mudar?
Nem sempre se tem coragem
Quando amar?
Sempre que o coração pulsar
Maria Helena Mota Santos
23/12/2010
sexta-feira, 12 de agosto de 2022
Paixão
Alguém se apaixonou por mim
Alguém que andava ao meu lado
Mas só conseguia me ver
Por um espelho quebrado
Alguém se apaixonou por mim
Alguém que às vezes me acusava
De não ser boa o suficiente
Para amar e ser amada
Alguém se apaixonou por mim
Alguém que nasceu comigo
Mas me pegava pela mão
Só pra mostrar o labirinto
Alguém se apaixonou por mim
E já morava no meu ser
Mas buscava outras companhias
Apenas por medo de sofrer
Alguém se apaixonou por mim
E era eu mesma no espelho
Feliz só pela minha companhia
Sem precisar do consentimento alheio
Maria Helena Mota Santos
30 10 2012
Mas só conseguia me ver
Por um espelho quebrado
Alguém se apaixonou por mim
Alguém que às vezes me acusava
De não ser boa o suficiente
Para amar e ser amada
Alguém se apaixonou por mim
Alguém que nasceu comigo
Mas me pegava pela mão
Só pra mostrar o labirinto
Alguém se apaixonou por mim
E já morava no meu ser
Mas buscava outras companhias
Apenas por medo de sofrer
Alguém se apaixonou por mim
E era eu mesma no espelho
Feliz só pela minha companhia
Sem precisar do consentimento alheio
Maria Helena Mota Santos
30 10 2012
quarta-feira, 3 de agosto de 2022
Para sempre
O "para sempre"
pode durar
até amanhã
E o "nunca"
pode acabar
neste momento
A vida segue
modificando
os paradigmas
O que era óbvio
nas mãos do tempo
desmistifica
E as promessas
às vezes se perdem
nas mãos do vento
Que torna vulnerável
a senha confiável
de um momento
Maria Helena Mota Santos
16 08 2015
até amanhã
E o "nunca"
pode acabar
neste momento
A vida segue
modificando
os paradigmas
O que era óbvio
nas mãos do tempo
desmistifica
E as promessas
às vezes se perdem
nas mãos do vento
Que torna vulnerável
a senha confiável
de um momento
Maria Helena Mota Santos
16 08 2015
sábado, 30 de julho de 2022
Amores e Amores
Não tenho medo dos amores que se consumam e que se consomem com o tempo.
Tenho medo dos amores que não acontecem fora do coração e nos acompanham, ao longo da vida, queimando no íntimo do ser.
Tenho medo dos amores que não são consumidos pelo cotidiano e crescem puro como na idealização de um sonho.
Tenho medo dos amores que tal como uma sombra acompanham as nossas relações e espreitam a nossa cama.
Tenho medo dos amores que estão entre as relações, mas não se tem como provar porque não é uma traição de fato.
Tenho medo dos amores que ficam intactos no ser e se alimentam e se acendem a cada olhar reacendendo com a chama do tempo.
Tenho medo dos amores velados que nunca serão revelados nem desvelados.
Tenho medo dos amores perfeitos que invalidam o verdadeiro amor que conhece o cotidiano das dores e aflições.
Tenho medo dos amores que se apresentam como salvação nas crises e que aparecem como algo inatingível e infindável.
Tenho medo do amor fruto proibido porque resiste ao longo dos dias.
Tenho medo dos amores que se escondem, na maioria das vezes, usando a máscara da amizade.
Não tenho medo da traição que se efetiva e que atrai uma atitude.
Tenho medo da traição velada que nunca se tem certeza da sua existência e transcende as leis da justiça.
Tenho medo dos amores sem amarras , sem superego e sem fronteiras
Tenho medo do amor platônico que é encoberto pelo medo da realidade.
Não tenho medo da traição que é inerente ao ser humano.
Tenho medo da traição perfeita porque tem álibi e não tem culpa.
Tenho medo dos amores que tiram o ser amado da sua presença sem tirá-lo do seu lado.
Maria Helena Mota Santos
Fev/2009
Tenho medo dos amores que não são consumidos pelo cotidiano e crescem puro como na idealização de um sonho.
Tenho medo dos amores que tal como uma sombra acompanham as nossas relações e espreitam a nossa cama.
