quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
A caravana do tempo
(Imagem-Google Imagens)
Burlei o tempo e capturei um momento bonito que passava.
A caravana do tempo , lá na frente, virou-se para olhar o que ficara no passado.
Viu-me com o seu momento bonito prisioneiro nas minhas mãos.
Não pôde mais voltar porque o tempo não sabe andar de ré.
O tempo seguiu em marcha lenta na esperança de que o momento o alcançasse.
Mas o momento já tinha ficado congelado na minha história.
E eu vibrei com a minha astúcia e habilidade de enganar o tempo.
Comecei a andar , depois do tempo, pra que ele não me fizesse cobranças.
Um dia acordei cansada daquela valsa lenta imposta pelo ritmo de quem fica na inércia.
Para não encontrar o tempo, criei uma passarela, por cima do seu caminho, e tentei ultrapassá-lo.
Seria outra astúcia! E, finalmente, burlei novamente o tempo!
E eu fiquei à frente do tempo impondo o meu ritmo e as minhas regras.
Fiquei fora das convenções, dos padrões, do compasso, do comodismo, da mesmice......blá, blá, blá.
Muito bonitinho, muito avançado, muito “papo cabeça”, muito alto astral, muita liberdade...Mas, cansei!
Não estava feliz em estar na linha de frente do tempo.
Sentei um pouco no caminho e esperei ,pacientemente, o tempo que me desse tempo de ser alcançada novamente pelo tempo.
Queria, apenas, o tempo de viver no presente , degustando os sabores da vida, sem pressa de viver o momento seguinte.
Aprendi com o tempo que tudo dá tempo se não houver desperdício de tempo na tentativa de burlar o tempo.
E aí virá um bom tempo pra celebrar todo tempo.
Maria Helena Mota Santos
20/03/2010
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Medos
(Imagem-Google Imagens)
Meus medos
já não são medos
São coragens
disfarçadas
São sinais
de uma mudança
No percurso
da estrada
Meus medos
já não são medos
São disfarces
de um novo tempo
São desafios
na vida impostos
Pra pintar
novos momentos
Meus medos
já não são medos
São asas
de proteção
São versos
do meu reverso
Que faz pulsar
o coração
Maria Helena Mota Santos
11/12/2011
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Que tempo é esse?
Hoje, com muito orgulho, abro novamente o espaço para o meu amigo e Filósofo, João Corumba.
Que tempo é esse?
Que tempo é esse que estou a indagar?
Será que é o tempo da vida que paralisa?
Daquela vida que se encontra nos retratos familiares
nos melhores cantos da casa?
Essa vida cultiva os sorrisos congelados, os adultos de
hoje na condição de seres de colo e alguns mortos que
saltaram recentemente desse tempo que pisamos.
Se arriscarmos um olhar profundo veremos alguns
aventureiros que ainda se aventuram em outros lares,
mas que nunca voltam para uma nova sessão de fotografias.
Mas que tempo é esse?
Esse que acordo e sinto pulsar veloz
Esse que sinto que há um fundo de nostalgia mas não
se condensa, não se permite repetir o ontem.
Se pudéssemos travar as rodas do tempo...
Ah, se pudéssemos!
Seria o primeiro a estudar a sua física que não é daqui
Que não é de lugar nenhum....
É determinação concebida, simplesmente!
Mas acredito nas palavras, nas garras da expressão!
Pois são das palavras que surgem os tiros de afetos
estrangulados que ganham o mundo no ar e correm na
direção do peito.
É assim que a vida é...é assim que o tempo mata!
