terça-feira, 31 de julho de 2018
Cores derramadas
Pintei poesia
De tintas derramadas
Derramei o azul
Do estoque do meu céu
E fiz do verde
A cor da minha estrada
Derramei o vermelho
E fiz rosas no caminho
Com a cor bege
Pintei o aconchego
Do meu ninho
Com a tinta preta
Realcei o meu olhar
Que assim aprendeu
Todas as cores
Matizar
E não havia
Cores de solidão
Todas se abraçavam
Pra pintar uma emoção
Enfim vi uma tela
Sem contorno
E sem desfecho
Sempre era possível
Ter outras tintas
E o recomeço
Maria Helena Mota Santos
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