Tenho medo dos amores que estão entre as relações, mas não se tem como provar porque não é uma traição de fato.
Tenho medo dos amores que ficam intactos no ser e se alimentam e se acendem a cada olhar reacendendo com a chama do tempo.
Tenho medo dos amores velados que nunca serão revelados nem desvelados.
Tenho medo dos amores perfeitos que invalidam o verdadeiro amor que conhece o cotidiano das dores e aflições.
Tenho medo dos amores que se apresentam como salvação nas crises e que aparecem como algo inatingível e infindável.
Tenho medo do amor fruto proibido porque resiste ao longo dos dias.
Tenho medo dos amores que se escondem, na maioria das vezes, usando a máscara da amizade.
Não tenho medo da traição que se efetiva e que atrai uma atitude.
Tenho medo da traição velada que nunca se tem certeza da sua existência e transcende as leis da justiça.
Tenho medo dos amores sem amarras , sem superego e sem fronteiras
Tenho medo do amor platônico que é encoberto pelo medo da realidade.
Não tenho medo da traição que é inerente ao ser humano.
Tenho medo da traição perfeita porque tem álibi e não tem culpa.
Tenho medo dos amores que tiram o ser amado da sua presença sem tirá-lo do seu lado.
Maria Helena Mota Santos
Fev/2009
sexta-feira, 22 de julho de 2022
Retrato pintado
este retrato
que você pintou
carregado de tintas
das cores
da perfeição
Não sou isso tudo
não
Sou tinta suave
que às vezes
desbota
e precisa do retoque
do tempo
Sou tinta de brisa
que às vezes
passa
como um tufão
derrubando polimentos
Sou um retrato
sem moldura
livre
para os traços
e detalhes
dos momentos
Pinto-me de verde
de lilás
de cinza
de amarelo
e do que é
sincero
Talvez eu seja parte
de tudo
que penso
que sou
Talvez eu seja
uma parte
de tudo
que você pensou
Talvez seja um pássaro
ou quem sabe
uma flor
Não sou isso tudo
não
Mas tenho a essência
do amor
Maria Helena Mota Santos
sexta-feira, 1 de julho de 2022
Transparência
Sem máscara
Sem caleidoscópio
Sem subterfúgio
Sem brincar de esconder
Quero encarar o que dói
O que cicatrizou
A ferida que apenas fechou
Mas desperta a cada pesadelo
Quero dançar comigo mesma
Na sinfonia do momento
Sem valsa encobrindo samba
Sem samba encobrindo valsa
Quero bailar no salão da vida
Vida Real sem fronteiras
Vida sem grilhões
Quero dar o grito certo
No lugar certo
Quero sonhar
Sem me esconder de mim
Quero ir
Quero vir
Quero falar palavras presas
Quero falar de pensamentos
De sofrimento
De alegria
Quero escutar o companheiro
Sem misturá-lo comigo mesma
Quero passear com o amigo
Sem interferir no seu mundo
Quero ser eu
Sem pedir desculpas
Quero ser autêntica
Quero partir do mundo um dia
Sem a sensação de agonia
Ao descobrir que vivia
Uma utopia
Maria Helena Mota Santos
08/05/2010
Sem caleidoscópio
Sem subterfúgio
Sem brincar de esconder
Quero encarar o que dói
O que cicatrizou
A ferida que apenas fechou
Mas desperta a cada pesadelo
Quero dançar comigo mesma
Na sinfonia do momento
Sem valsa encobrindo samba
Sem samba encobrindo valsa
Quero bailar no salão da vida
Vida Real sem fronteiras
Vida sem grilhões
Quero dar o grito certo
No lugar certo
Quero sonhar
Sem me esconder de mim
Quero ir
Quero vir
Quero falar palavras presas
Quero falar de pensamentos
De sofrimento
De alegria
Quero escutar o companheiro
Sem misturá-lo comigo mesma
Quero passear com o amigo
Sem interferir no seu mundo
Quero ser eu