João Paulo Corumba
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Viver é arte
(Imagem-Google Imagens)
Viver
É partir
É permanecer
É não saber pra onde ir
É cair
É levantar
É abrir as asas e voar
É sorrir
É chorar
É ter um objetivo pra lutar
É sentir dor
É se resignar
É não perder a fé e caminhar
É desilusão
É superação
É um portal pra imensidão
É amar
É sobretudo amar
É acender a luz do sonhar
Maria Helena Mota Santos
Um dia de domingo
(Imagem-Google Imagens)
De uma fresta do infinito
Vejo a varanda do mundo
Percebo nuvens estagnadas
Pintando o céu azul
De branco cor de cinza
Ventos passam
Numa sinfonia dissonante
Esvoaçam os sonhos
E apanham recados
Endereçados aos céus
Pássaros lânguidos
Piam choro de saudade
Em voos rasantes
Sussurrando o amor
Que está no ar
Vejo as habitações
Cúmplices da dor
E do prazer
Dos bastidores
Do viver
Pessoas quase não passam
Perpassam
A linha tênue
Da quase inércia
De um dia
De domingo
Maria Helena Mota Santos
18/09/2011
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Noturno
(Imagem-Google Imagens)
Daqui posso ver o céu
Pela fresta da janela
Embaçado pelas nuvens
Que escondem suas estrelas
Posso ver pingos de chuva
Numa dança com o vento
Num barulho aconchegante
Que me acorda para o sonho
Posso ver vidro molhado
Chorando lágrimas compridas
À espera de um sol
Que devolva o seu brilho
Posso ver minha essência
Misturando-se com a chuva
Dançando com o minuto
Que compõe este momento
Maria Helena Mota Santos
09/07/2011
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
A dor que salva
(Imagem-Google Imagens)
Gosto da dor que dói
mas é livre
A pior dor é
a que fica em coma
porque rouba a alegria
e a vontade de viver
Gosto da dor que dói
mas transmuta
A pior dor é
a que paralisa
e deixa impotente
para a travessia
Gosto da dor que dói
mas é digna
A pior dor é
a que se arrasta
por não se saber asa
pronta para voar
Gosto da dor que dói
mas é semente
A pior dor é
a que não se abre em flor
e jaz no canteiro inerte
do desamor
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Efêmero
(Imagem-Google Imagens)
Após o efêmero vem o gosto cinza da realidade, o despertar amargo, a lentidão dos músculos e o olhar opaco.
Após o efêmero, o dia fica da cor da Alma, agora incolor, e os ruídos da alegria postiça do ontem ecoam como uma tristeza oculta sem pressa de aterrissar e levantar voo.
Após o efêmero as flores parecem murchas. O tempo parece ter parado com o dia e dança uma valsa anêmica no pôr do sol da hora da saudade. Os pássaros acompanham a dança piando seu choro lânguido.
Após o efêmero, o amor não parece reluzir e nem os estímulos estimulam. Catam-se detalhes e se balbuciam palavras soltas e preguiçosas, como se nada mais pudesse jorrar da Alma. É como se o reservatório da alegria tivesse esgotado e toda reserva fosse para o túnel da tristeza.
Após o efêmero, a primavera parece sem flor e sem cor. A dor dói sem arte. Ela faz ressonância no lado esquerdo do peito e nem se sabe se é dor ou se uma pausa da euforia.
Após o efêmero, não há encontro. Os sentimentos desfilam, mas não se identificam. Não se sabe qual a cor, a idade, a procedência e a vida útil. Só se sabe que esses sentimentos não são precursores da alegria.
Após o efêmero, vive-se apenas o morrer da fantasia que se usou nos carnavais da vida.
Maria Helena Mota Santos
19/06/2010
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Versos inversos
(Imagem-Google Imagens)
Nada melhor
do que acordar
em pensamentos
e adormecer
em palavras
sonhando em versos
nos inversos
que permeiam
o universo
Nada melhor
do que olhar
e perceber
as linhas
e entrelinhas
que subliminarmente
atravessam
as miragens
do viver
Nada melhor
do que se acompanhar
da própria companhia
sem se apartar
de outros partes
que fazem ecos
e se aconchegam
nos confins
da solidão
Nada melhor
do que ter amigos
e cúmplices
que emprestam asas
nas travessias
nas alegrias
e nas agonias
que embriagam
o coração
Nada melhor
do que ser
a essência
que não se partiu
nem se feriu
com as quedas
imprescindíveis
do caminho
da imensidão
Maria Helena Mota Santos
30/10/2011
