quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Dualidade
(Google Images)
Uma criança grita, dentro de mim, noite e dia
e se assusta com fantasmas que a escuridão deixou.
Eu a pego no colo e a embalo com carinho
ela faz beicinho e se enrosca toda em mim.
Digito a senha do cofre que reservei luz
ela aponta sombras que a luminosidade fez surgir.
Digo pra ela que nada na vida é permanente
que até o sol todo dia é poente.
Digo que nada é tão real que não possa virar sonho
e que a vida é um quebra-cabeça infinito.
Ela me escuta com um ar reflexivo
e eu a embalo com a canção do novo dia.
Ela se acalma no meu olhar para o infinito
e se espreguiça com o ser mais relaxado.
E num abraço aconchegante e carinhoso
o sono chega e ela dorme nos meus braços.
Maria Helena Mota Santos
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