sábado, 14 de setembro de 2019
Saudade
Ando de frente pra vida
Mudando minha roupagem
Pinto as tristezas de cores
Meu acessório é a saudade
Saudade é sempre a ausência
De uma presença querida
Só quem preencheu espaços
É que tem saudade na vida
Saudade de quem se foi
Saudade de quem não veio
Saudade da esperança
De ser feliz por inteiro
Saudade de abrir as asas
E voar sem direção
Saudade de ter saudade
Bem dentro do coração
Saudade de uma criança
Que no tempo se perdeu
Saudade de brincar de roda
E de achar quem se escondeu
Saudade da fantasia
Que alicerça a realidade
Saudade é dor de amor
Que chega em qualquer idade
Maria Helena Mota Santos
09/12/2010
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Olá, Helena!
ResponderExcluirQue poema , mais parece uma bolema*
saudade ganha-se com a idade
pois, a nossa trajectória
feito caminho
onde arquivamos sorrisos,
lembranças de ontem
ou, quando fomos criança.
Fixamo-nos no agora
porque o ontem já pertence à história
e, o futuro ainda tão distante
a saudade transmuta-se em realidade
contrariando o racional
no vazio da razão,
a saudade marca presença
quando abastecemos no posto da graça
e remamos para além do agora,
digerindo com saudade um passado
que se esgota a passos
largos na curva da vida,
única e singular.
Um bom final de semana
num mar de saudade
que nos une poeticamente falando.
* bolema é um bolo típico do Alto Alentejo, tipo tarte de maçã com canela.
Olá, amigo! Lisonjeada com a forma que você enxerga os sentimentos da poesia que capturo no intimo dos meus sentimentos. Obrigada pela companhia poética e pela inspiração!Você é um ser humano inefável! Abraços!
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