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Eu por mim
(Imagem-Google Imagens)
Um dia, quando acordei para vida, eu fiz um esboço pra mim
Rascunhei o meu desenho pretendido para exposiçao no Universo
Identifiquei as tintas que trazia na bagagem
Escutei a primeira melodia que saía de mim
Os tons eram suaves, ternos e alegres
E identifiquei imediatamente as notas do amor
Os braços eram do tamanho de um abraço
Nas mãos trazia sementes das mais variadas espécies
Do meu coração saía um intenso calor humano
Os meus ouvidos captavam sons à distância
O olhar era compassivo e umedecido
E o silêncio era cheio de palavras e metáforas
Nasci da cor da metamorfose
Nasci da cor da amizade
Nasci na cor do amor
Nasci da cor da alegria
Nasci da cor da compaixão
Sou uma poesia itinerante
Em permanente construção
Maria Helena Mota Santos
06/11/2010
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Princípio e fim
(Imagem-Google Imagens)
O princípio e o fim
Intercalam o meio
Onde tudo acontece
Na ilusão do amanhã
Delega-se ao depois
A tarefa do agora
Ser feliz é lá adiante
E o hoje é embaçado
Pela visão do futuro
Busca-se a profecia
Do que vai acontecer
Nos dias que virão
Na correria frenética
O real é o passado
E o presente é invisível
E a vida se esvai
Numa linha imprecisa
Que um dia se desfaz
Maria Helena Mota Santos
19/08/2011
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Imprecisão
(Imagem-Google Imagens)
Trago em mim
tantas pessoas
que encontro
e desencontro
As que enxugam
lágrimas
As que acionam
prantos
Trago a luz
e a escuridão
A linha reta
e a contramão
Nem sempre só
sou solidão
Fico sozinha
na multidão
Trago a dor
dilacerante
E morro em vida
por um instante
Se pulso forte
sou emoção
Se estou letárgica
sou imprecisão
Trago a incerteza
do que virá
Mas abro as asas
para voar
Nem sempre sou
o que pensei
Ando em busca
do que não sei
Maria Helena Mota Santos
Anjo salvador
(Imagem-Google Imagens)
HOMENAGEM AOS QUE ,COMO ANJOS, PROTEGEM E GARANTEM A SEGURANÇA DOS QUE BRINCAM O CARNAVAL.
Sou par de asas
que com o ser humano
se importa
Sou olhar vigilante
que se necessário
bate a sua porta
Sou olhar contrito
que acende o escuro
para salvar um amigo
Sou um na multidão
que se diferencia
pela prontidão
Sou ombro que se encaixa
e se doa como abrigo
para o irmão que passa
Sou atalho e caminho
carrego comigo
um estoque de carinho
Maria Helena Mota Santos
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
A máscara do eu
(Imagem-Google Imagens)
Vesti-me de flores
Para atrair a alegria
Andei pelo mundo
E me fiz fantasia
Coloquei uma máscara
Que meu rosto escondeu
Caminhei pela vida
Buscando o meu eu
O eu rebuscado
De tanta inferência
O eu maltratado
Pela obediência
O eu remexido
Pelas dores sentidas
O eu naufragado
Nas lágrimas contidas
Escutei minha voz
E de frente me olhei
Eu era tão simples
E me compliquei
Agora sou várias
Nenhuma delas sou eu
Preciso encontrar
O que em mim se perdeu
Tirei minha máscara
E no espelho me olhei
Examinei o meu rosto
E não me encontrei
No reflexo do espelho
Encontrei uma menina
Que não mais chorava
Que não mais sorria
Peguei-a no colo
E embalei o seu sonho
Ela mora comigo
E não mais a abandono
Maria Helena Mota Santos
23/11/2010
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Realidade e fantasia
(Imagem-Google Imagens)
Todo dia cai uma gota de realidade na minha fantasia
E eu me surpreendo revivendo dores, aparentemente, superadas
Todo dia cai uma gota de carinho no meio da minha angústia
E eu a absorvo como o remédio salutar pra minha dor
Todo dia cai uma palavra no meio da minha história
E eu tenho que redefinir conceitos e alterar capítulos
Todo dia cai uma dúvida na certeza que eu tinha
E eu tenho que rever paradigmas e aprender novas lições
Todo dia sou afetada por uma corrente de amor
Que vem de todos os lados e de todas as formas
Amor em palavras
Amor em lágrimas
Amor em preces
Amor no silêncio
Amor na escuta
Amor na compaixão
Amor na cumplicidade
Amor no coração
Maria Helena Mota Santos
25/02/2010
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Gratidão
Imagem-Google Imagens)
Tive tanto
Tenho tanto
Que a vida tira