Sem pedir desculpas
Quero ser autêntica
Quero partir do mundo um dia
Sem a sensação de agonia
Ao descobrir que vivia
Uma utopia
Maria Helena Mota Santos
08/05/2010
segunda-feira, 27 de junho de 2022
Delicadeza
que vê em cada ser um cristal divino
mesmo que esteja em forma de pedra bruta
Prefiro ser a delicadeza
de um coração sensível e afável
que vê no outro um companheiro na vida
Prefiro ser a delicadeza
que não julga só pelas aparências
e que procura a pedra preciosa de cada ser
Prefiro ser a delicadeza
do perdão que enxerga na luz e na sombra
oportunidades de sabedoria e redenção
Prefiro ser a delicadeza
de uma amizade sincera e incondicional
nessa íngreme estrada de flores que é a vida
Maria Helena Mota Santos
29/09/2010
mesmo que esteja em forma de pedra bruta
Prefiro ser a delicadeza
de um coração sensível e afável
que vê no outro um companheiro na vida
Prefiro ser a delicadeza
que não julga só pelas aparências
e que procura a pedra preciosa de cada ser
Prefiro ser a delicadeza
do perdão que enxerga na luz e na sombra
oportunidades de sabedoria e redenção
Prefiro ser a delicadeza
de uma amizade sincera e incondicional
nessa íngreme estrada de flores que é a vida
Maria Helena Mota Santos
29/09/2010
terça-feira, 14 de junho de 2022
Inusitado
Não era por ali
Mas fui
Se era pra ficar
Segui
Aviso de perigo
Não li
Nasci com asas
Parti
Maria Helena Mota Santos
Se era pra ficar
Segui
Aviso de perigo
Não li
Nasci com asas
Parti
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 1 de junho de 2022
O encanto de ser
Tinha as asas de um pássaro e pousou perto do céu
Escolheu uma estrela e a trouxe pra sua estrada
Pegou uma nuvem branca e se deitou sobre ela
Brincou com o sol e bronzeou os seus dias
Esperou pela lua e a fez iluminar suas noites
Encontrou um cometa e embarcou na sua cauda
Encantou-se com Saturno e usou o seu anel
Encontrou um arco-íris e ganhou um pote de ouro
Viu o esboço de Deus e desenhou sua fé
Tinha os olhos coloridos e enxergou o invisível
Escolheu ver as cores nos quadros neutros da vida
Pegou uma varinha mágica e encantou corações
Brincou com a incerteza e enfrentou a viagem
Esperou a alegria e dispensou a tristeza
Encontrou um atalho e preferiu um caminho
Encantou-se com a vida e enfrentou os percalços
Encontrou um anjo e herdou sua leveza
Viu o esboço de Deus e desenhou seu amor
Maria Helena Mota Santos
13 03 2010
Escolheu uma estrela e a trouxe pra sua estrada
Pegou uma nuvem branca e se deitou sobre ela
Brincou com o sol e bronzeou os seus dias
Esperou pela lua e a fez iluminar suas noites
Encontrou um cometa e embarcou na sua cauda
Encantou-se com Saturno e usou o seu anel
Encontrou um arco-íris e ganhou um pote de ouro
Viu o esboço de Deus e desenhou sua fé
Tinha os olhos coloridos e enxergou o invisível
Escolheu ver as cores nos quadros neutros da vida
Pegou uma varinha mágica e encantou corações
Brincou com a incerteza e enfrentou a viagem
Esperou a alegria e dispensou a tristeza
Encontrou um atalho e preferiu um caminho
Encantou-se com a vida e enfrentou os percalços
Encontrou um anjo e herdou sua leveza
Viu o esboço de Deus e desenhou seu amor
Maria Helena Mota Santos
13 03 2010
domingo, 29 de maio de 2022
Banho de chuva
O céu se derrama
em lágrimas
chorando o sol
que se escondeu
Meu sentimento
contrasta
com a terra seca
que se inunda
Eu sou criança
só com vontade
de tomar banho
