quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
Transparência
(Google Images)
Quero olhar dentro de mim
Sem máscara
Sem caleidoscópio
Sem subterfúgio
Sem brincar de esconder
Quero encarar o que dói
O que cicatrizou
A ferida que apenas fechou
Mas desperta a cada pesadelo
Quero dançar comigo mesma
Na sinfonia do momento
Sem valsa encobrindo samba
Sem samba encobrindo valsa
Quero bailar no salão da vida
Vida Real sem fronteiras
Vida sem grilhões
Quero dar o grito certo
No lugar certo
Quero sonhar
Sem me esconder de mim
Quero ir
Quero vir
Quero falar palavras presas
Quero falar de pensamentos
De sofrimento
De alegria
Quero escutar o companheiro
Sem misturá-lo comigo mesma
Quero passear com o amigo
Sem interferir no seu mundo
Quero ser eu
Sem pedir desculpas
Quero ser autêntica
Quero partir do mundo um dia
Sem a sensação de agonia
Ao descobrir que vivia
Uma utopia
Maria Helena Mota Santos
08/05/2010
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Olá, Helena!
ResponderExcluirNunca te imaginei de outro modo,
a saber:
Transparente, cristalina
a ir num pé e vir no outro
dançando o samba
como quem ri chorando
com quem chora rindo
e o jardim regando.
Falas de pensamentos
amassados em sofrimentos
e,mais tarde,poderás descobrir
que a vida é uma utopia
se deixares morrer a cotovia
que há em ti.
Um abraço e BFS
Amigo Adriano, obrigada pelas lentes coloridas, da sua alma, que me enxergam de uma forma tão suave e bonita. Não tenho como agradecer sua companhia poética apenas me expressando em palavras. Envio, então, a minha melhor energia e o desejo de que você esteja bem ao lado da sua família. Um ótimo final de semana! Abraços!
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