E ainda sobra
Sobram essências
de jasmim
Sobram as rosas
no jardim
Sobram sorrisos
de mãos dadas com a alegria
Sobram imaginações
que acionam as fantasias
Sobram lágrimas
que hidratam as emoções
Sobram notas
que invadem as canções
Sobram dores
de metamorfoses salvadoras
Sobram versos
de poesias redentoras
Sobram réstias
pela luz que vem das frestas
Sobram coragens
precursoras das viagens
Sobram nostalgias
que acionam as saudades
Sobram amores
que eternizam as paisagens
Maria Helena Mota Santos
23/11/2011
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Magia
(Imagem-Google Imagens)
Se a rosa se abrir
No novo amanhecer
Há de se enfeitar o jardim
E ter cuidado com os espinhos
Para de dor não mais sofrer
Se o pôr do sol for lindo
No novo entardecer
Há de se guardar o momento
Fotografado na mente
Pra um dia se rever
Se no céu houver estrelas
No novo anoitecer
Há de se reacender cada uma
Para não ter mais perigo
De novamente escurecer
Se a saudade se instalar
Na madrugada da vida
Há de se fazer uma magia
E com cada gota de lágrima
Compor uma linda poesia
Maria Helena Mota Santos
16/01/2011
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Jasmim
(Imagem-Google Imagens)
Uma florzinha no cabelo
Com perfume de jasmim
Traz o cheiro da lembrança
De uma história sem fim
A florzinha muito terna
Vestia-se de timidez
Mas era a mais singela
Dos jardins que encontrei
Vestia-se toda de branco
Pequenina e notável
Não havia quem passasse
E seu perfume não levasse
E no seu suave perfume
Deixava linda mensagem
Com a linguagem de amor
De ternura e de amizade
Maria Helena Mota Santos
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Andorinha
(Imagem-Google Imagens)
Uma andorinha solitária
Que não fazia verão
Chegou lá no meu jardim
E piou linda canção
Aplaudi sua coragem
Em se tornar primavera
Beijando cada florzinha
Como se fosse parte dela
E ali se fez inverno
E bebeu gotas de orvalho
Encharcou-se de energia
E pulou num novo galho
E então se fez outono
E se deixou depenar
Fez nascer uma nova pele
Pra nova estação enfrentar
Foi assim que suportou
0 sol intenso de verão
E já não estava sozinha
Pois preencheu a solidão
E continuou sua viagem
Com as novas companhias
Que voavam dentro dela
Numa linda sintonia
Maria Helena Mota Santos
sábado, 11 de fevereiro de 2012
Amor
(Imagem-Google Imagens)
O amor é a magia
Que desfaz o desencanto
É a melodia mais bonita
Que acalenta qualquer pranto
O amor é a alegria
É a dor em trajes nobres
É o alimento que sacia
É o veredicto que absorve
O amor é presença
É ausência consentida
É a nota que compõe
A sinfonia de uma vida
O amor é o sentimento
Que arrebata a solidão
É uma asa que se abre
E pousa no coração
Maria Helena Mota Santos
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Minha florzinha
(Imagem-Google Imagens)
Minha florzinha
brotou do coração
e cresceu
em direção à luz
Espichou-se
na janela da alma
e conheceu
o caleidoscópio
dos caminhos infinitos
Minha florzinha
cresceu torta
para conhecer
os vieses do ser
Vestiu-se de orvalho
em dias mais frios
e armazenou luz
nos dias de sol
Minha florzinha
é minha companhia
nos matizes
de cada emoção
Enfeita meus dias
e pulsa amor infinito
dentro do coração
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
A catadora de luz
(Imagem-Google Imagens)
Seguia revirando a vida, em escombros, e encontrando sobreviventes
em lugares improváveis.
Levava na mão uma lamparina acesa que contracenava com a sua luz própria.
Desbravava pântanos para encontrar alicerce em terreno movediço.
Andava nos "becos e guetos" de si mesma para compreender
os que viviam na escuridão.
As mazelas da vida não lhe acionavam efeitos colaterais.
As dificuldades lhe davam asas para sobrevoar e encontrar nova direção.
Era imunizada contra o ódio e muito vulnerável ao amor.
O amor a deixava em um estado febril, em êxtase!
Mesmo em dias de “asas tortas” ,ela voava em missão de salvamento.
Seguia catando luz nas tempestades e na escuridão.
Seguia iluminando as sombras e distribuindo luz.
Havia uma luz que não precisava ser encontrada.
Essa luz era parte do seu coração iluminado pelo amor.