de chuva
Maria Helena Mota Santos
03 04 2014
chorando o sol
que se escondeu
Meu sentimento
contrasta
com a terra seca
que se inunda
Eu sou criança
só com vontade
de tomar banho
de chuva
Maria Helena Mota Santos
03 04 2014
terça-feira, 10 de maio de 2022
A rosa e o botão
Várias flores cresciam formosas
Veio um vento inesperado e veloz
E feriu a mais linda das rosas
O vento forte levou-a consigo
Perplexa olhei as pétalas no chão
Agachei-me e apanhei uma a uma
Transformei-as em um lindo botão
Para livrá-lo da força do vento
Coloquei um selo de proteção
Guardei-o com cuidado e carinho
Num cantinho do meu coração
Mesmo o botão não sendo a rosa
Contento-me em ter dela a lembrança
O botão que a partir dela surgiu
É o que me faz ter na vida esperança
O meu jardim continua bonito
Mas há silêncio ao entardecer
As outras flores têm saudade da rosa
E não conseguem dela se esquecer
Maria Helena Mota Santos
29 06 2013
segunda-feira, 2 de maio de 2022
O dia em pauta
Cada dia cai como um laço envolvente nas "teias" do cotidiano
Cada dia chega como um convite para um baile de máscaras
Cada dia nasce para os atores da vida independente do seu “script”
Cada dia segue no seu compasso sem a chance da espera
Cada dia nasce e segue na valsa da alegria ou da dor
Cada dia dança e impõe sua marcha sem prévia autorização
Cada dia leva para o lugar da imprevisibilidade
Cada dia é de todos e de ninguém
Cada dia é um elo de uma corrente sem fim previsível
Cada dia reflete o olhar caleidoscópico dos seres coloridos
Cada dia é uma invenção e uma reinvenção
Cada dia é labirinto de uma vida sem desfecho anunciado
Cada dia é um canteiro de obras de um edifício incerto
Cada dia é um projeto sem garantias
Cada dia é uma senha pra vida ou um xeque-mate
Cada dia é luz ou sombra
Cada dia nasce com novas tintas para os quadros borrados pelo tempo
Cada dia é um pincel que redesenha o passado
Cada dia é o prenúncio do futuro incerto
Cada dia é o resgate do passado com as armas do presente
Maria Helena Mota Santos
10/02/2010
Cada dia nasce para os atores da vida independente do seu “script”
Cada dia segue no seu compasso sem a chance da espera
Cada dia nasce e segue na valsa da alegria ou da dor
Cada dia dança e impõe sua marcha sem prévia autorização
Cada dia leva para o lugar da imprevisibilidade
Cada dia é de todos e de ninguém
Cada dia é um elo de uma corrente sem fim previsível
Cada dia reflete o olhar caleidoscópico dos seres coloridos
Cada dia é uma invenção e uma reinvenção
Cada dia é labirinto de uma vida sem desfecho anunciado
Cada dia é um canteiro de obras de um edifício incerto
Cada dia é um projeto sem garantias
Cada dia é uma senha pra vida ou um xeque-mate
Cada dia é luz ou sombra
Cada dia nasce com novas tintas para os quadros borrados pelo tempo
Cada dia é um pincel que redesenha o passado
Cada dia é o prenúncio do futuro incerto
Cada dia é o resgate do passado com as armas do presente
Maria Helena Mota Santos
10/02/2010
segunda-feira, 25 de abril de 2022
Um sopro de vida
Se no fio ainda pousa um pássaro
Se as pessoas ainda caminham na rua
Se as luzes ainda estão acesas
Se o céu ainda tem a cor azul
Se o sol ainda aquece com seus raios
Se a lua ainda mostra as suas fases
Se o dia ainda amanhece e anoitece
Se o coração ainda abriga sentimentos
Se as pessoas ainda se abraçam
Se os amigos sinceros ainda existem
