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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

A dor que salva


(Google Images)

Gosto da dor que dói
mas é livre
A pior dor é
a que fica em coma
porque rouba a alegria
e a vontade de viver

Gosto da dor que dói
mas transmuta
A pior dor é
a que paralisa
e deixa impotente
para a travessia

Gosto da dor que dói
mas é digna
A pior dor é
a que se arrasta
por não se saber asa
pronta para voar

Gosto da dor que dói
mas é semente
A pior dor é
a que não se abre em flor
e jaz no canteiro inerte
do desamor

Maria Helena Mota Santos

4 comentários:

  1. Olá, minha boa amiga!
    Tanta pedagogia
    neste poema cru
    que pintaste com alegria.
    A dor que dói é natural
    e, se perguntamos ao tempo
    ele responde:
    Terás de pagar o imposto da velhice
    mesmo que, o prémio seja a meiguice
    Que grande chatice!
    A dor que cura
    amacia a alma
    dá-nos "reforços" de imunidade
    fecha a porta à inutilidade
    arregaça-nos as mangas
    para vivermos com qualidade
    A dor sem nome
    adormece-nos o coração
    e, como bem dizes:
    "Se mão se abre em flor
    jaz inerte no canteiro do desamor"
    A teologia do sofrimento
    encaixa no teu poema.
    A dor que é semente
    nunca nos deixa doente.
    Leio-o a tua poesia
    e, agrego-a com muita alegria.
    No teu canteiro
    revê-se o mundo inteiro
    rosas e flores
    anunciando novos amores.

    Abraço-te, desejando-te um Bom fim de semana.


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    1. Adriano, meu amigo, quando leio suas interações eu colho sabedoria e muita energia! Você é fantástico! Capta os sentimentos e os transforma. Você tem um dom de interpretar o mundo de uma forma sábia e com o tempero da alegria. Quando se refere a mim, você fala também de você! Obrigada pela companhia! Abraços e uma ótima semana!

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  2. Olá, Helena!

    Preciso de corrigir, onde disse mão, queria dizer não.
    Fantástica e fonte de saber é você, mulher, mãe e pedagoga.
    A sua psicologia só pode ser, a do amor, na versão Fafá de Belém, Vinícius de Morais e tantos mais.
    Boa semana de trabalho.
    Continuo de volta das minhas uvas (vindima).

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    1. Obrigada mais uma vez pelo carinho, meu amigo Adriano! Abraços!

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