Maria Helena Mota Santos
26/02/2010
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
A moça e a vida
(Imagem-Google Imagens)
Vejo a moça quieta
enquanto seu coração pulsa
e transcende os limites da pele
Vejo a moça sorrindo
enquanto seu coração sangra
e a dor se dilata em erupções no corpo
Vejo a moça chorando
lágrimas invisíveis e contínuas
que caem nos campos invisíveis do ser
Vejo a moça andando
enquanto seus pés pesam
e deixam marcas no chão
Vejo a moça seguindo
enquanto seus sentidos param
e sua bússola é a solidão
Vejo a moça perplexa
olhando todo cenário
da peça que não escreveu
Vejo a moça atuando
no palco da ilusão
do teatro que lhe impuseram
Vejo a moça, aqui, ali, acolá
em toda parte do mundo
e em outra dimensão
Vejo a moça na dor,
na tristeza, na alegria
no cansaço, na batalha
na coragem, na fé
na garra, no marasmo
na superação, na vitória
na paixão, no amor
na vida
Vejo a moça...
Maria Helena Mota Santos
07/07/2010
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Solitude
(Imagem-Google Imagens)
Existe um lugarzinho
Bem lá dentro do meu peito
Que é preenchido de solidão
Alimenta-se com o olhar opaco
E com o sorriso lânguido
É o lugar da nostalgia
De uma saudade
Do que não aconteceu
Nele a solidão é vitalícia
E nem o infinito preenche
É um cantinho solitário
Que mesmo que venha amor
Ou mesmo que o amor se vá
Ele continua intacto
Não se abala
É linear
Só eu tenho a senha da sua passagem
Só eu posso me perder nos seus labirintos
É o lugarzinho de onde partem as buscas
É o lugarzinho da incompletude
É o melhor deserto que há em mim
Maria Helena Mota Santos
11/07/2010
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Sou eu?
(Imagem-Google Imagens)
Sou ingênua?
Sou menina?
Sou um acorde
com tom da cor da inocência?
Sou um verso
que atrai os reversos?
Sou alvo fácil
por ser um abraço infinito?
Sou uma criança
que na mulher fez morada?
Sou um cálice
de bebida doce ou amarga?
Quem sou eu?
Sou o que penso
ou sou um poema inexato?
Sou uma pessoa feliz
ou sou carente de um abraço?
Quem sou eu?
Sou uma pausa
ou sou um lugar infinito?
Quem sou eu?
Uma asa sem pássaro
ou um pássaro sem ninho?
Um mar bem revolto
ou um coração em desalinho?
Quem sou eu?
Um eu sem você
ou um você com ausência?
Quem sou eu?
Neste vale que se perde de mim
e me traz um sofrer sem fim?
Maria Helena Mota Santos
28/10/2011
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Caminhos da vida
(Imagem-Google Imagens)
Quanto mais amadureço
Sinto mais o meu frescor
Quanto mais sofro
Enxergo melhor dentro de mim
Quanto mais ando
Os caminhos ficam abertos
Quanto mais silencio
Ouço melhor as minhas vozes
Quanto mais choro
Mais sorrisos me acompanham
Quanto mais venço obstáculos
A visão do topo aparece
Quanto mais ofereço flores
O meu caminho fica florido
Porque a vida
É um paradoxo constante
Uma luta incessante
Uma peça emocionante
Uma viagem a cada instante
Maria Helena Mota Santos
04/07/2010
sábado, 4 de fevereiro de 2012
A felicidade
(Imagem-Google imagem)
A felicidade vai comigo
Num cantinho do coração
Ela chora e também grita
Mas sempre entoa uma canção
A felicidade não é só riso
É também a dor de uma lágrima
É sentimento que inquieta
É sentimento que acalma
A felicidade é a consciência
De que a vida é aprendizado
É aceitar as intempéries
É fazer das cores um matizado
A felicidade é a certeza
Das sementes que plantou
É colher mesmo entre dores
O fruto doce do amor
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Doses de amor
(Imagem-Google Imagens)
Cada dose de amor
que sai de mim
e afeta um outro coração
traz-me um sentimento
que me faz levitar
na imensidão
Cada dose de amor
que cai de mim
em terreno com erosão
faz a terra se abrir
em possibilidades
de plantação
Cada dose de amor
que sai de mim
desobstrui desilusão
e faz o mundo perder
uma nota triste
de solidão
Maria Helena Mota Santos
11/08/2011
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Busca
(Imagem-Google Imagens)
Enfim
partiu
e não se deixou ficar
Enfim
buscou
o que não conseguiu encontrar
Enfim
cedeu
e parou de questionar
Se era dor
Se era marasmo
Se era hábito
Ou amor de fato
Enfim
fechou as fronteiras
do coração alado
Enfim
ensurdeceu o grito
que ecoava no descampado
Enfim
sonhou com um mundo novo
e caminhou sem direção
Enfim
capturou o tempo
e congelou numa canção
Maria Helena Mota Santos
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