Se a confiança ainda está em pauta
Se o amor ainda paira pelo ar
Se as árvores ainda crescem e frutificam
Se o pensamento ainda é livre pra sonhar
Se ainda há um sopro de vida
Ainda dá tempo
Da tristeza se revezar com a alegria
Do medo se revezar com a coragem
Da raiva se revezar com o perdão
Do conflito se revezar com a união
Da desilusão se revezar com a esperança
Da apatia se revezar com a ação
Do pessimismo se revezar com o otimismo
Do desencanto se revezar com o sonho
Da guerra se revezar com a paz
Porque a vida é a respiração que amanhece
É cada batida que no coração acontece
É cada sonho que no ser se estabelece
É cada desejo transformado em prece
Maria Helena Mota Santos
29 11 2011
Se as luzes ainda estão acesas
Se o céu ainda tem a cor azul
Se o sol ainda aquece com seus raios
Se a lua ainda mostra as suas fases
Se o dia ainda amanhece e anoitece
Se o coração ainda abriga sentimentos
Se as pessoas ainda se abraçam
Se os amigos sinceros ainda existem
Se a confiança ainda está em pauta
Se o amor ainda paira pelo ar
Se as árvores ainda crescem e frutificam
Se o pensamento ainda é livre pra sonhar
Se ainda há um sopro de vida
Ainda dá tempo
Da tristeza se revezar com a alegria
Do medo se revezar com a coragem
Da raiva se revezar com o perdão
Do conflito se revezar com a união
Da desilusão se revezar com a esperança
Da apatia se revezar com a ação
Do pessimismo se revezar com o otimismo
Do desencanto se revezar com o sonho
Da guerra se revezar com a paz
Porque a vida é a respiração que amanhece
É cada batida que no coração acontece
É cada sonho que no ser se estabelece
É cada desejo transformado em prece
Maria Helena Mota Santos
29 11 2011
segunda-feira, 18 de abril de 2022
Incertezas
dos porquês
descobri a sabedoria
das perguntas
sem respostas
Em terreno íngreme
e nas pausas
para as esperas
encontrei
o silêncio salvador
Percebi
nas entrelinhas
que as respostas
desencantam o fascínio
do saber
As perguntas
abrem caminhos
e aguçam um tempo
aprendiz
de incertezas
Maria Helena Mota Santos
descobri a sabedoria
das perguntas
sem respostas
Em terreno íngreme
e nas pausas
para as esperas
encontrei
o silêncio salvador
Percebi
nas entrelinhas
que as respostas
desencantam o fascínio
do saber
As perguntas
abrem caminhos
e aguçam um tempo
aprendiz
de incertezas
Maria Helena Mota Santos
segunda-feira, 11 de abril de 2022
Poesia
Não sei se é fogo
Inunda-me
Não sei se é água
Emociona-me
Não sei se é ternura
Entristece-me
Não sei se é dor
Alegra-me
Não sei se é prazer
Veste-me
Não sei quais as cores
Arrebata-me
Não sei se é paixão
Extasia-me
Não sei se é amor
Só sei que é poesia
Maria Helena Mota Santos
Inunda-me
Não sei se é água
Emociona-me
Não sei se é ternura
Entristece-me
Não sei se é dor
Alegra-me
Não sei se é prazer
Veste-me
Não sei quais as cores
Arrebata-me
Não sei se é paixão
Extasia-me
Não sei se é amor
Só sei que é poesia
Maria Helena Mota Santos
sábado, 2 de abril de 2022
Verdades
Verdades sobre mim
são inverdades
que cabem no olhar
de quem me vê
nem sempre o sorriso
é alegria
e o silêncio muitas vezes
é prazer
Quando me vejo
sem a película da ilusão
e enfrento minha mutável
condição
Meus pontos cegos
roubam a cena e me ofuscam
Sempre me vejo
com alguma restrição
Mas se a verdade fosse
tão absoluta
e já nascesse conhecendo
o meu eu
Que graça tinha o viver
sem aprendizado
Se o bom da vida
é ser um eu inacabado!
