sábado, 25 de janeiro de 2014
Entrelinhas
(Google Images)
Quem poderá me dizer
O que há nas entrelinhas
De cada dia que se faz noite
E de cada noite que se faz dia?
O que será que acontece
Na fronteira do encontro
Onde a noite apaga a luz
E o dia acende a noite?
Quem poderá me dizer
O que há nas entrelinhas
De cada estrela cadente
Que se cansa do lugar?
O que será que acontece
Na fronteira do encontro
Onde o lugar que era ausente
Ganha um brilho reluzente?
Quem poderá me dizer
O que há nas entrelinhas
Do instante que é passado
Quando há pouco era presente?
O que será que acontece
Na fronteira do encontro
Onde o futuro se faz presente
Pra ser arquivo no passado?
Maria Helena Mota Santos
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Olá, Helena!
ResponderExcluirUm bom final se semana
sem entrelinhas ou, outras suposições
porque, da vida fazes uma canção
nela te refugias com interrogações
com que alimentas a fé.
Pintas tudo o vês e sentes
e, no rodapé
vais dando respostas aos problemas
existenciais,
regando com palavras e ais
o teu "eu" sabe todas as perguntas
mas, por uma questão de segurança
queres ouvir da boca de terceiros
respostas, que já tens ,
requerendo tão só a confirmação
dos auditores
que somos nós,
teus leitores.
Com ou sem razão
mandas para o arquivo da memória
em disco, ou em escrita
aquilo que sempre te tenho dito:
És poetisa de corpo inteiro,
respiras, alimentas-te
e, até "engravidas" o presente
que um dia será futuro
no compasso da vida
desenhado nas entrelinhas
da vida que adivinhas.
Um abraço e BFS
Que lindo, meu amigo Adriano! Sinto-me privilegiada por fazer parte da "pintura" que é a sua poesia! Faz uma imagem tão bela de mim que preciso ficar atenta para não achar que realmente sou tudo isso que escreve com a bondade do seu coração! Obrigada pela companhia! Abração!
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