Maria Helena Mota Santos
09/08/2011
segunda-feira, 28 de março de 2022
Aquarela
"de colores"
na minha tela
de plantão
Caem-me tintas
aquarelas
no caminho
da solidão
Caem-me papéis
bem decorados
com enredos
desfocados
Caem-me ideias
desconexas
à espera
dos meus cuidados
Caem-me sentimentos
tão variados
para encenar
no meu tablado
Caem-me silêncios
tão conturbados
como pausas
nos intervalos
Caem-me vidas
desprovidas
de um nexo
programado
Caem-me suportes
que dão norte
pra continuar
minha viagem
Maria Helena Mota Santos
21/04/2012
domingo, 13 de março de 2022
A dor do mundo
Ainda sinto
O mundo doer
Em mim
E por sentir
A dor do mundo
Ainda vivo
Porque viver
É mais que anestesiar
Dores
E inventar amores
Viver é palpitar
Sorrisos
E lágrimas
É sobretudo
Não perder as asas
Maria Helena Mota Santos
Em mim
E por sentir
A dor do mundo
Ainda vivo
Porque viver
É mais que anestesiar
Dores
E inventar amores
Viver é palpitar
Sorrisos
E lágrimas
É sobretudo
Não perder as asas
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 2 de março de 2022
Oração do amanhecer
Senhor
Neste dia que amanhece
Entrego o controle da minha vida
A chave das minhas decisões
A lamparina que clareia a escuridão
A caneta que escreve minha história
As sandálias que alicerçam os meus passos
As emoções que acionam meus sentimentos
Senhor
Que eu possa andar pelos caminhos do perdão
Que nenhum sentimento me insinue escuridão
Que eu transite no portal da compreensão
E que eu seja um ombro amigo e irmão
Senhor
Que o passado me traga sabedoria
Que eu viva o presente deste dia
Que cada palavra seja uma nota de alegria
Pra transformar meu futuro em sinfonia
Senhor
Que meu ouvido seja surdo para a maldade
Que minha mão seja instrumento da caridade
Que eu não seja cego pra perceber a dor
Que eu olhe a vida com as lentes do amor
Amém
Maria Helena Mota Santos
03 04 2010
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022
Carência
do meu silêncio
Careço
da minha paz
Pra me mostrar
um espaço novo
Pra vida
que se refaz
Careço
do meu olhar
pra via
da solidão
Para entender
estas linhas
Da palma
da minha mão
Careço
de ter saudade
de tudo
que já se foi
Careço
de viver o agora
Sem deixar nada
pra depois
Maria Helena Mota Santos
30 12 2012
Careço
da minha paz
Pra me mostrar
um espaço novo
Pra vida
que se refaz
Careço
do meu olhar
pra via
da solidão
Para entender
estas linhas
Da palma
da minha mão
Careço
de ter saudade
de tudo
que já se foi
Careço
de viver o agora
Sem deixar nada
pra depois
Maria Helena Mota Santos
30 12 2012
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022
O amor
O que é o amor senão
Uma amizade sem limite
Um sofrimento prazeroso
Uma comunhão na diferença
Um esperar desesperado?
O que é o amor senão
Um caminhar sem um padrão
Um palpitar no infinito
Uma doação sem ter estoque
Um levitar na multidão?
O que é o amor senão
Um lugar do paraíso
Um coração em disparada
Uma chuva de sorrisos
Uma saudade acompanhada?
O que é o amor senão
Um deserto com oásis
Um labirinto com passagem
Uma felicidade indefinida
Uma essência colorida?
O amor é lágrima revertida em alegria
É viagem sem destino e sem roteiro
É desatino que equilibra as travessias.
É a magia que encanta o mundo inteiro.
Maria Helena Mota Santos
08/04/2010
Uma amizade sem limite
Um sofrimento prazeroso
Uma comunhão na diferença
Um esperar desesperado?
O que é o amor senão
Um caminhar sem um padrão
Um palpitar no infinito
Uma doação sem ter estoque
Um levitar na multidão?
O que é o amor senão
Um lugar do paraíso
Um coração em disparada
Uma chuva de sorrisos
Uma saudade acompanhada?
O que é o amor senão
Um deserto com oásis
Um labirinto com passagem
Uma felicidade indefinida
Uma essência colorida?
O amor é lágrima revertida em alegria
É viagem sem destino e sem roteiro
É desatino que equilibra as travessias.
É a magia que encanta o mundo inteiro.
Maria Helena Mota Santos
08/04/2010
terça-feira, 1 de fevereiro de 2022
Cotidiano
Passa um ônibus, passa um caminhão tocando alto uma canção.
Passa um ambulante numa bicicleta e ao seu lado passa um atleta.
Passa uma mulher, passa um cidadão e uma menina com pé no chão.
Passa um garoto levando uma bola e vai seguindo para a escola.
Passa um segundo, passa um minuto e eu daqui olhando o mundo.
Passa a lembrança, passa a saudade e a dor que dói em qualquer idade.
Passa um casal e passa um só e um pobrezinho que me dá dó.
Passa um bêbado soltando gritos e deixa um homem um pouco aflito.
Passa um louco com seu delírio prometendo Deus e o paraíso.
Passa o relâmpago, passa o trovão e o vento deixa flores no chão.
Passa o destino , passa voando, e meu poema eu vou compondo.
Passa você e tudo passa. Não espere não! Senão se atrasa!
Passa o mundo pra quem se foi ou pra quem deixa pra depois.
Maria Helena Mota Santos
Passa um ambulante numa bicicleta e ao seu lado passa um atleta.
Passa uma mulher, passa um cidadão e uma menina com pé no chão.
Passa um garoto levando uma bola e vai seguindo para a escola.
Passa um segundo, passa um minuto e eu daqui olhando o mundo.
Passa a lembrança, passa a saudade e a dor que dói em qualquer idade.
Passa um casal e passa um só e um pobrezinho que me dá dó.
Passa um bêbado soltando gritos e deixa um homem um pouco aflito.
Passa um louco com seu delírio prometendo Deus e o paraíso.
Passa o relâmpago, passa o trovão e o vento deixa flores no chão.
Passa o destino , passa voando, e meu poema eu vou compondo.
Passa você e tudo passa. Não espere não! Senão se atrasa!
Passa o mundo pra quem se foi ou pra quem deixa pra depois.
Maria Helena Mota Santos
sábado, 15 de janeiro de 2022
Corrida da Vida
Respire fundo!
Pode começar a hora que você quiser!
A partida começa na rua da saudade.
E a chegada é lá na rua da esperança.
No percurso, hidrate-se com lembranças.
E não esqueça do bloqueador da tristeza.
Use as roupas leves da alegria.
E proteja os pés contra a monotonia.
E para dar mais energia durante o percurso,
Não esqueça da pitadinha de sonho.
Corra! Mas não perca o compasso.
Pise! Mas deixe bons rastros.
Beba o líquido da moderação.
E embale tudo com uma canção.
Promova abalos sísmicos nas camadas internas.
E após a acomodação das falhas causadas pela erosão da dor,
Entre nos escombros e traga o troféu de si mesmo.
Após o resgate, siga a seta, vire a outra esquina
E aguarde instruções para a próxima corrida da vida.
Maria Helena Mota Santos
16 03 2010
E a chegada é lá na rua da esperança.
No percurso, hidrate-se com lembranças.
E não esqueça do bloqueador da tristeza.
Use as roupas leves da alegria.
E proteja os pés contra a monotonia.
E para dar mais energia durante o percurso,
Não esqueça da pitadinha de sonho.
Corra! Mas não perca o compasso.
Pise! Mas deixe bons rastros.
Beba o líquido da moderação.
E embale tudo com uma canção.
Promova abalos sísmicos nas camadas internas.
E após a acomodação das falhas causadas pela erosão da dor,
Entre nos escombros e traga o troféu de si mesmo.
Após o resgate, siga a seta, vire a outra esquina
E aguarde instruções para a próxima corrida da vida.
Maria Helena Mota Santos
16 03 2010
segunda-feira, 3 de janeiro de 2022
Retrato Pintado
Talvez eu não seja
este retrato
que você pintou
carregado de tintas
das cores
da perfeição
Não sou isso tudo
não
Sou tinta suave
que às vezes
desbota
e precisa do retoque
do tempo
Sou tinta de brisa
que às vezes
passa
como um tufão
derrubando polimentos
Sou um retrato
sem moldura
livre
para os traços
e detalhes
dos momentos
Pinto-me de verde
de lilás
de cinza
de amarelo
e do que é
sincero
Talvez eu seja parte
de tudo
que penso
que sou
Talvez eu seja
uma parte
de tudo
que você pensou
Talvez seja um pássaro
ou quem sabe
uma flor
Não sou isso tudo
não
Mas tenho a essência
do amor
Maria Helena Mota Santos
que você pintou
carregado de tintas
das cores
da perfeição
Não sou isso tudo
não
Sou tinta suave
que às vezes
desbota
e precisa do retoque
do tempo
Sou tinta de brisa
que às vezes
passa
como um tufão
derrubando polimentos
Sou um retrato
sem moldura
livre
para os traços
e detalhes
dos momentos
Pinto-me de verde
de lilás
de cinza
de amarelo
e do que é
sincero
Talvez eu seja parte
de tudo
que penso
que sou
Talvez eu seja
uma parte
de tudo
que você pensou
Talvez seja um pássaro
ou quem sabe
uma flor
Não sou isso tudo
não
Mas tenho a essência
do amor
Maria Helena Mota Santos
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